Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/83415| Tipo: | TCC |
| Título: | Avaliação da resposta ao tratamento de imunotolerância em pacientes portadores de hemofilia A em um centro de referência no Estado do Ceará |
| Autor(es): | Duarte, Giovanna Gonçalves |
| Orientador: | Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves |
| Coorientador: | Beserra, Nathalia Martins |
| Palavras-chave em português: | Hemofilia A;Resultado do tratamento;Estudos retrospectivos |
| Palavras-chave em inglês: | Hemophilia A;Treatment outcome;Retrospective studies |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA |
| Data do documento: | 2022 |
| Citação: | DUARTE, Giovanna Gonçalves. Avaliação da resposta ao tratamento de imunotolerância em pacientes portadores de hemofilia A em um centro de referência no Estado do Ceará. 2022. 51 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Farmácia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/83415. Acesso em: 13 nov. 2025. |
| Resumo: | A hemofilia A congênita é uma doença genética caracterizada pela deficiência de fator VIII, comprometendo o processo da coagulação sanguínea. O tratamento consiste em fazer infusões venosas do fator deficiente, porém, há a possibilidade de o uso contínuo dessas infusões ocasionar o surgimento de inibidores contra o fator VIII, prejudicando o tratamento. Com o intuito de erradicar esses inibidores, a partir de 2011, o Ministério da Saúde instituiu o Protocolo de Imunotolerância e, em setembro de 2012, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), passou a disponibilizar esse tratamento no estado do Ceará. Diante disso, o trabalho teve como objetivo avaliar a resposta ao tratamento de Imunoterância em pacientes com hemofilía A em acompanhamento ambulatorial no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará. Para tal, o tipo de estudo foi o de coorte retrospectivo, em que foi realizada a coleta de dados a partir de prontuários médicos de todos os pacientes que concluíram o tratamento de imunotolerância de setembro de 2012 a dezembro de 2021. Com isso, coletou-se dados de 20 pacientes com diagnóstico de hemofilia A, pelos quais pode-se obter o perfil de cada paciente, no qual consta que todos (100%) apresentavam a forma grave da hemofilia A. A idade média em que os inibidores foram detectados pela primeira vez foi de 8 anos (DP ± 10,9) e a idade média em que esses pacientes começavam a ITI foi de 11,25 anos (DP ± 14,0). O tipo de FVIII mais comumente usado por esses pacientes foi o plasmático, utilizado por 13 pacientes (65%), enquanto o recombinante foi utilizado em apenas 7 pacientes (35%). Quanto ao perfil clínico-laboratorial, em média, o título prévio, ou seja, o título de inibidor antes do início da ITI, foi 30,83 UB/mL (DP ±59,46), o pico histórico foi 626,54 UB/mL (DP ±1196,05), o título do inibidor após 6 meses de ITI foi 112,59 UB/mL (DP ±291,89) e o título ao final da ITI foi, em média, 43,99 UB/mL (DP ±74,50). O tempo médio em que os pacientes ficaram em indução de imunotolerância foi de 28,15 meses (DP ±9,69) e ao longo do tratamento de ITI, a quantidade de FVIII utilizada por paciente foi, em média, 588.770 UI (DP ±546.090,61). Dos 20 pacientes analisados, 9 obtiveram falha terapêutica e 7 fazem uso do anticorpo monoclonal Emicizumabe. Desses 7, por fim, foi avaliado o seu regime terapêutico, em que cerca de 4 (57,1%) pacientes fazem sua dose de manutenção do Emicizumabe em uma frequência semanal e 3(42,9%) fazem uso quinzenal. Além disso, foram analisados a relação entre os preditores de sucesso terapêutico e o desfecho clínico, dentre os quais, o título de inibidor prévio <10 UB/mL mostrou 90% de acurácia como parâmetro para determinar o sucesso ou a falha da imunotolerância. Portanto, foi possível perceber que o número de pacientes que tiveram uma ITI bem-sucedida foi superior aos que foram refratários, apesar da pouca diferença numérica entre eles. Dos que obtiveram falha, a maioria faz uso de Emicizumabe no HEMOCE, recebendo uma dose de manutenção calculada de acordo com o peso e com frequência de uso semanal ou quinzenal. Dentre esses pacientes, não havia relatos de episódios hemorrágicos após o início do tratamento com o anticorpo monoclonal. Quanto à influência dos preditores de sucesso, os resultados mostraram que o título de inibidor prévio < 10UB/mL é de grande importância para determinar se o paciente terá uma boa resposta ao tratamento, pois, foi comprovado neste estudo a sua correlação com o desfecho terapêutico, sendo de grande ajuda para os profissionais preverem a resposta terapêutica dos pacientes em ITI. |
