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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/15299
Tipo: | Tese |
Título: | Estudo do efeito neuroprotetor da berberina sobre o dano neuronal, comportamento motor e memória de ratos com degeneração nigro-estrialtal por 6-ohda |
Autor(es): | Nunes, Ana Carla Lima |
Orientador: | Andrade, Geanne Matos de |
Palavras-chave: | Berberina;Oxidopamina;Doença de Parkinson |
Data do documento: | 2015 |
Citação: | NUNES, Ana Carla Lima. Estudo do efeito neuroprotetor da berberina sobre o dano neuronal, comportamento motor e memória de ratos com degeneração nigro-estrialtal por 6-ohda. 2015. 125 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. |
Resumo: | A doença de Parkinson é a segunda condição neurodegenerativa mais prevalente no mundo. Para aumentar o conhecimento sobre a etiopatogenia de doenças neurodegenerativas e avaliar a eficácia dos potenciais tratamentos, uma série de modelos animais está sendo usada atualmente. A 6-hidroxidopamina (6-OHDA) é uma das neurotoxinas mais comumente usadas experimentalmente no modelo de degeneração nigro-estriatal. A berberina é o alcalóide mais abundante isolado da Berberis sp, com ações anti-inflamatória, antidepressiva e neuroprotetora comprovadas. Este trabalho teve como objetivo estudar o efeito neuroprotetor da berberina sobre o dano neuronal, comportamento motor e a memória de ratos com lesão por 6-OHDA. Ratos Wistar, 180-250g, foram separados em quatro grupos: Controle (Ctr), Berberina (BBR), 6-OHDA e 6-OHDA+BBR. Todos os animais foram tratados com água ou berberina (diluída na água de beber), nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. O tratamento foi realizado 15 dias antes e 19 dias após a cirurgia estereotáxica para injeção da 6-OHDA (18μg/3μL- em ácido ascórbico 0,02%) ou veículo. Na segunda fase do experimento, os animais foram tratados com berberina 50mg/kg em 3 protocolos de administração: P1 (durante 21 dias antes da cirurgia estereotáxica), P2 (durante 15 dias antes e 19 dias depois da cirurgia) e P3 (do 7º ao 28º dia após a cirurgia). Nos quatro últimos dias de cada fase, os animais foram submetidos a testes de comportamento: apomorfina, campo aberto, cilindro, vibrissa, labirinto em y, esquiva passiva, labirinto aquático sinalizado. Foi realizada técnica imunohistoquímica para tirosina hidroxilase (TH) e imunofluorescência para transportador de dopamina (DAT) e registrada a quantificação de dopamina (DA), DOPAC e HVA, além da expressão de NR1 e citocromo c. Os resultados foram analisados pelo GraphPad Prism 6.0. Na fase 01, o tratamento com berberina reduziu as rotações contralaterais no teste da apomorfina, nas doses de 25, 50 e 100mg/kg (p<0,0001), assim como aumentou a quantidade de toques de ambas as patas no teste do cilindro (p<0,05). Animais tratados nas doses de 25 e 50mg/kg apresentaram aumento no tempo de latência na esquiva passiva, agindo sobre a memória recente (p<0,05) e tardia (p<0,0001). No labirinto aquático sinalizado, a berberina na dose de 50mg/kg reduziu o tempo para achar a plataforma nos quatro dias de teste, e protegeu contra a degeneração dopaminérgica, promovendo um aumento da DA, DOPAC e HVA no estriado ipsilateral e mesencéfalo (p<0,05). Na segunda fase do estudo, o efeito da berberina em reduzir as rotações contralaterais foi confirmado nos três protocolos de administração. Nos protocolos 1 e 2, a berberina aumentou a quantidade de toques de ambas as patas no teste do cilindro (p<0,05) e o déficit sensório motor no teste da vibrissa (p<0,01), como também promoveu um aumento da DA no estriado ipsilateral e mesencéfalo. O tratamento com berberina protegeu os neurônios estriatais da degeneração observado pela maior imunorreatividade a TH (p<0,05), reduziu a expressão do NR1 no estriado ipsilateral (p<0,05) e mesencéfalo (p<0,01), além da redução da expressão do citocromo c (p<0,001) e aumento da imunofluorescência ao DAT no estriado. Dessa forma, a berberina apresenta potencial neuroprotetor contra o dano neuronal induzido pela 6-OHDA, prevenindo alterações motoras e de memória desses animais. Acredita-se que 9 sua ação sobre a expressão de NR1, citocromo c e DAT podem participar desse mecanismo. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15299 |
Aparece nas coleções: | DMC - Teses defendidas na UFC |
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