Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/29000
Tipo: | Dissertação |
Título: | “Parar um minuto, olhar para trás e seguir adiante”: organização de mulheres do MST no assentamento 10 de Abril |
Título em inglês: | "Stop a minute, look back and move on": MST women's organization in the settlement 10 de Abril |
Autor(es): | Pageú, Ohana de Alencar |
Orientador: | Sampaio, José Levi Furtado |
Palavras-chave: | Espaço agrário;Relações de sexo/gênero;MST;Assentamento 10 de Abril |
Data do documento: | 2017 |
Citação: | PAGEÚ, Ohana de Alencar. “Parar um minuto, olhar para trás e seguir adiante”: organização de mulheres do MST no assentamento 10 de Abril. 2017. 118 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) -Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. |
Resumo: | A presente pesquisa busca analisar como as relações de sexo/gênero estão inseridas no espaço agrário nordestino, tomando como estudo a luta pela terra no Assentamento 10 de Abril, localizado no município de Crato, sendo este o primeiro assentamento organizado pelo MST no sul do estado do Ceará. Esta experiência se insere na complexa realidade do Nordeste, onde esta pesquisa, a partir do lugar das mulheres na construção das relações espaciais do campo, busca compreender o envolvimento do processo político e socioeconômico de acesso a terra com as relações de sexo/gênero. A concepção adotada foi de uma pesquisa qualitativa, onde se trata as diferenciações encontradas nos espaços de luta(acampamento e assentamento), ajudando a identificar as mudanças no entendimento dos trabalhadores/trabalhadoras sobre os lugares historicamente determinados, de homens e mulheres, na esfera privada (ambiente doméstico) e pública (trabalho produtivo e ambiente político),tendo como ponto de partida o protagonismo das mulheres no Assentamento 10 de Abril. Além disso, tratou-sede compreender como o MST atua na desconstrução dessas relações sociais, para a organização dos(as) trabalhadores(as). Realizou-se uma análise bibliográfica sobre o espaço agrário nordestino, as relações de sexo/gênero e a organização dos movimentos sociais, bem como um levantamento da produção teórica do MST. Fez-se uso de entrevistas semiestruturadas com mulheres assentadas e com pessoas que estiveram envolvidas no processo organizativo do Assentamento 10 de abril, além de visitas e entrevistas às instituições governamentais responsáveis pela aplicação técnica dos projetos de reforma agrária e de criação do assentamento. Ao aprofundar-se nas fontes históricas, na realidade e nas análises das entrevistas das mulheres assentadas, percebe-se como o sujeito social feminino possui um duplo enfrentamento: o de lutar por direitos sociais junto à classe trabalhadora e lutar, no interior dessa mesma classe, por espaço político, combatendo a desigualdade de sexo/gênero. Neste sentido, as contradições narradas pelas mulheres do Assentamento 10 de Abril nos trazem as dificuldades enfrentadas por estas no interior dos espaços de luta em obter e permanecer na construção de um espaço produtivo coletivo no assentamento; perceber os avanços pontuais de consciência, a partir da experiência vivida na luta pela terra; de resistir ao avanço do agronegócio e a falta de um projeto real e efetivo de Reforma Agrária Nacional. Assim, o presente trabalho busca reafirmar essa temática como eixo de importante análise geográfica do espaço agrário, conferindo maior conhecimento da realidade para a tarefa histórica de mudar a vida da classe trabalhadora. |
Abstract: | The present research seeks to analyze how sex / gender relations are inserted in the northeastern agrarian space, taking as study the struggle for land in Settlement 10 de Abril, located at Crato, it’s being the first settlement organized by the MST in the southern state of Ceará. This experience is embedded in the complex reality of northeast, where this research, up to the place of women in the construction of spatial relations in the countryside, seek to understand the involvement of political and socioeconomic access process to the land with relations of sex / gender. The approach adopted was a qualitative research, which dealt with the differences found in the spaces of struggle (camp and settlement), helping to identify changes in workers' understanding of historically determined, of men and women, at private sphere (domestic environment) and public (productive work and political environment), at the starting point, the role of women in Settlement 10 de Abril. Furthermore, to understand how MST acts in the deconstruction of these social relations, for the organization to the workers. It was a bibliographic analysis on the northeastern agrarian space, the relations of sex / gender and the organization of social movements , as well as a survey of theoretical production of MST. Using semi-structured interviews with women and who were involved in the organizational process of the Settlement 10 de Abril, in addition to visits and interviews to government institutions responsible for technical implementation of agrarian reform and establishment of the settlement. As deepening into historical sources, in the reality and reviews of the interviewed women, it is perceived how the female social subject has a double confrontation: the fight for social rights with the working class and struggling, inside this same class, by political space, combating gender / gender inequality. In this sense, the contradictions narrated by the women of Settlement 10 de Abril bring us the difficulties they face within the fight in obtain and remain in the construction of a collective productive space in the settlement; to perceive the advances of consciousness, from the experience lived in the fight for land; in resist to the advance of agribusiness and the lack of a real and effective project of National Agrarian Reform. This way, this paper seeks to reaffirm this theme as the axis of an important geographical analysis of agrarian space, providing greater knowledge of reality to the historic task of changing the lives of the working class. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/29000 |
Aparece nas coleções: | DGR - Dissertações defendidas na UFC |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2017_dis_oapageu.pdf | 3,97 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.