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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/16276
Tipo: | Dissertação |
Título: | Caracterização e fatores de risco para óbito e recidiva da leishmaniose visceral em pacientes coinfectados por HIV |
Título em inglês: | Characterization of Visceral Leishmaniasis in patients coinfected with HIV and factors associated with death and relapse |
Autor(es): | Henn, Guilherme Alves de Lima |
Orientador: | Façanha, Mônica Cardoso |
Palavras-chave: | Leishmaniose Visceral;HIV;Coinfecção;Recidiva;Morte |
Data do documento: | 29-Fev-2016 |
Citação: | HENN, G. A. L. Caracterização e fatores de risco para óbito e recidiva da leishmaniose visceral em pacientes coinfectados por HIV. 2016. 149 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. |
Resumo: | A Leishmaniose Visceral (LV) é endêmica em 70 países, dentre eles o Brasil, e o estado do Ceará se destaca pelo grande número de casos notificados. Sabe-se que a infecção por L. infantum acelera a evolução para aids, enquanto a imunossupressão causada por HIV permite a replicação descontrolada do parasito. Contudo, não estão claros quais os fatores associados a desfechos desfavoráveis para a coinfecção. Este estudo objetivou descrever a apresentação clínico-laboratorial de pacientes com coinfecção LV-HIV e identificar potenciais fatores associados a recidiva e óbito. Foram arrolados pacientes com diagnóstico de LV acompanhados no Hospital São José, Fortaleza-CE, entre julho de 2010 e dezembro de 2013. Variáveis epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e terapêuticas dos pacientes com coinfecção LV-HIV foram comparadas com um grupo controle de pacientes com LV não-coinfectados. Os desfechos e os fatores associados a recidiva e óbito após um ano do tratamento foram avaliados, para o grupo HIV-positivo, por meio de coorte retrospectiva. Foram incluídos 81 pacientes HIV-positivos e 365 controles HIV-negativos. Verificou-se que indivíduos com LV coinfectados por HIV utilizam drogas lícitas e ilícitas mais frequentemente; se apresentam menos comumente com febre, adinamia, anorexia, icterícia e edema e têm mais diarreia; anemia e linfopenia são mais pronunciadas e AST e bilirrubina direta são menos elevadas. A sensibilidade do anti-rK39 foi menor nesse grupo. A infecção por HIV aumentou em 26 vezes a chance de recidiva e o momento crítico para se modificar a história natural da coinfecção pareceu ser o primeiro episódio de LV. Sintomas há mais de 6 meses, diarreia e contagem de linfócitos T CD4 menor que 200 células/mm3 se associaram a maior chance de recidiva, enquanto hipoalbuminemia, plaquetopenia, candidíase oral/esofágica e tuberculose concomitantes à LV foram associados a óbito. Tabagismo e residência no interior do Ceará também se associaram à ocorrência de desfechos desfavoráveis. Contagem de linfócitos T CD4 superior a 350 células/mm3 e uso de anfotericina B desoxicolato foram fatores protetores. Recomenda-se aumentar a suspeição clínica para LV em indivíduos infectados por HIV, de forma a diagnosticá-los e tratá-los mais precocemente e evitar evolucão para recidiva ou óbito. |
Abstract: | Visceral Leishmaniasis (VL) is endemic in 70 countries, including Brazil, and Ceará stands out for the large number of reported cases. It is known that L. infantum infection accelerates progression to AIDS while immunosuppression caused by HIV allows uncontrolled replication of the parasite. However, it is not clear what factors are associated with unfavorable outcomes for coinfection. This study aimed to describe clinical and laboratory presentation with VL-HIV coinfection and to identify potential factors associated with relapse and death. VL patients were enrolled from São José Hospital, Fortaleza-CE, between July 2010 and December 2013. Epidemiological, clinical, laboratory and treatment variables of patients with VL-HIV coinfection were compared with a control group of patients with non-coinfected VL. Outcomes and associated factors for relapse and death after one year of treatment were evaluated for the HIV-positive group, through retrospective cohort. Eighty-one HIV-positive patients and 365 HIV-negative controls were included. It was found that individuals with VL coinfected by HIV were licit and illicit drug-users more often; they presented less commonly with fever, malaise, anorexia, jaundice and edema and had more diarrhea; anemia and lymphopenia were more pronounced and AST and conjugated bilirubin were lower. Anti-rK39 sensitivity was lower in this group. HIV infection increased 26 times the chance of relapse and the first episode of kala-azar appeared to be the critical moment to modify the natural history of coinfection. Symptoms for more than six months, diarrhea and T CD4 cell count less than 200/mm3 were associated with greater chance for relapse, while hypoalbuminemia, thrombocytopenia, and oral/esophageal candidiasis or tuberculosis previous or concomitant to VL were associated with death. Smoking and residence in the countryside were also associated with occurrence of unfavorable outcomes. T CD4 cell count above 350/mm3 and use of amphotericin B deoxycholate were protective factors. It is recommended to increase clinical suspicion for VL in HIV-infected individuals in order to diagnose and treat them as early as possible and avoid progression to relapse or death. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16276 |
Aparece nas coleções: | PPGSP - Dissertações defendidas na UFC |
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