Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79587| Tipo: | Dissertação |
| Título: | Conhecimentos, atitudes e práticas sobre Doença de Chagas de profissionais de saúde e pessoas acometidas em um município do interior do estado da Bahia |
| Autor(es): | Bezerril, Ana Cláudia Rezende |
| Orientador: | Barbosa, Jaqueline Caracas |
| Coorientador: | Souza, Eliana Amorim |
| Palavras-chave em português: | Doença de Chagas;Conhecimentos, Atitudes e Práticas em Saúde;Educação em saúde |
| Palavras-chave em inglês: | Chagas Disease;Knowledge, Attitudes and Practices in Health;Health Education |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA |
| Data do documento: | 2024 |
| Citação: | BEZERRIL, Ana Cláudia Rezende. Conhecimentos, atitudes e práticas sobre Doença de Chagas de profissionais de saúde e pessoas acometidas em um município do interior do estado da Bahia 2024. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/79587. Acesso em: 29 jan. 2025. |
| Resumo: | A doença de Chagas (DC) na sua expressão crônica apresenta-se como um grave problema de saúde em diferentes territórios no Brasil, inclusive no estado da Bahia. No entanto, embora seja responsável pelo adoecimento e morte de muitos, segue de modo silencioso como Doença Tropical Negligenciada (DTN). Reconhecer pessoas acometidas ou em risco deve ser algo prioritário em espaços endêmicos, assim como instituir processos consistentes para o tratamento e cuidado integral. No entanto, são inúmeros os desafios, incluindo fragilidades em processos formativos e de educação em saúde, capazes de interferir em atitudes e práticas de profissionais, gestores e pessoas acometidas. Este trabalho tem como objetivo analisar conhecimentos, atitudes e práticas relativos à DC de pessoas acometidas e profissionais de saúde de territórios endêmicos no interior da Bahia. Trata-se de um estudo transversal, realizado no município de Vitória da Conquista – sudoeste da Bahia, entre 2023 e 2024. A população foi composta por 501 profissionais da saúde da Atenção Primária a Saúde (APS) e vigilância entomológica do município, sendo 39 enfermeiros(as) e 31 médicos(as); 337 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e 94 Agentes de Combate a Endemias (ACE); além de 36 pessoas acometidas pela DC. Foram realizadas frequências simples e relativas com uso do software Stata 11.0. Verificou-se que uma minoria dos médicos e enfermeiros (n=3;4,2%) reconhece como condição de risco, ter familiares com diagnóstico da DC e para a maioria (n=31;43,7%). Destaca-se o baixo percentual de atendimentos às pessoas acometidas ou suspeitas de DC na APS (n=7;9,9%), com pouca prática na prescrição de tratamento etiológico (n=15;21,1%). Entre ACS e ACE, apenas uma minoria (n=59;13,8%) conhece alguém com DC; a maioria desconhece como é feito o diagnóstico (n=234;54,9%) e muitos (n=233; 54,7%) afirmam não saber orientar uma pessoa com DC. Um percentual importante (n=245;57,5%) acreditam que não são capazes de suspeitar de um caso de DC a partir das queixas de usuários. A não utilização do material informativo/educativo sobre DC nas ações programáticas na unidade de saúde (n=337;79,1%) e no território (n=375;88,0%) é bastante comum. Sob o ponto de vista de pessoas acometidas pela DC, percentual expressivo (n=25;69,4%), afirma não saber como é feito o diagnóstico da DC, assim como desconhece o local onde se realiza os exames (n=27;75%). Houve maior proporção de pessoas acometidas por DC que não fazem nenhum acompanhamento (n=13;36,1%). A maioria não tem cuidados relacionados a sua saúde, vinculado à DC (n=17; 47,2%). Quando questionados diretamente sobre a consulta médica anual de acompanhamento, 61,1% (n=22) relataram não realizar. O estudo revela conhecimentos limitados sobre aspectos relacionados às ações de vigilância, diagnóstico e tratamento da DC. Condição que influencia na adoção de atitudes e práticas equivocadas de vigilância e cuidado em DC. Portanto, reforça a necessidade de que a DC impõe a APS, adoção de medidas de educação permanente e educação popular em saúde, capazes de promover mudanças nas práticas profissionais e comunitárias. A inclusão de estratégias adaptadas ao contexto sociocultural e ao perfil específico dos profissionais e usuários, podem ser decisivas para o controle eficaz da doença em áreas endêmicas. Condição essência para superação de contextos de negligência reconhecido. |
| Abstract: | Chagas disease (CD), in its chronic form, is a serious health problem in several areas of Brazil, including the state of Bahia. Despite being responsible for the illness and death of many people, it remains a neglected tropical disease (NTD). Identifying those affected or at risk should be a priority in endemic areas, as should establishing consistent processes for comprehensive treatment and care. However, there are numerous challenges, including weaknesses in training and health education processes, which can affect the attitudes and practices of professionals, managers and affected individuals. The aim of this study was to analyse the knowledge, attitudes and practices of people affected by CD and health professionals from endemic areas in the interior of Bahia. This was a cross-sectional study carried out in the municipality of Vitória da Conquista - south-west Bahia, between 2023 and 2024. The sample consisted of 501 health professionals from primary health care (PHC) and entomological surveillance in the municipality, 39 nurses and 31 doctors; 337 community health workers (CHWs) and 94 endemic disease control workers (EDCWs); and 36 people affected by CD. Simple and relative frequencies were analysed using Stata 11.0 software. It was found that a minority of doctors and nurses (n=3;4.2%) recognised having a family member diagnosed with CD as a risk condition, and for the majority (n=31;43.7%). It is worth noting the low percentage of people with or suspected of having CD in PHC (n=7;9.9%), with little practice in prescribing aetiological treatment (n=15;21.1%). Among CHWs and EDCWs only a minority (n=59;13.8%) know someone with CD; the majority do not know how to make a diagnosis (n=234;54.9%) and many (n=233;54.7%) say they do not know how to advise a person with CD. A significant percentage (n=245; 57.5%) believe that they are unable to suspect a case of CD based on the user's complaints. The non-use of information/educational material on CD in programme actions at the health unit (n=337; 79.1%) and in the area (n=375; 88.0%) is quite common. From the point of view of people with CD, a significant percentage (n=25;69.4%) say they don't know how CD is diagnosed and where the tests are carried out (n=27;75%). There was a higher proportion of people with CD who did not receive any follow-up care (n=13;36.1%). The majority do not take care of their health in relation to CD (n=17; 47.2%). When asked directly about annual follow-up appointments, 61.1% (n=22) reported not having any. The study reveals limited knowledge of aspects related to monitoring, diagnosis and treatment of CD. This condition influences the adoption of incorrect attitudes and practices regarding CD surveillance and care. It therefore reinforces the need for PHC to adopt permanent educational and community health education measures capable of promoting changes in professional and community practices. The incorporation of strategies adapted to the socio-cultural context and the specific profile of professionals and users can be crucial for effective control of the disease in endemic areas. This is an essential condition for overcoming contexts of acknowledged neglect. |
| URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79587 |
| Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/1315618344020477 |
| ORCID do Orientador: | https://orcid.org/0000-0001-6401-2244 |
| Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/2794864339620065 |
| Currículo Lattes do Coorientador: | http://lattes.cnpq.br/8831927242504456 |
| Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
| Aparece nas coleções: | PPGSP - Dissertações defendidas na UFC |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| 2024_dis_acrbezerril.pdf | 6,79 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.