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Tipo: Tese
Título: Estratégias de sobrevivência à seca de plantas jovens de clima tropical sazonalmente seco
Título em inglês: Drought survival strategies of saplings from a seasonally dry tropical climate
Autor(es): Domingues, Camila Ângelo Jerônimo
Orientador: Araújo, Francisca Soares de
Coorientador: Souza, Bruno Cruz de
Carvalho, Ellen Cristina Dantas de
Palavras-chave: Caules fotossintetizantes;Longevidade foliar;Mudanças climáticas;Órgãos de reserva subterrâneos;Resistência à seca
Data do documento: 2018
Citação: DOMINGUES, Camila Ângelo Jerônimo. Estratégias de sobrevivência à seca de plantas jovens de clima tropical sazonalmente seco. 2018. 68 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: Cenários climáticos futuros preveem aumento na temperatura e diminuição na quantidade de precipitação nas regiões mais secas. Secas extremas ocasionarão o aumento das taxas de mortalidade de plantas, o que potencialmente afetará a composição e a estrutura das comunidades. Compreender como as plantas jovens respondem ao aumento da seca é importante para auxiliar no entendimento de como as plantas responderão ao aumento de seca devido às mudanças climáticas. Além de possibilitar a identificação de quais espécies serão mais vulneráveis às mudanças climáticas. Investigamos quais são os mecanismos de sobrevivência à seca de plantas jovens de 13 espécies arbóreas que ocorrem em ambientes sob clima tropical sazonalmente seco. Tais espécies apresentam diversas respostas fenológicas e fisiológicas, sendo agrupadas em grupos funcionais distintos. Selecionamos plantas jovens e simulamos um evento de seca extrema de 214 dias em casa de vegetação. Analisamos quais traços da planta estão relacionados com a capacidade de resistir à seca e a importância de caules verdes e órgãos de reserva subterrâneos no balanço de carbono e na capacidade de recuperação à seca. Também avaliamos os traços que influenciam a longevidade foliar (LF), nosso indicador de resistência à seca, mensuramos a biomassa, o conteúdo relativo de água nas porções raiz, caule e folhas; a concentração de carboidratos não estruturais (CNE) na raiz e no caule, taxa fotossintética, condutância estomática, potencial hídrico na madrugada e ao meio dia, transpiração, eficiência instantânea no uso da água, e eficiência intrínseca no uso da água. Nossos resultados demonstraram que a LF é influenciada por todos os traços analisados, e que a maior resistência à seca foi influenciada por caracteres relacionados às reservas de água na folha e de CNE no caule. Demonstramos também que a associação dos traços funcionais caules fotossintéticos, órgãos de reserva subterrâneos e baixa densidade de madeira – estratégia de recuperação pós-seca – possibilitam o aumento da reserva de CNE, o que permitiu a sobrevivência após seca extrema das plantas com tais características. As plantas jovens de espécies que apresentam maior resistência à seca, ou seja, LF maior, e que possuem estratégias de recuperação pós-seca potencialmente serão as menos vulneráveis à seca em função das mudanças climáticas.
Abstract: Future climate scenarios predict an increase in temperature and a decrease in precipitation. Extreme droughts will lead to increased plant mortality rates and such events will potentially affect the composition and structure of communities. Understanding how saplings respond to increased drought is important to help understand how plants will respond to increased drought due to climate change. In addition, it enables the identification of which species will be most vulnerable to climate change. We investigated which are the drought survival mechanisms of 13 species saplings that occur in tropical seasonally dry climate. These species present diverse phenological and physiological responses, being grouped in different functional groups. We select saplings and simulated an extreme drought event of 214 days in a greenhouse. We analyzed which plant traits are related to the drought resistance ability and the importance of green stems and underground reserve organs in the carbon balance and drought recovery capacity. As well, we evaluated the traits that influence leaf longevity (LF), our indicator of resistance to drought. We measured biomass, relative water content in the fractions root, stem and leaf; and non-structural carbohydrate concentration (NSC) in root and stem, photosynthetic rate, stomatal conductance, predawn and midday water potential, transpiration, instantaneous efficiency in water use, and intrinsic efficiency in water use. Our results demonstrated that LF is influenced by all the traits analyzed, and that the higher resistance to drought was influenced by reserves of leaf water and NSC in stem. We also demonstrated that the combination of the functional traits photosynthetic stems, underground storage organs and low wood density enables the increasing reserve of NSC, which allowed the survival after extreme drought of the plants with such traits. Species that are more resistant to drought, that is, longer LF, and that have post-drought recovery strategies will potentially be the least vulnerable to drought due to climate change.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/36699
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