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Tipo: Dissertação
Título: Integridade da mucosa esofágica na doença do refluxo gastroesofagico: proteção do polisacarideo sulfatado da gracilaria caudata
Título em inglês: Integrity of esophageal mucosa in gastroesophageal reflux disease: protection of sulphated polysaccharide from gracilaria caudata
Autor(es): Sales, Thiago Meneses Araújo Leite
Orientador: Souza, Marcellus Henrique Loiola Ponte
Coorientador: Silva, Renan Oliveira
Palavras-chave: Refluxo Gastroesofágico;Mucosa Esofágica;Administração Tópica;Gracilaria
Data do documento: 15-Fev-2018
Citação: SALES. T. M. A. L. Integridade da mucosa esofágica na doença do refluxo gastroesofagico: proteção do polisacarideo sulfatado da gracilaria caudata. 2018. 80 f. Dissertação ( Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, 2018.
Resumo: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) tem alta prevalência mundial e impacto sobre a qualidade de vida. No entanto, pacientes com DRGE apresentam diferenças na integridade da mucosa esofágica e não respondem bem ao tratamento com inibidores da bomba de prótons (IBPs). Assim, o presente estudo visa caracterizar a integridade da mucosa esofágica em fenótipos de DRGE e investigar o efeito da proteção com polissacarídeo sulfatado da Gracilaria caudata (PGC). Foi aplicado termo de consentimento, seguido de questionário padronizado para pacientes com DRGE. Seis biópsias esofágicas foram coletadas e montadas em câmaras de Ussing e avaliada a resistência elétrica transepitelial (RET) basal. PGC foi aplicado topicamente (0,1; 0,3 e 1%) seguida de exposição com solução ácida (pH 2,0) contendo pepsina e ácido taurodeoxicólico (TDCA) durante 30 min, onde a RET foi continuamente medida. Biópsias controle foram submetidas apenas a solução ácida. Em seguida, a solução ácida foi substituída por solução de fluoresceína, para avaliação da permeabilidade. Um total de 37 pacientes com DRGE, categorizados em pacientes sem erosão (PSE) (n=19) e pacientes com esofagite erosiva (PEE) (n=18), com predomínio do gênero feminino (F/M-24/13). Comparado ao PSE, PEE apresentaram maior frequência de pirose e uso de IBPs, mas RET basal significativamente menor (114.4 ± 5.4 e 163.2 ± 8.19 Ω/cm2, respectivamente; P < 0,01). A solução ácida promoveu uma queda gradual na RET de PSE e PEE (27,21 ± 2.4 e 19,92 ± 1,7 % de queda, respectivamente; P < 0,01), e similares RET ao final de 30 min (PSE: 77 [26-218] versus PEE: 91,5 [43-263] Ω/cm2; P = 0,20). Não houve diferença significativa (P = 0,30) na permeabilidade após exposição com solução ácida (PSE: 194,4 ± 40,2 e PEE: 222,8 ± 62,9 Tn/To). Por outro lado, a aplicação tópica do PGC preveniu significativamente (P < 0,001) e de forma concentração-dependente, com efeito máximo na concentração de 1%, as alterações na RET em PSE (4,06 ± 4,08 de queda), mas não em PEE (20,83 ± 3,50 de queda), comparado ao controle (27,21 ± 2.4 % e 19,92 ± 1,7%, respectivamente). PGC também preveniu o aumento da permeabilidade em PSE (72,02 ± 26,7 Tn/To) e em PEE (43,88 ± 22,5 Tn/To), comparado ao controle (194,4 ± 40,2 e 222,8 ± 62,9 Tn/To). Conclui-se que PSE e PEE apresentam diferenças no comprometimento da integridade da mucosa esofágica e que a aplicação tópica do PGC previne alterações na mucosa em biópsias de PSE.
Abstract: Gastroesophageal reflux disease (GERD) has a high global prevalence and impact on quality of life. However, patients with GERD have differences in esophageal mucosa integrity and do not respond well to treatment with proton pump inhibitors (PPIs). Thus, the present study aims to characterize the integrity of esophageal mucosa in GERD phenotypes and to investigate the effect of protection with sulfated polysaccharide from Gracilaria caudata (PGC). A consent form was applied, followed by a standardized questionnaire for patients with GERD. Six esophageal biopsies were collected and assembled in Ussing chambers and the basal transepithelial electrical resistance (RET) was evaluated. PGC was applied topically (0.1, 0.3 and 1%) followed by exposure with acid solution (pH 2.0) containing pepsin and taurodeoxycholic acid (TDCA) for 30 min, where RET was continuously measured. Control biopsies were submitted to the acidic solution only. The acid solution was then replaced with fluorescein solution for permeability evaluation. A total of 37 patients with GERD, categorized in patients without erosion (PSE) (n = 19) and patients with erosive esophagitis (PEE) (n = 18), with predominance of females (F / M-24/13). Compared to PSE, PEE presented higher frequency of heartburn and use of PPIs, but significantly lower baseline RET (114.4 ± 5.4 and 163.2 ± 8.19 Ω / cm2, respectively; P <0.01). The acidic solution promoted a gradual decrease in RET of PSE and PEE (27.21 ± 2.4 and 19.92 ± 1.7% drop, respectively; P <0.01), and similar RET at the end of 30 min (PSE: 77 [26-218] versus PEE: 91.5 [43-263] Ω / cm 2, P = 0.20). There was no significant difference (P = 0.30) in the permeability after exposure with acid solution (PSE: 194.4 ± 40.2 and PEE: 222.8 ± 62.9 Tn / To). On the other side, the topical application of PGC significantly prevented (P <0.001) and in a concentration-dependent manner, with maximum effect at 1% concentration, changes in RET in PSE (4.06 ± 4.08 fall), but not in PEE (20.83 ± 3.50 drop), compared to control (27.21 ± 2.4% and 19.92 ± 1.7%, respectively). PGC also prevented permeability increase in PSE (72.02 ± 26.7 Tn / To) and in PEE (43.88 ± 22.5 Tn / To), compared to the control (194.4 ± 40.2 and 222 , 8 ± 62.9 Tn / To). We conclude that PSE and PEE present differences in the integrity of esophageal mucosa integrity and that the topical application of PGC prevents mucosal changes in PSE biopsies.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/30986
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