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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/77158
Tipo: | Tese |
Título: | Alegorias do autoritarismo: a personagem mutilada em Yaka e Quarup |
Autor(es): | Vidal, Francisco Elder Freitas |
Orientador: | Peloggio, Marcelo Almeida |
Palavras-chave em português: | Personagem;Alegoria;Violência;Mutilação |
Palavras-chave em inglês: | Character;Allegory;Violence;Mutilation |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Data do documento: | 2023 |
Citação: | VIDAL, Francisco Elder Freitas. Alegorias do autoritarismo: a personagem mutilada em Yaka e Quarup. Orientador: Marcelo Almeida Peloggio. 2023. 224 f. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. |
Resumo: | Seja no Brasil da ditadura militar de 64, seja na Angola sob jugo salazarista, a literatura sempre se impôs como zona de atravessamentos, de intersecções, de descobertas, de caminhos e de descaminhos capazes de revelar nuances potentes do existir e do criar. Foi seguindo essa trilha que nos deparamos com Quarup e Yaka, obras produzidas, respectivamente, por Antonio Callado e Pepetela, autores comprometidos com aspectos para além do documental, vinculados a uma compreensão de literatura como espaço de integração pleno entre forma e conteúdo. Por meio do recurso estético da alegoria, o que eles tornaram possível não foi o registro histórico, mas a captação de suas ruínas como forma de desamordaçamento daqueles que um dia tiveram suas falas silenciadas. Comprometidos com uma visão de alegoria assentada no pensamento de Walter Benjamin, os dois autores tornaram possível o diálogo entre presente e passado, ressuscitando visões até então inéditas sobre esses outros tempos marcados pela dor e repressão, tempos violentos onde o Estado autoritário se fazia impor pela força, rasgando, cortando e aniquilando os corpos, não mais se preocupando em desenvolver uma política em favor da vida, mas uma outra a serviço da morte, conhecida como necropolítica. Em meio a esses escombros, encontramos a categoria estrutural que é o leitmotiv de nossa tese, a da personagem mutilada. Através dela, mostraremos que a mutilação na literatura é algo que ultrapassa a barreira do físico, transbordando para outras searas da violência como as de ordem moral e psicológica. Será a partir da análise da personagem mutilada, sob esses três enfoques, que construiremos todo o nosso estudo, revelando quão diverso, dinâmico e intenso é o território da literatura de denúncia. Para cada subcategoria de mutilação, revelaremos facetas, para alguns até inéditas, do vasto arsenal de violências que mancharam as páginas tanto da literatura brasileira quanto da angolana. Como suporte bibliográfico, serão utilizados autores como Agamben (2004), Arendt (2013), Bakhtin (1998), Benjamin (2011), Bobbio (1998), Candido (2009), Chaves (2005), Carvalhal (2006), Compagnon (2010), Coutinho (1994), Dalcastagné (1996), Fanon (1979), Foucault (2014), Forster (1969), Freud (2018), Gagnebin (2013), Ginzburg (2001), Hansen (2006), Laranjeira (1995), Lúcia Helena (1985), Horkheimer (1980), Kant (2018), Kothe (1976), Leite (1982), Lúkacs (2011), Macêdo (2009), Mbembe (2016), Memmi (2007), Massaud Moisés (1999), Moore (2007) Nitrini (2010), Rosenfeld (2009), Secco (2008), Seligmann-Silva(2003), Wood (2012), dentre outros. |
Abstract: | Whether in Brazil under the military dictatorship in 1964 or in Angolaunder salazarist yoke, literature always imposed itself as a zone of crossings, intersections and discoveries of directions and misdirections able to reveal powerful nuances of existence and creation. That is how we came across Quarup and Yaka, works produced respectively by Antonio Callado and Pepetela, authors who were committed to aspects that went beyond documentary writing and linked to an understanding of literature as a space of full integration between form and content. By means of the aesthetic allegorical resource, they made possible not the historical record, but the perception of its ruins as an instrument of ungagging silenced voices. Committed to a view of allegory based on the thought of Walter Benjamin, both authors enabled the dialogue between present and past, resurrecting hitherto unprecedented visions of those times marked by pain and repression, violent times when the authoritarian state imposed itself by force, ripping, cutting and annihilating bodies, not caring about developing a pro-life policy, but rather one in the service of death, known as necropolitics. Amidst this rubble, we found the structural category that is the leitmotiv of our thesis, that of the mutilated character. Through it, we will show that mutilation in literature is something that goes beyond the physical aspect, spreading to other areas of violence such as those of a moral and psychological nature. Starting from mutilated character analysis, with these three approaches we will build all our study, showing how diverse, dynamic and intense the field of denunciation literature is. For each subcategory of mutilation we will reveal facets (some unprecedented) of the vast arsenal of violence that stained the pages of both Brazilian and Angolan literature. As bibliographic support we will base our research on authors such as Agamben (2004), Arendt (2013), Bakhtin (1998), Benjamin (2011), Bobbio (1998), Candido (2009), Chaves (2005), Carvalhal (2006), Compagnon (2010), Coutinho (1994), Dalcastagné (1996), Fanon (1979), Foucault (2014), Forster (1969), Freud (2018), Gagnebin (2013), Ginzburg (2001), Hansen (2006), Laranjeira (1995), Lúcia Helena (1985), Horkheimer (1980), Kant (2018), Kothe (1976), Leite (1982), Lúkacs (2011), Macêdo (2009), Mbembe (2016), Memmi (2007), Massaud Moisés (1999),Moore (2007), Nitrini (2010), Rosenfeld (2009), Secco (2008), Seligmann-Silva (2003), Wood (2012), among others. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/77158 |
Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/3686803911887198 |
Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/0264933610459240 |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | PPGLE - Teses defendidas na UFC |
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