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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/40295
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Damasceno, Bruno de Brito | - |
dc.date.accessioned | 2019-03-15T11:23:48Z | - |
dc.date.available | 2019-03-15T11:23:48Z | - |
dc.date.issued | 2017 | - |
dc.identifier.citation | DAMASCENO, Bruno de Brito. Entre a realidade tangível e a fantasia criadora: a migração para a Amazônia na produção literária de Rodolfo Teófilo e Euclides da Cunha. In: SIMPÓSIO DE HISTÓRIA NACIONAL. CONTRA OS PRECONCEITOS: HISTÓRIA E DEMOCRACIA., 29., 24-28 jul. 2017, Brasília. Anais... Brasília: Associação Nacional de História, 2017. | pt_BR |
dc.identifier.isbn | 978 85 98711 19 5 | - |
dc.identifier.uri | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40295 | - |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Literatura | pt_BR |
dc.subject | Migração | pt_BR |
dc.subject | Amazônia | pt_BR |
dc.title | Entre a realidade tangível e a fantasia criadora: a migração para a Amazônia na produção literária de Rodolfo Teófilo e Euclides da Cunha | pt_BR |
dc.type | Artigo de Evento | pt_BR |
dc.description.abstract-ptbr | A presente comunicação procura analisar o movimento migratório cearense para a Amazônia, na transição dos séculos XIX e XX, através da construção escrituraria realizada por Rodolfo Teófilo (1853-1932) e Euclides da Cunha (1867-1909). A produção destes escritores nos permite, em âmbito mais geral, refletir como os grupos letrados entendiam as demandas, por um lado, de uma “fundação artística da nacionalidade” que precisava contemplar experiências culturais díspares (a trazida pelo migrante em relação a existente no espaço amazônico) e, por outro, da construção de uma imagem civilizada do país aos moldes europeus, que entravam em choque com a realidade mestiça da população, constituindo um dilema para os homens de letras do período. Em caráter particular, analisar como a questão da migração, para além do fator econômico, da inserção e dos deslocamentos de uma mão-deobra ativa, despertou mais intensamente a existência (ou não) de laços de pertencimento, de sentimentos de empatia, de possibilidade de partilha, entre o indivíduo letrado, detentor de um saber científico, e o indivíduo migrante, que tem sua experiência representada. A construção da experiência da migração pelos círculos letrados era marcada por visões em disputa, pautadas numa dicotomia de prisão/liberdade, uma vez que as representações sobre o espaço cearense vinham, por um lado, marcadas pelo caráter de pobreza e carência de recursos para sobrevivência cotidiana, tendo como única solução a migração, e por outro lado, a partida do torrão natal significando uma expatriação desnecessária, posto que o local de destino, a Amazônia, seria pior em termos e solidão e desestruturação identitária. Euclides e Teófilo promoveram uma crítica contundente a ação do Estado sobre a população migrante (imposição de péssimas condições de viagem, falta de assistência no local de chegada), possuiam certa divergência quanto à margem de atuação dos indivíduos que se deslocam, já que para Euclides os migrantes teriam entendimento de ter sido uma escolha pessoal estarem na Amazônia, já para Teófilo estes teriam, em maior parte, sido enganados pelas propagandas realizadas pelos tão conhecidos “paroaras”. Como fontes de referencia estão obras À margem da história (1909), de Euclides da Cunha e O Paroara (1899), de Rodolfo Teófilo, em articulação com a produção escrita em jornais e revistas literárias do período e os documentos produzidos pelos governos do Ceará, Pará e Amazonas. Por fim, a obra literária não é objeto de reflexão para a História em virtude de justapor dados reais em seu enredo, mas sim por permitir vislumbrar as maneiras de pensar de quem as produziu. Cabe, portanto, ao historiador, diante da literatura reordenar a leitura de mundo feita pelo escritor no momento da escrita. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | PPGH - Trabalhos apresentados em eventos |
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