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Tipo: Dissertação
Título: Formação conceitual à luz das teorias de Vygotsky e Nelson
Título em inglês: The conceptual formation in light of the Vygotsky and Nelson theories
Autor(es): Mesquita, Kelcilene Vírgilio Silva de
Orientador: Macedo, Ana Cristina Pelosi Silva de
Palavras-chave: Scientific Concepts;Everyday Concepts;Psicologia do Desenvolvimento;Aprendizagem-criancas;Cognicao (psicologia infantil);Criancas-linguagem
Data do documento: 2008
Instituição/Editor/Publicador: www.teses.ufc.br
Citação: Mesquita, K. V. S.; Macedo, A. C. P. S. (2008)
Resumo: Neste trabalho partimos da premissa de que as habilidades de conceituar e de categorizar estão intimamente relacionadas, levando-nos a concluir que elas fazem parte de um único processo: o de organização do conhecimento. Especificamente, abordaremos questões concernentes à organização do conhecimento no tocante à formação de conceitos buscando compreender a sua natureza. Para isso, utilizamos como base teórica os trabalhos sobre formação de conceitos de Vygotsky ([1934] 2000) e de Nelson (1998; 1986). Defendemos que a proposta de Nelson sobre o processamento cognitivo de crianças jovens, centrada no contexto de ação, nas experiências cotidianas das crianças, pode contribuir para uma visão mais ampliada da natureza do processo de formação de conceitos que a visão apresentada por Vygotsky que, mesmo defendendo a importância do contexto na formação dos conceitos, realizou seus experimentos utilizando-se de conceitos artificiais. Para verificarmos se os conceitos com o passar do tempo vão se tornando mais abstratos ou se, ainda, mostram-se, presos ao contexto do indivíduo, ligados à memória de eventos (contextualizado), realizamos uma pesquisa com alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio com o objetivo de compreender a natureza dos conceitos dos participantes. A tarefa experimental consistiu de uma atividade de definição para os termos planta e animal e duas atividades de classificação usando um conjunto de cartões, adaptado de Panofsky, John-Steiner e Blackwell (1996) que constou de vinte e uma (21) figuras (07 da categoria plantas e 14 da categoria animais). Através da análise das definições e justificativas para os agrupamentos de itens em categorias, pudemos verificar que não há uma única e exclusiva base para as conceitualizações dos participantes, ou seja, não há predominância de uma ou de outra categoria, e sim que seus conceitos são formados a partir de pedaços de informações internalizadas sobre o mundo quer sejam cotidianas quer sejam mais formais.
Abstract: Our basic assumption for this work is that the abilities to appraise and to categorize are closely related, leading us to the conclusion that they are part of a single process: that of knowledge organization. In this paper, we will discuss specifically some topics involving knowledge organization as far as concept formation is concerned, searching to understand its nature. For this purpose, we have used as theoretical background the works on concept formation by Vygotsky ([1934] 2000) and Nelson (1998; 1986). We believe that Nelson’s views on young children cognitive processing, centered on the action context and on the children’s daily experiences can provide a more significant contribution for an extended vision of the nature of the process of concept formation than the ideas presented by Vygotsky who, in spite of stressing the importance of the context in concept formation, carried out his experiments based on artificial concepts. To check if the concepts become more abstract as time goes by or if they show to be limited to the individual’s context, connected to their memory (thus contextualized), we carry out a study with Elementary, Junior High and High School students as subjects, whose main purpose was to understand the nature of the participants’ concepts. The students were asked to define the terms “plant” and “animal” and took part in two classification activities using a set of cards, adapted from Panofsky, John-Steiner and Blackwell (1996), which consisted of twenty and one (21) pictures (07 belonging to the “plant” category and 14 to the “animal” category). From the analysis of the definitions obtained and of the justifications for grouping the items into categories, we could observe that there is not a single, exclusive base for the participants’ conceptualizations, that is, none of the categories has shown to be predominant. On the contrary, the category concepts are formed from internalized pieces of information about the world, no matter if these pieces of information are of a daily or of a more formal nature.
Descrição: MESQUITA, Kelcilene Vírgilio Silva de. Formação conceitual à luz das teorias de Vygotsky e Nelson. 2008. 119f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2008.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8823
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