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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/11142
Tipo: | Tese |
Título : | Associações entre temperamentos afetivos, estilos de defesa e manifestação psicopatológica em uma amostra de base populacional não epidemiológica |
Autor : | Taunay, Tauily Claussen D'Escragnolle |
Tutor: | Carvalho, André Férrer |
Co-asesor: | Macêdo, Daniele Silveira |
Palabras clave : | Sintomas Afetivos;Mecanismos de Defesa;Depressão |
Fecha de publicación : | 2014 |
Citación : | TAUNAY, Tauily Claussen D'Escragnolle. Associações entre temperamentos afetivos, estilos de defesa e manifestação psicopatológica em uma amostra de base populacional não epidemiológica. 2014. 103 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. |
Resumen en portugués brasileño: | Os temperamentos afetivos formam a base para o humor, comportamento, personalidade e parte da cognição. Recentemente, um modelo de temperamento tem sido proposto capaz de simultaneamente avaliar temperamentos afetivos e suas dimensões emocionais. Este modelo integra o modelo psicobiológico de temperamento de Cloninger e as formulações em temperamento afetivo de Kraepelin/Akiskal. De acordo este modelo (isto é, AFECT), existem 12 tipos de temperamentos afetivos predominantes (depressivo, apático, lábil, ansioso, ciclotímico, hipertímico, irritável, desinibido, disfórico, eutímico, obsessivo e eufórico) que surgem a partir da interação entre dimensões emocionais (raiva, vontade, desejo, inibição, sensibilidade, coping e controle). Os mecanismos de defesa do Ego são uma relevante dimensão inconsciente da estrutura de personalidade os quais atuam como um mediador psíquico entre estressores externos, conflitos internos e comportamentos exibidos durante situações de estresse. Diversos complexos mecanismos, incluindo fatores biológicos, psicológicos e sociais, podem contribuir para o desenvolvimento de sintomas depressivos e somáticos. A relação entre temperamentos afetivos e mecanismos de defesa permanece desconhecida, bem como de que modo estes construtos da personalidade podem interagir na psicopatogênese de sintomas depressivos e somáticos. Este trabalho tem como objetivo investigar as relações entre temperamentos afetivos e emocionais e estilos de defesa e como estes contribuem para a formação de sintomas depressivos e somáticos em uma grande amostra. Este é um estudo transversal, de base populacional (n=9937), cujos dados obtivemos via inquérito eletrônico (i.e., internet) através do Brazilian Internet Study on Temperament and Psychopathology (BRAINSTEP), a qual consiste de instrumentos psicológicos, comportamentais e psiquiátricos, divididos em duas seções. Foram coletados dados sociodemográficos dos participantes e estes responderam aos seguintes instrumentos validados: Escala Composta de Temperamento Emocional e Afetivo (AFECTS); Questionário de Estilo Defensivo-40 (DSQ-40); Lista de Checagem de Sintomas-90-Revisado (SCL-90-R). As análises foram controladas para idade, gênero e escolaridade (e sintomas depressivos para a formação de sintomas somáticos). Dentre os 9937 participantes do estudo, verificamos que os indivíduos com temperamentos do tipo hipertímico e eutímico apresentaram estilos de defesa maduros (56,9% e 49,7%, respectivamente), enquanto que o estilo de defesa imaturo for predominante nos temperamentos ciclotímico (51,3%), lábil (50,5%), depressivo (43,0%), disfórico (39,2%), eufórico (37,0%) e desinibido (34,3). Altos escores no estilo de defesa imaturo e baixos escores no estilo de defesa maduro estão associados independentemente com sintomas depressivos e somáticos. Temperamentos hipertímicos e eutímicos foram independentemente associados a menos sintomas depressivos (F[ANCOVA]=206,45; p<0,001) e somáticos (F[ANCOVA]=77,43; p<0,001). Os temperamentos hipertímicos e eutímicos atuaram como moderadores na correlação entre estilos de defesa maduros e sintomas depressivos. Indivíduos com 8 temperamentos disfórico, ciclotímico e depressivo e que adotam predominantemente mecanismos de defesa de deslocamento, somatização e agressão passiva apresentam maior gravidade de sintomas somáticos. O temperamento disfórico atua como moderador da correlação entre o mecanismo de defesa de deslocamento e diversos sintomas somáticos, independentemente dos sintomas depressivos. Apesar de que os temperamentos afetivos e mecanismos de defesa sejam construtos de personalidade independentes, eles interagem na formação de sintomas depressivos e somáticos em uma grande amostra. Estes achados abrem importantes perspectivas na compreensão da formação de sintomas psicopatológicos. |
URI : | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/11142 |
Aparece en las colecciones: | DMC - Teses defendidas na UFC |
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