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dc.contributor.authorGarcia, Celina Fontenele-
dc.date.accessioned2016-06-08T10:42:30Z-
dc.date.available2016-06-08T10:42:30Z-
dc.date.issued1994-
dc.identifier.citationGarcia, C. F. (1994)pt_BR
dc.identifier.issn0101-8051-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17484-
dc.descriptionGARCIA, Celina Fontenele. Nava, leitor de Proust. Revista de Letras, Fortaleza, v. 16, n. 1/2, p. 23-41, jan./dez. 1994.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherRevista de Letraspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectPedro Navapt_BR
dc.subjectProustpt_BR
dc.subjectLeiturapt_BR
dc.titleNava, leitor de Proustpt_BR
dc.typeArtigo de Periódicopt_BR
dc.description.abstract-ptbrEstudaremos a obra de Pedro Nava como leitor de Proust sob os seguintes aspectos: 1 -Nas referências feitas a Proust, À la recherche e a seus personagens; nas comparações das pessoas/personagens de Nava ("quando descrevo as pessoas, elas se transformam em meus personagens") com as obras de arte - pintura, escultura - processo utilizado também por Proust; . 2 - Nas citações, utilizadas como epígrafes dos volumes; frases citadas como epígrafe servindo de traço de união ou de explicação prévia de um novo assunto; e frases no meio do texto para complementar o pensamento ou lançar para o leitor um caminho a seguir, para encontrar a estrutura da obra; 3 -E, finalmente as apropriações no estilo, no vocabulário e nos temas do tempo, da memória, da incomunicabilidade dos seres, da solidão, do esquecimento e da morte. O tema recorrente, como· um leit motiv é a perda no amor, a distância e o esquecimento final para recomeçar tudo de novo, com mais força, como no Bolero de Ravel. Nava ao construir sua obra o faz seguindo um determinado plano, segundo seus depoimentos: quer fazer um livro de memórias em que fiquem registrados todos os documentos familiares dos quais é depositário e ao mesmo tempo contenha sua confissão. Nessa confissão ele e~prega, frequentemente, as metáforas do Frankenstein, do caleidoscópio e do puzzle, para deixar claro ao leitor que sua obra, baseada em documentos, retratos e genealogias é, ao mesmo tempo, uma obra construi da de retalhos da memória, de histórias ouvidas e lidas, de livros lidos e apropriados, guardados no arquivo da memória. E, dentre esses livros lidos e apropriados se encontra À la recherche du temps perdu. Nava segue o caminho de Proust quando este declara que um escritor é um tradutor das sensações, logo, da realidade. Ele vai mais longe, por isso que sua obra excede à de Proust na amargura e na revolta, porque Nava, como tradutor da realidade pura e simples tem um "olho clínico" de 45 anos de consultório médico e de hospital, para conhecer a miséria humana com mais profundidade. Proust na composição de sua obra, busca a Arte, emite conceitos sobre a obra de arte, o livro, o escritor, o leitor, o tempo, a memória, a memória involuntária, o sofrimento, a velhice, a morte.pt_BR
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