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Tipo: Dissertação
Título: Biomarcadores de lesão renal em praticantes de musculação em uso de anabolizantes
Título em inglês: Biomarcadores of renal injury in musculation practicers using anabolizants
Autor(es): Fernandes, Paulo Henrique Palácio Duarte
Orientador: Daher, Elizabeth de Francesco
Palavras-chave: Anabolizantes;Creatinina;Cistatina
Data do documento: 13-Jan-2017
Citação: FERNANDES, P. H. P. D. Biomarcadores de lesão renal em praticantes de musculação em uso de anabolizantes. 2017. 60 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.
Resumo: Analisar novos biomarcadores de função renal em praticantes de musculação que fazem uso de anabolizantes. Método. Foi realizado um estudo transversal, no período de abril a julho de 2016 envolvendo indivíduos que praticam musculação alocados em um grupo anabolizante (n=28) e um grupo sem anabolizante (n=29). Em ambos os grupos foi aplicado um questionário contendo dados pessoais, intensidade de treino, uso de suplementos estimulantes/anabolizantes e história clínica. Em seguida, amostras de sangue e urina, em jejum, foram coletadas para análise de biomarcadores de lesão renal “Kidney Injury Molecule- 1” (KIM-1) e “Monocyte Chemoatactic Protein- 1” (MCP-1) Para avaliação da função foram feitas dosagens de creatinina, uréia,cistatina, sódio, potássio e cloro séricos, proteinúria e taxa de filtração glomerular. Resultados. Os participantes do grupo anabolizante eram mais jovens (26± 5 anos, p=0,006), predominantemente do sexo masculino (n=25, p=0,004) faziam treinos mais intensos (Escala de Borg de 7,9 ±1,7, p=0,010), utilizavam mais cafeína (n=20, p < 0,001), os esteróides anabólicos ergogênicos (EAA) mais frequentes foram a testosterona (89,3%) e boldenona (50%) e as histórias clínicas mais referenciadas foram a ansiedade (39,3%) e hipertensão (17,9%). Em relação aos biomarcadores houve diferença significativa no grupo anabolizante com relação a creatinina (1,04±0,17 vs 0,88±0,14 mg/dl, p <0,001), sódio (137±1,4 vs 139±1,7 mEq/L, p<0,007), potássio (5,1±0,4 vs 4,6±0,4 mEq/L , p <0,001), cloro séricos (99±1,2 vs 101±1,6 mEq/L, p <0,001) e dosagem de MCP-1 (50,6 vs 33 pg/mg-cr, p=0,039). Não houve diferença significante com relação ao KIM-1, taxa de filtração glomerular, uréia e proteinúria. Conclusão. Apesar das limitações do estudo, os achados dos níveis de MCP-1 apontam para uma lesão renal incipiente e inflamação no grupo anabolizante. É necessária uma maior investigação do uso crônico de anabolizantes na perspectiva da detecção precoce de doenças renais e correlação com outros fatores de risco.
Abstract: To analyze new biomarkers of renal function in bodybuilders who use androgenic anabolic steroids. Method. A cross-sectional study was conducted between April and July 2016 involving individuals who practice weight training in an anabolic group (n = 28) and a non-anabolic group (n = 29). In both groups, a questionnaire containing personal data, training intensity, use of stimulant / anabolic supplements and clinical history was applied. Afterwards, blood and urine samples were collected for analysis of renal injury biomarkers Kidney Injury Molecule-1 (KIM-1) and Monocyte Chemoatactic Protein-1 (MCP-1). Serum levels of creatinine, urea, cystatin, sodium, potassium and chlorine, proteinuria, and glomerular filtration rate were also measured. Results. The participants of the anabolic group were younger (26 ± 5 years, p = 0.006), predominantly male (n = 25, p = 0.004) did more intense training (Borg Scale 7.9 ± 1.7, p = 0.010), they used more caffeine (n = 20, p <0.001), the most frequent ergogenic anabolic steroids (EAA) were testosterone (89.3%) and boldenone (50%). The most commonly reported clinical histories were anxiety (39.3%) and hypertension (17.9%). Regarding the biomarkers, there were significant differences in the anabolic group related to creatinine (1.04 ± 0.17 vs 0.88 ± 0.14 mg / dl, p <0.001), sodium (137 ± 1.4 vs 139 ± 1 , P <0.001), potassium (5.1 ± 0.4 vs 4.6 ± 0.4 mEq / L, p <0.001), serum chlorine (99 ± 1.2 vs 101 ± 1, 6 mEq / L, p <0.001) and MCP-1 levels (50.6 vs. 33 pg / mg-cr, p = 0.039). There was no significant difference regarding KIM-1, glomerular filtration rate, urea and proteinuria. Conclusion. Despite the limitations of the study, the findings of MCP-1 levels point to an incipient renal injury and inflammation in the anabolic group. Further investigation of the chronic use of anabolic steroids is necessary in view of the early detection of renal diseases and correlation with other risk factors.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/23479
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