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Tipo: Dissertação
Título: Fatores de risco para a descontinuidade na detecção precoce do câncer de colo uterino
Título em inglês: Risk factors for discontinuance of early detection in cervical cancer
Autor(es): Cunha, Denise de Fátima Fernandes
Orientador: Aquino, Priscila de Souza
Palavras-chave: Prevenção de Câncer de Colo Uterino;Esfregaço Vaginal;Saúde da Mulher;Fatores de Risco
Data do documento: 2014
Citação: CUNHA, D. F. F. Fatores de risco para a descontinuidade na detecção precoce do câncer de colo uterino. 2014. 82 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2014.
Resumo: A pesquisa objetivou analisar os fatores de risco para a descontinuidade na detecção precoce do câncer de colo uterino. Trata-se de um estudo retrospectivo, documental, quantitativo, desenvolvido no Centro de Parto Natural Lígia Barros Costa. Do total de 3357, foram analisados 2878 prontuários de mulheres atendidas no setor de prevenção ginecológica, desde o início do seu funcionamento até dezembro de 2011, após aplicação dos critérios de inclusão, quais sejam: ter iniciado atividade sexual e ter realizado a coleta citológica. Os dados foram coletados de março a setembro de 2013. O instrumento foi validado por três juízes e consistiu em um formulário estruturado composto por variáveis de identificação, histórico geral, ginecológico, sexual e obstétrico da paciente e a avaliação da continuidade do cuidado em detecção precoce do câncer de colo uterino, avaliada pela periodicidade adequada e retorno para busca do laudo citopatológico. Verificou-se as associações entre a descontinuidade e as variáveis independentes por meio dos seguintes testes: qui-quadrado e análise de regressão logística. A idade das mulheres variou de 12 a 91 anos, com uma mediana de 33 anos. A maioria das mulheres 1343 (53,8%) possuía apenas o ensino fundamental, 1426 (56,5%) eram casadas ou conviviam em união estável, 130 (63,1%) trabalhavam fora de casa, e 1651 (57,4%) residiam no mesmo bairro da instituição. A infecção pelo HPV foi a DST mais frequente, acometendo 184 (77%) das mulheres. Do total, 1623 (56,4%) mulheres apresentavam alguma queixa que motivou a consulta. Em relação aos métodos contraceptivos, observou-se que 942 (35%) mulheres utilizavam contraceptivo hormonal (oral e/ou injetável), 722 (26,9%) utilizavam o preservativo, 383 (14,2%) eram laqueadas e 525 (19,5%) não utilizavam nenhum método. A maioria das mulheres analisadas apresentou descontinuidade na detecção precoce do CCU, 2516 (87,4%), com 669 (23,2%) que não receberam o laudo do último exame e a quase totalidade da amostra, 2460 (96,6%) apresentou periodicidade inadequada na realização do teste. O estudo evidenciou os seguintes fatores de risco para a descontinuidade na detecção precoce do CCU: morar no bairro comum à instituição (p=0,024), não morar com companheiro (p=0,013), não ter diagnóstico de hipertensão arterial (p=0,038), baixo número de consultas para coleta citológica (p=0,000), apresentar queixa no exame (p=0,035), não estar em amenorréia (p=0,005) ou menopausa (p=0,021), não utilizar preservativo (p=0,009), apresentar dispareunia (p=0,027) e ter iniciado a vida sexual até os 20 anos de idade (p=0,039). Conclui-se que a prevalência de descontinuidade na detecção precoce do CCU é alta na população estudada. A identificação dos fatores de risco pode direcionar ações de educação em saúde com vistas a promover o conhecimento dessa população, visando maior adesão à realização do exame na periodicidade correta e a busca do laudo citopatológico.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8306
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