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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Gasto catastrófico com medicamentos no Brasil
Autor(es): Luiza, Vera Lucia
Tavare, Noemia Urruth Leão
Oliveira, Maria Auxiliadora
Arrais, Paulo Sergio Dourado
Ramos, Luiz Roberto Ramos
Pizzol, Tatiane da Silva Dal
Mengue, Sotero Serrate
Farias, Mareni Rocha
Bertoldi, Andréa Dâmaso
Palavras-chave: Preço de Medicamento;Gastos em Saúde;Fatores Socioeconômicos
Data do documento: 2016
Instituição/Editor/Publicador: Revista de Saúde Pública
Citação: LUIZA, V. L. et al. Gasto catastrófico com medicamentos no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 50, p. 1-9, 2016.
Resumo: OBJETIVO: Descrever a magnitude do gasto catastrófico em medicamentos no Brasil segundo região, tamanho das famílias e composição familiar em termos de moradores em situação de dependência. MÉTODOS: Utilizados dados de inquérito domiciliar nacional, de base populacional, com amostra probabilística, aplicado entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em domicílios urbanos. O gasto catastrófico em medicamentos foi o principal desfecho de interesse. As prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) desses desfechos foram estratificados segundo classificação socioeconômica e calculadas de acordo com a região, o número de moradores dependentes da renda, a presença de crianças menores de cinco anos e de moradores em situação de dependência, por idade. RESULTADOS: Em cerca de um de cada 17 domicílios (5,3%) foi relatado gasto catastrófico em saúde e, em 3,2%, os medicamentos foram reportados como um dos itens responsáveis por esta situação. Presença de três ou mais moradores (3,6%) e morador em situação de dependência jovem (3,6%) foram as situações com maior relato de gasto catastrófico em medicamentos. O Sudeste foi a região com menor prevalência de gasto catastrófico em medicamentos. As prevalências de domicílios com gasto catastrófico em saúde e medicamentos em relação ao total de domicílios apresentaram tendência regressiva para as classes econômicas. CONCLUSÕES: O gasto catastrófico em saúde esteve presente em 5,3% e o gasto catastrófico em medicamentos, em 3,2% dos domicílios. Domicílios pluripessoais, presença de moradores em situação de dependência econômica e pertencimento à classe D ou E tiveram a maior proporção de gasto catastrófico em medicamentos. Ainda que o problema se mostre importante, permeado por aspectos de iniquidade, as políticas brasileiras parecem estar protegendo as famílias do gasto catastrófico em saúde e em medicamentos.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/24722
ISSN: 1518-8787 online
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