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Tipo: Tese
Título: Mundos paralelos: o multiverso como máquina abstrata nos quadrinhos de super-heróis.
Título em inglês: Parallel worlds: the multiverse as abstract machines in superhero comics
Título em espanhol: Mundos paralelos: el multiverso como máquina abstracta en los cómics de superhéroes.
Autor(es): Santos Filho, Márcio Moreira dos
Orientador: Lucas, Ricardo Jorge de Lucena
Palavras-chave em português: Multiverso;Super-heróis;Agenciamentos;Pesquisa baseada em quadrinhos;Tecido de ficção
Palavras-chave em inglês: Multiverse;Superhero;Assemblages;Comics-based research;Fiction mesh
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Data do documento: 2025
Citação: SANTOS FILHO, Márcio Moreira dos. Mundos paralelos: o multiverso como máquina abstrata nos quadrinhos de super-heróis. 2025. 241 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Instituto de Cultura e Arte, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2025.
Resumo: O multiverso dos quadrinhos de super-herói é um fenômeno narrativo e imagético único em sua vastidão e complexidade. Baseando-se no trabalho de Craft (2004), Kukkonen (2010), Proctor (2017) e Torrecilla (2025), entre outros, este trabalho compreende o multiverso como arranjo de histórias que substitui a ideia de uma linha temporal linear por uma matriz de mundos paralelos contraditórios, futuros alternativos e cenários possíveis que existem concomitantemente. O objetivo desta pesquisa é dramatizar o conceito de multiverso e entender que elementos são necessários em qual configuração para produzi-lo no contexto dos quadrinhos de super-heróis. Para isso, uso os agenciamentos de Deleuze e Guattari (2011a, 2011b) como princípio metodológico, mediado por Buchanan (2021). Ao longo do trabalho, traço as linhas de um diagrama para compreender a organização de desejos do que chamo de agenciamento-herói. Identifico aí uma dimensão material na relação entre artistas, fãs e corporações (formas de conteúdo), e uma dimensão expressiva na forma-seriado, a máquina de Sheherazade com seus ganchos e reviravoltas, dedicada a extrair a mais-valia da narrativa (formas de expressão), ambas tendo como princípio de unidade uma máquina abstrata, o multiverso. A partir da relação de pressuposição entre ambas, cunho o termo tecido de ficção, inspirado em Ingold (2015), para nomear a textura de histórias, lógicas de produção e relações ao longo das quais os artistas criam novas tramas, que nascem do plano de condições de possibilidades (plano de consistência, Corpo sem Órgãos etc.). Assim, diferentes mundos transformam o refrão do super-herói em movimentos de des-re-territorialização que desabituam o leitor, ao mesmo tempo em que o situa na melodia familiar. Por fim, concluo que a máquina abstrata do multiverso não é uma estrutura, mas uma abertura para a especulação, efetuado pelas tramas que se multiplicam e que, por sua vez, delimita as condições de possibilidade da própria multiplicação. Além disso, o trabalho é, em parte um exercício de pesquisa baseada em quadrinhos (comic-based research, ou CBR) como definida por Kuttner et al (2020), que aproveita as affordances da linguagem para produção de conhecimento na forma de quadrinhos-montagem criados a partir de diferentes HQs de super heróis.
Abstract: The multiverse of superhero comics is a narrative and imagetic phenomenon unique in its vastness and complexity. Drawing on the work of Craft (2004), Kukkonen (2010), Proctor (2017) and Torrecilla (2025), among others, this thesis understands the multiverse as an arrangement of stories that replaces the idea of a linear timeline with a matrix of contradictory parallel worlds, alternative futures and possible scenarios that exist concurrently. The aim of this research is to dramatize the concept of the multiverse and understand which elements are needed in which configuration to produce it in the context of superhero comics. To do this, I use Deleuze and Guattari's (2011a, 2011b) assemblages as a methodological principle, mediated by Buchanan (2021). Throughout the work, I draw the lines of a diagram to understand the organization of desires in what I call the hero-assemblage. I identify a material dimension in the relationship between artists, fans and corporations (forms of content), and an expressive dimension in the serial form, Sheherazade's machine with its hooks and twists dedicated to extracting surplus value from the narrative (forms of expression), both of which have an abstract machine, the multiverse, as their principle of unity. Based on the relationship of presupposition between the two, I coined the term fiction mesh, inspired by Ingold (2015), to name the texture of stories, production logics and relationships along which artists create new stories, which are born from the plane of conditions of possibility (plane of consistency, Body without Organs, etc.). In this way, different worlds transform the superhero's refrain into movements of de-re-territorialization that disabituate the reader, while at the same time situating them in the familiar melody. Finally, I conclude that the abstract machine of the multiverse is not a structure, but an opening for speculation, efetuated by the plots that multiply and which, in turn, delimits the conditions of possibility of the multiplication itself. In addition, the work is, in part, an exercise in comics-based research (CBR) as defined by Kuttner et al (2020) that takes advantage of the affordances of the language to produce knowledge in the form of montage-comics created from different superhero comics.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/81718
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0009-0004-8572-2471
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/0997016016255928
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0002-6801-4797
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/6868794107118772
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGCOM - Teses defendidas na UFC

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