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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/47774
Tipo: | TCC |
Título: | O algodão e a “Estrutura de prestígio” dos moradores: crítica à história econômica do Semiárido |
Título em inglês: | Cotton and the otton and the “Prestigious structure” of residents: criticism to the economic history of the Semiarid |
Autor(es): | Braga Neto, Edgar |
Orientador: | Pinheiro, Francisco José |
Palavras-chave: | Algodão;Sistema de moradores;Estrutura de prestígio;Semiárido |
Data do documento: | 2019 |
Citação: | BRAGA NETO, Edgar. O algodão e a “Estrutura de prestígio” dos moradores: crítica à história econômica do Semiárido. 2019. 98f. – TCC (Monografia) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Departamento de História, Curso de Graduação História Bacharelado, Fortaleza (CE), 2019. |
Resumo: | O estudo sobre os moradores de fazenda nos permitiu aliar o interesse pela temática do algodão com as representações dos camponeses em torno dessa lavoura comercial. Surge deste exercício a elaboração de uma crítica à história econômica do algodão no semiárido. Pois, ao cotejarmos as subjetividades dos camponeses com as verdades objetivas que são produzidas nos domínios da história e da economia, descobrimos três grandes lacunas na história econômica do algodão. A primeira lacuna está na invisibilidade dos moradores: a descrição que fazem deles se resume apenas à sua pobreza, dependência e submissão. A segunda lacuna se deve às relações de dominação que estruturaram a economia algodoeira: evitam trazer para o debate a importância da economia dos bens simbólicos na manutenção das relações duradouras de dependência. E a terceira está na influência do algodão no processo civilizatório da região. Resgatamos assim os moradores, sua visão de mundo, a economia dos bens simbólicos e a influência do cultivo do algodão no autocontrole dos camponeses, problematizando-os. Em virtude da razão indolente, os historiadores do econômico não conseguiram captar, como fazemos com nossa crítica, tais elementos e o capital simbólico dos moradores. Identificamos o capital simbólico dos moradores, que traduzimos por “estrutura de prestígio”, nas lembranças dos moradores sobre o “tempo do algodão”. A “estrutura de prestígio” é, portanto, condicionada pela economia do algodão, sendo o cultivo deste produto, sob o formato das relações de parceria, um determinante positivo de status dos moradores. Buscamos então compreender essa estrutura de sentimentos dos moradores, através dos seus testemunhos e da crítica à história econômica do semiárido. O “prestígio” dos moradores, ou a representação honrosa de sua condição, revela muito sobre a interrupção da cultura algodoeira: questiona, desta forma, a tese de que o bicudo foi o responsável pela decadência do algodão no semiárido. Desse modo, perseguimos a tensão entre quem cultivou algodão e quem escreveu sobre o algodão, tendo como norte as nuanças, os momentos de transição da história socioeconômica do semiárido e complexidade das relações que constituem essa formação social. |
Abstract: | The study on the “moradores” (farm dwellers) allowed us to combine interest in the cotton theme with the representations of the peasants around this commercial tillage. From this exercise arises the elaboration of a critical review of the economic history of cotton in the semi-arid. For in comparing the subjectivities of peasants with the objective truths that are produced in the domains of history and economy, we discover three major gaps in the economic history of cotton. The first gap is in the invisibility of the “moradores”: their description is only about their poverty, dependence and submission. The second gap is due to the relations of domination that have structured the cotton economy: they avoid bringing to the debate the importance of the economy of symbolic goods in maintaining enduring relationships of dependence. And the third rests in the influence of cotton in the civilizing process of the region. We thus rescued the “moradores”, their worldview, the economy of symbolic goods and the influence of the cultivation of cotton in the self-control of the peasants, problematizing them. As a result of indolent reason, economic historians failed to capture, as we do with our criticism, such elements and the symbolic capital of the “moradores”. We identify this symbolic capital, which we translate as "prestige structure," in the “moradores” memories of "cotton times". The "prestige structure" is, therefore, conditioned by the cotton economy, being the cultivation of this product, in the form of partnership relations, a positive determinant of “moradores” status. We then seek to understand this structure of the “moradores” feelings, through their testimonies and the criticism of the economic history of the semi-arid. The "prestige" of the “moradores”, or the honorable representation of their condition, reveals much about the interruption of the cotton culture: it questions, therefore, the thesis that the “bicudo” was the responsible for the decay of cotton in the semiarid. In this way, we pursue the tension between those who cultivated cotton and those who wrote about cotton, guided by the nuances, the transition periods of socioeconomic history of the transition periods of socioeconomic history of the semi-arid and complexity of the relationships that constitute this social formation. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47774 |
Aparece nas coleções: | HISTÓRIA-BACHARELADO - Monografias |
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