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Tipo: Tese
Título: Syndecan-1: preditor de lesão renal aguda grave após cirurgia cardíaca pediátrica
Título em inglês: Syndecan-1: severe acute kidney injury predictor after pediatric cardiac surgery
Autor(es): Cavalcante, Candice Torres de Melo Bezerra
Orientador: Libório, Alexandre Braga
Palavras-chave: Lesão renal aguda;Glicocálix;Cirurgia Torácica;Biomarcadores
Data do documento: 6-Jun-2016
Citação: BEZERRA, C. T. M. Syndecan-1: preditor de lesão renal aguda grave após cirurgia cardíaca pediátrica. 2016. 109 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumo: Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação comum após cirurgia cardíaca pediátrica e está associada com resultados desfavoráveis. Syndecan-1 é um biomarcador do dano ao glicocálix endotelial e seu aumento precoce após cirurgia pode estar associado à LRA. Objetivos: avaliar o Syndecan-1 e outros biomarcadores como preditores precoces de LRA grave após cirurgia cardíaca. Metodologia: Estudo de coorte prospectivo com 289 pacientes menores de 18 anos submetidos à cirurgia cardíaca em uma instituição de referência. Nas primeiras duas horas de cirurgia, foram realizadas as dosagens dos biomarcadores: Syndecan-1, Intercellular adhesion molecule-1 (ICAM-1), e-Selectina e Neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL). O diagnóstico de LRA grave foi definido de acordo com a classsificação da Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO) estágio 2 ou 3 (duplicação dos valores de creatinina sérica em relação aos valores pré-operatórios ou necessidade de diálise durante internamento). As análises foram ajustadas de acordo um modelo clínico de estratificação de risco para LRA, com inclusão das seguintes variáveis: idade, sexo, pressão arterial sistólica na admissão na unidade de terapia intensiva (UTI), taxa de filtração glomerular pré-operatória, tipo de cirurgia, uso e tempo de circulação extracorpórea maior que 120 minutos e componentes do Índice de Angina Renal (diminuição precoce do clearance de creatinina estimado em relação à linha de base e aumento, em porcentagem, do acúmulo de líquido no primeiro dia de pós-operatório - PO). Resultados: Syndecan-1 plasmático dosado nas primeiras 2 horas de PO foi independentemente associado com LRA grave. A acurácia do Syndecan-1 PO para diagnóstico de LRA grave foi moderada (área sob curva ROC de 0,77, IC 95% 0,68 – 0,85). A adição do Syndecan-1 melhorou a capacidade discriminatória do modelo clínico de 0,80 para 0,86 (p=0,004) e também aumentou a predição de risco para LRA, utilizando o Net reclassification improvement (NRI) e o Integrated discrimination improvement (NDI). O Syndecan-1 PO apresentou associação direta com os tempos de permanência em unidade de terapia intensiva (UTI) e hospitalar. Os outros marcadores de ativação endotelial e o NGAL não apresentam associação LRA e nem com outros desfechos clínicos. Conclusão: Syndecan-1 plasmático está associado com LRA grave subseqüente e piores desfechos clínicos em crianças submetidas a cirurgias cárdicas. Pode ser um biomarcador precoce útil para identificação de pacientes com risco elevado de LRA após cirurgias cardíacas.
Abstract: Background: Acute kidney injury (AKI) is common after pediatric cardiac surgery and is associated with adverse patient outcomes. Syndecan-1 is a biomarker of endothelial glycocalyx damage and its early increment after surgery can be associated with AKI. Objectives: evaluate Syndecan-1 and others biomarkers as predictors of severe AKI after pediatric cardiac surgery. Methods: Prospective cohort study with 289 patients less than 18 years old submitted to cardiac surgery at one reference institution. Postoperative plasma syndecan-1, intercellular adhesion molecule -1 (ICAM-1), e-selectine and neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL) were measured within the first 2 hours after cardiac surgery. Severe AKI –defined according Kidney Disease Improvement Global Outcome (KDIGO) stage 2 or 3- doubling of serum creatinine from the preoperative value or need for dialysis during hospitalization- was the main outcome. Analyses were adjusted for clinical variables for AKI risk stratification, including age, sex, preoperative estimated glomerular filtration rate, type of surgery, use of and cardiopulmonary bypass time longer than 120 minutes and “renal angina index” components - early decrease in estimated creatinine clearance from baseline and increase in % ICU fluid overload in the first day postoperative. Results: Plasma syndecan-1 measured early postoperative was independently associated with severe AKI. The accuracy of postoperative syndecan-1 for diagnosis of severe AKI was moderate (AUC-ROC of 0.77, 95% CI 0.68 – 0.85). The addition of syndecan-1 improved the discrimination capacity of a clinical model from 0.80 to 0.86 (p=0.004) and it also improved risk prediction as measured by net reclassification improvement (NRI) and integrated discrimination improvement (IDI). Postoperative sundecan-1 was also independently associated with longer length of ICU and hospital stay. N-GAL, e-selectine and I-CAM -1 were not associated with AKI and other outcomes. Conclusions: Postoperative plasma syndecan-1 is associated with subsequent severe AKI and poor outcomes among children undergoing cardiac surgery. It may be useful to identify patients who are at increased risk for AKI after cardiac surgery.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19651
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