| Abstract: | Congenital hemophilia A is a genetic disease characterized by factor VIII deficiency, which compromises the blood clotting process. The treatment consists of taking venous infusions of the deficient factor, however, there is the possibility that the continuous use of these infusions may cause the appearance of inhibitors against factor VIII that impairs the treatment. In order to eradicate these inhibitors, from 2011, the Ministry of Health instituted the Immunotolerance Protocol and, in September 2012, the Center for Hematology and Hemotherapy of Ceará (HEMOCE) began to provide this treatment in the state of Ceará. Therefore, the objective of this study was to evaluate the response to immunotherapy treatment in patients with hemophilia A in outpatient follow-up at the Center for Hematology and Hemotherapy of Ceará. To this end, the type of study was a retrospective cohort, in which data were collected from the medical records of all patients who completed the immunotolerance treatment from September 2012 to December 2021. Data from 20 patients diagnosed with hemophilia A were analyzed, from which the profile of each patient could be obtained, in which all (100%) had the severe form of hemophilia A. The average age at which the inhibitors were detected for the first time was 8 years (SD ± 10.9) and the mean age at which these patients started ITI was 11.25 years (SD ± 14.0). The type of FVIII most used by these patients was plasmatic, used by 13 patients (65%), while recombinant was used by only 7 patients (35%). As for the clinical-laboratory profile, on average, the previous titer, that is, the inhibitor titer before the start of ITI, was 30.83 UB/mL (SD ±59.46), the historical peak was 626.54 UB /mL (SD ±1196.05), the inhibitor titer after 6 months of ITI was 112.59 UB/mL (SD ±291.89) and the titer at the end of the ITI was, on average, 43.99 UB/mL mL (SD ±74.50). The mean time that patients spent on immunotolerance induction was 28.15 months (SD ±9.69) and throughout the ITI treatment, the amount of FVIII used per patient was, on average, 588,770 IU (SD ± 546,090.61). Of the 20 patients analyzed, 9 had therapeutic failure and 7 were using the monoclonal antibody Emicizumab. Finally, the therapeutic regimen of these 7 were evaluated and about 4 (57.1%) patients take their maintenance dose of Emicizumab on a weekly basis and 3 (42.9%) use it fortnightly. In addition, the relation between predictors of therapeutic success and clinical outcome were analyzed, among which the previous inhibitor titer <10 UB/mL showed 90% accuracy as a parameter to determine the success or failure of immunotolerance. Therefore, it was possible to perceive that the number of patients who had a successful ITI was higher than those who were refractory, despite the small numerical difference between them. Of those who failed, most use Emicizumab in HEMOCE, receiving a maintenance dose calculated according to weight and with a weekly or biweekly frequency of use. Among these patients, there were no reports of bleeding episodes after starting treatment with the monoclonal antibody. Regarding the influence of success predictors, the results showed that the previous inhibitor titer < 10UB/mL is of great importance to determine whether the patient will have a good response to treatment, since in this study its correlation with the therapeutic outcome was proven of being of great help for professionals to predict the therapeutic response of patients in ITI. |
| Descrição: | Este documento está disponível online com base na Portaria nº 348, de 08 de dezembro de 2022, disponível em: https://biblioteca.ufc.br/wp-content/uploads/2022/12/portaria348-2022.pdf, que autoriza a digitalização e a disponibilização no Repositório Institucional (RI) da coleção retrospectiva de TCC, dissertações e teses da UFC, sem o termo de anuência prévia dos autores. Em caso de trabalhos com pedidos de patente e/ou de embargo, cabe, exclusivamente, ao autor(a) solicitar a restrição de acesso ou retirada de seu trabalho do RI, mediante apresentação de documento comprobatório à Direção do Sistema de Bibliotecas. |
| URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/83415 |
| ORCID do(s) Autor(es): | https://orcid.org/0000-0002-0239-9727 |
| Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/1125376066681022 |
| ORCID do Orientador: | https://orcid.org/0000-0003-3178-412X |
| Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/8202510508068072 |
| ORCID do Coorientador: | https://orcid.org/0000-0002-0846-1480 |
| Currículo Lattes do Coorientador: | http://lattes.cnpq.br/4221050119475656 |
| Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
| Aparece nas coleções: | FARMÁCIA - Monografia |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| 2022_tcc_ggduarte.pdf | 807,64 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.