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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78497
Tipo: | Tese |
Título: | Cuidado de bebê com cardiopatia congênita: estudo de caso sobre a interação e vínculos entre humanos e tecnologias |
Título em inglês: | Care of a baby with congenital heart disease: a case study on the interaction and bonds between humans and technologies |
Autor(es): | Gondim, Andressa Alencar |
Orientador: | Méllo, Ricardo Pimentel |
Palavras-chave em português: | Hospitalização;Relações pais-criança;Cadiopatias congênitas;Ciborgue |
Palavras-chave em inglês: | Hospitalization;Parent-baby bond;Heart Defects;Congenital;Cyborg |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
Data do documento: | 2024 |
Citação: | GONDIM, Andressa Alencar. Cuidado de bebê com cardiopatia congênita: estudo de caso sobre a interação e vínculos entre humanos e tecnologias. 2024. 118 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. |
Resumo: | O início da vida registra as primeiras experiências do sujeito no mundo, as quais irão causar impressões que estarão presentes durante a vida toda, interferindo em nossos modos de viver. É por meio do contato com o outro, mais especificamente a figura de quem cuida do bebê, que ocorre a estruturação do Eu, incluindo potencialidades e adoecimentos. A base da saúde e vida psíquica adulta, segundo Winnicott (1948), faz-se nos primeiros anos de cuidado ao bebê em ambiente favorável a que os processos complexos dessa formação de um “eu” do bebê se façam. As experiências precoces, portanto, tem importância crucial na estruturação do Self. Ao nos referirmos aos bebês com cardiopatia congênita complexa, a relação cuidadores de bebê/criança é atravessada por intervenções hospitalares constantemente, sendo frequente que isso ocorra desde o nascimento do bebê – quando o diagnóstico é realizado ainda nos primeiros cuidados com o recém-nascido – e se dá ao longo da vida, já que esse diagnóstico requer acompanhamento longitudinal. Assim, a manutenção da vida fica a cargo de equipamentos médicos, máquinas que garantem o funcionamento do corpo do bebê com cardiopatia congênita, não apenas dos cuidados realizados diretamente por humanos. A noção de ciborgue, trazida por Haraway (2017), faz pensar como homem e máquina tem se tornado interdependentes, o que se aplica aos bebês, cuja vida depende das máquinas hospitalares. Buscou-se com este trabalho, portanto, compreender como os vínculos entre humanos e não humanos (máquinas) se estabelecem na relação com bebê diagnosticado com cardiopatia congênita, utilizando-se do método Esther Bick de observação. Realizamos estudo de caso com bebê internada em UTI Pediátrica. Observou-se que os pais são responsáveis por criar envoltório de afeto que garanta o desenvolvimento do Eu do bebê, por meio de interpretações de expressões, como também dos sinais das máquinas, dando contornos à subjetividade. A tecnologia não substituiu completamente os humanos, pois não pode criar os contornos e laços afetivos necessários para o desenvolvimento subjetivo do bebê, mas ela se entrelaça no vínculo estabelecido com pais e profissionais, bem como foi ferramenta para o contato da paciente-bebê-criança com o mundo fora do hospital, por meio de redes sociais. |
Abstract: | The beginning of life records the subject’s first experiences in the world, which will leave perceptions that will be present for a lifetime, interfering with our ways of living. It is through contact with others, more specifically the figure of the caregiver, that the structuring of the Self occurs, including capabilities and illnesses. The foundation of psychic health and life of an adult, according to Winnicott (1948), in the first years of baby care in a positive environment is where the complex processes of forming a “self” for the baby happens. Therefore, early experiences are crucially important in the structuring of the Self. Referring to babies with complex congenital heart disease, the caregiver-baby/child relationship is constantly influenced by hospital interventions, often beginning at the baby’s birth - when the diagnosis is made during the firsts newborn care – and continues throughout life, as this diagnosis requires longitudinal monitoring. Thus, the maintenance of life relies on medical equipment, machines that ensure the functioning of the baby’s body with congenital heart disease, as well as on the care provided directly by humans. The perception of the cyborg, as introduced by Haraway (2017), makes us consider how humans and machines have become interdependent, which applies to babies whose lives depend on hospital machinery. Therefore, using the Esther Bick observation method, this work sought to understand how bonds between humans and non-humans (machines) are estabilished in the relationship with a baby diagnosed with congenital heart desease. A case study was conducted with a baby admitted to a Pediatric ICU. It was observed that parents are responsible for creating an embracing atmosphere of affection that ensures the baby’s Self development, through interpretations of the baby’s expressions, as well as signals from the machines, giving shape to their subjectivity. Technology has not completely replaced humans, as it cannot create the nuances and emotional bonds necessary for the baby’s subjective development, but it intertwines with the bond established with parents and professionals, as well as serving as a tool for the patientbaby- child to connect with the world outside the hospital, through social networks. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78497 |
Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/1465439748978584 |
Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/9026097374517495 |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | PPGP - Teses defendidas na UFC |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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