Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79118
Tipo: Dissertação
Título: Avaliação do conhecimento, atitude e prática sobre a incontinência urinária e o impacto na qualidade de vida de mulheres praticantes de exercícios físicos
Autor(es): Coelho, Jucyara da Silva
Orientador: Vasconcelos Neto, José Ananias
Palavras-chave em português: Incontinência urinária;Conhecimentos, atitudes e prática em saúde;Exercício físico
Palavras-chave em inglês: Urinary Incontinence;Exercise;Health Knowledge, Attitudes, Practice
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::SAUDE MATERNO-INFANTIL
Data do documento: 2024
Citação: COELHO, Jucyara da Silva. Avaliação do conhecimento, atitude e prática sobre a incontinência urinária e o impacto na qualidade de vida de mulheres praticantes de exercícios físicos. 2024. 117 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Mulher e da Criança) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/79118. Acesso em: 13 dez. 2024
Resumo: A incontinência urinária (IU) é um problema que afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres e pode ser desencadeada ou agravada por fatores como gravidez, parto e exercícios físicos intensos. Portanto, compreender essa condição é essencial para promover a adesão a medidas preventivas e de tratamento da IU. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento, atitudes e práticas (CAP) em relação à incontinência urinária e o impacto na qualidade de vida das mulheres que praticam exercícios físicos. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal realizado com uma população de mulheres praticantes de exercícios físicos na cidade de Parnaíba, no estado do Piauí. A amostra foi composta por 256 mulheres com idade entre 18 e 67 anos, selecionadas por conveniência. A coleta de dados ocorreu no período de março a julho de 2022, por meio de formulário eletrônico que incluiu informações sociodemográficas, ginecológicas e obstétricas, bem como perguntas relacionadas ao nível de atividade física (avaliado pelo IPAQ), queixas urinárias (através do ICIQ-SF) e questionário sobre o conhecimento, atitudes e práticas relacionadas à IU. A análise estatística foi realizada pelo software R versão 4.1.0. Para as variáveis categóricas utilizou-se os Testes qui-quadrado ou exato de Fisher e para as variáveis numéricas ou ordinais utilizou-se testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que 110 (43%) das mulheres fisicamente ativas apresentaram incontinência urinária, sendo a incontinência urinária mista (IUM), o tipo mais comum, observada em 39,09% das participantes. Dentre as queixas urinárias apresentadas, 63,64% das mulheres relataram perder urina pelo menos uma vez por semana ou menos, em pequenas quantidades (82,73%), e 27,27% referiram impacto moderado na qualidade de vida. Em relação a avaliação (CAP) a maioria apresentou conhecimento (51,88%) e atitudes (98,74%) adequados, enquanto as práticas preventivas (83,58%) e, de tratamento (70,47%), foram inadequados. Muitas mulheres afirmaram ter ouvido falar sobre IU (93,3%), apontaram alguns fatores de risco (66,1%), formas de prevenir (83,3%) e tratar (98,3%) a IU. Além disso, a maioria das participantes, apresentaram atitudes adequadas ao afirmar sentir-se à vontade ao reportar suas queixas urinárias a um profissional de saúde do sexo masculino (77,4%). No entanto, grande parte dessas mulheres referiram nunca ter realizado práticas preventivas para evitar a perda de urina (61,2%) e ter buscado ajuda para tratar a incontinência urinária (70,5%). Como desfechos secundários foi observada uma associação estatisticamente significativa entre o número de gestações (p = 0,0042), via de parto (p = 0,002) e o tempo de treino diário (p = 0,011) com a IU. Ao comparar as queixas urinárias de acordo com o tipo de atividade física foi observada associação entre a prática de corrida e a frequência (p = 0,019); a quantidade de perda de urina (p = 0,042) e impacto na qualidade de vida (p = 0,042). CONCLUSÃO: Apesar do conhecimento e atitudes adequados entre as participantes, elas não referiram práticas preventivas e tratamento adequados. Além disso, as mulheres praticantes de corrida apresentaram uma frequência maior de queixas urinárias e o impacto moderado na qualidade de vida.
Abstract: Urinary incontinence (UI) is a problem that negatively affects women's quality of life and can be triggered or worsened by factors such as pregnancy, childbirth, and intense physical exercise. Therefore, understanding this condition is essential to promote adherence to preventive and treatment measures for UI. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate knowledge, attitudes, and practices (KAP) regarding urinary incontinence and the impact on the quality of life of women who practice physical exercise. METHOD: This is a crosssectional study carried out with a population of women who practice physical exercise in Parnaíba, in Piauí. The sample consisted of 256 women aged between 18 and 67, selected by convenience. Data collection took place from March to July 2022, using an electronic form that included sociodemographic, gynecological, and obstetric information, as well as questions related to the level of physical activity (assessed by IPAQ), urinary complaints (through ICIQSF) and questionnaire on knowledge, attitudes and practices related to UI. Statistical analysis was performed using R software version 4.1.0. The chi-square or Fisher's exact test was used for categorical variables, and for numerical or ordinal variables, the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests were used. RESULTS: The results demonstrated that of 110 women participants, 43% had urinary incontinence, with mixed urinary incontinence (MUI), the most common type, observed in 39.09% of participants. Among the urinary complaints presented, 63.64% of women reported losing urine at least once a week or less, in small quantities (82.73%), and 27.27% reported a moderate impact on quality of life. Regarding assessment (CAP), the majority had adequate knowledge (51.88%) and attitudes (98.74%), while preventive practices (83.58%) and treatment (70.47%) were inadequate. Many women said they had heard about UI (93.3%), pointed out some risk factors (66.1%), ways to prevent (83.3%) and treat (98.3%) UI. Furthermore, most participants showed appropriate attitudes by stating they felt comfortable reporting their urinary complaints to a male health professional (77.4%). However, most of these women reported never having carried out preventive practices to avoid urine loss (61.2%) and having sought help to treat urinary incontinence (70.5%). As secondary outcomes, a statistically significant association was observed between the number of pregnancies (p = 0.0042), mode of delivery (p = 0.002), and daily training time (p = 0.011) with UI. When comparing urinary complaints according to the type of physical activity, an association was observed between running and frequency (p = 0.019); the amount of urine loss (p = 0.042) and impact on quality of life (p = 0.042). CONCLUSION: Despite adequate knowledge and attitudes among the participants, they did not report adequate preventive practices and treatment. Furthermore, women who run had a higher frequency of urinary complaints and a moderate impact on quality of life.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79118
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0009-0003-9876-8850
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/3840391178421829
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/9146236822602311
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:MPSMC - Dissertações defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2024_dis_jscoelho.pdf7,52 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.