Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76477
Tipo: Tese
Título: Estudo do potencial farmacoquímico de Kalanchoe brasiliensis Cambess.: dimalato de kalanchosina como fitofármaco antinocicptivo
Autor(es): Mayorga, Oscar Alejandro Santos
Orientador: Bandeira, Mary Anne Medeiros
Coorientador: Monteiro, Mirian Parente
Palavras-chave em português: Kalanchoe;Flavonoides;Cromatografia Líquida;Simulação de Acoplamento Molecular
Palavras-chave em inglês: Flavonoids;Molecular Docking Simulation;Chromatography, Liquid
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA::ANALISE E CONTROLE E MEDICAMENTOS
Data do documento: 2024
Citação: MAYORGA, Oscar Alejandro Santos. Estudo do potencial farmacoquímico de Kalanchoe brasiliensis Cambess.: dimalato de kalanchosina como fitofármaco antinocicptivo. 2024. 160 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 76477. Acesso em: 12 mar. 2024.
Resumo: Kalanchoe brasiliensis Cambess. (Crassulaceae) é uma planta nativa do Brasil, conhecida popularmente como "coirama branca", "saião", "folha da costa", entre outros. Recentemente, tem sido objeto de crescente interesse devido às suas propriedades anti-inflamatórias e antiúlcerosa. Entre as substâncias químicas com potencial farmacológico, destacam-se os flavonoides, especialmente os derivados da patuletina e o dimalato de kalanchosina (KMC), um dímero bis (ácido γ-hydroxi-β-amino). Neste contexto, o presente trabalho visa realizar o estudo farmacoquímico in vivo e in silico do extrato aquoso liofilizado das folhas de K brasiliensis (ELKB) e KMC, com ênfase na avaliação da atividade antinociceptiva, visando a obtenção de um fitofármaco. A metodologia empregada neste estudo foi dividida em quatro etapas. Na Etapa I, realizou-se a análise fitoquímica e cromatográfica do ELKB por Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada ao detector de massa (CLUE-EM). Na Etapa II, foram avaliadas as propriedades físico-químicas do KMC por meio de testes de teor de cinzas totais, solubilidade, análises termogravimétricas e espectrofotométricas. A identificação do KMC foi realizada utilizando espectrometria no Infravermelho (IR) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN). A Etapa III consistiu na investigação da atividade antinociceptiva orofacial in vivo e do mecanismo de ação em peixe-zebra adulto (D. rerio) tanto do ELKB quanto do KMC. Por fim, na Etapa IV, realizou-se um estudo in silico da atividade antinociceptiva, empregando o acoplamento molecular dos ligantes, como o composto majoritário do ELKB (patuletina 3-O- α-L-ramnopiranosil-7-O-α-L-ramnopiranosídeo - ELKB-P37R) e o KMC nos receptores TRPV1, NMDA e ASIC. Adicionalmente, foram calculados os valores de ADME dos ligantes, proporcionando uma compreensão abrangente de suas propriedades farmacocinéticas. O rendimento obtido neste estudo foi de 2,25% para ELKB e 1,5% para KMC. A análise química por CLUE-EM ratificou a presença de flavonoides derivados da patuletina no ELKB. A estrutura do KMC foi confirmada através dos resultados de IR e RMN. O KMC demonstrou solubilidade apenas em água destilada, com o processo facilitado pela adição de ácido clorídrico e pela remoção de cálcio presente no precipitado. Os resultados do teste nociceptivo mostraram que ELKB e KMC não interferiram no sistema locomotor dos peixes-zebra. Além disso, houve uma redução significativa no comportamento nociceptivo orofacial induzido por capsaicina, solução salina ácida e glutamato. Entretanto, não foi verificada atividade antinociceptiva quando o cinamaldeído, mentol e salina ácida foram administrados. O mecanismo de ação sugeriu que o ELKB e o KMC interagem com os receptores TRPV1 e NMDA. A análise de acoplamento molecular revelou uma série de interações entre as moléculas testadas e os receptores TRPV1, ASIC e NMDA. Em termos farmacocinéticos, a molécula KMC apresenta uma vantagem superior, embora a molécula ELKB-P73R revele maior afinidade com os receptores durante as interações in silico. Assim, de acordo com os resultados da pesquisa, é perceptível que tanto o ELKB quanto o KMC apresentaram atividade antinociceptiva ao impedir a ativação dos receptores TRPV1, ASIC e NMDA. Nesse sentido, concluiu-se que os compostos estudados se mostraram como possíveis candidatos para o desenvolvimento de fitofármacos, especialmente o KMC, contribuindo para a cadeia produtiva de novos medicamentos para o tratamento da dor.
Abstract: Kalanchoe brasiliensis Cambess. (Crassulaceae) is a plant native to Brazil, popularly known as "white coirama", "saião", "folha da costa", among others. Recently, it has been of increasing interest due to its anti-inflammatory and anti-ulcer properties. Among the chemical substances with pharmacological potential, the flavonoids stand out, especially those derived from patuletin, as well as kalanchosine dimalate (KMC), a bis-dimer (γ-hydroxy-β-amino acid). In this context, the present study aims to perform an in vivo and in silico pharmacochemical study of the freeze-dried aqueous leaves extract of K. brasiliensis (ELKB) and KMC, focusing on the evaluation of the antinociceptive activity, with the aim of obtaining a phytopharmaceutical. The methodology used in this study was divided into four phases. In phase I, the phytochemical and chromatographic analysis of ELKB was performed using Ultra Efficiency Liquid Chromatography coupled with Mass Detector (CLUE-EM). In Phase II, the physicochemical properties of KMC were evaluated by total ash content, solubility, thermogravimetric and spectrophotometric analysis tests. In Phase II, the physico-chemical properties of KMC were evaluated by total ash content, solubility, thermogravimetric and spectrophotometric analyzes. The identification of KMC was carried out using infrared spectrometry (IR) and nuclear magnetic resonance (NMR). In phase III, the orofacial antinociceptive activity and the mechanism of action of ELKB and KMC in adult zebrafish (D. rerio) were investigated in vivo. Finally, an in silico study of antinociceptive activity was conducted in phase IV using molecular coupling of ligands such as the main compound of ELKB (patuletin 3-O-α-L-rhamnopyranosyl-7-O-α-L -rhamnopyranoside - ELKB-P37R) and KMC to TRPV1, NMDA and ASIC receptors. In addition, the ADME values of the ligands were calculated to obtain a comprehensive understanding of their pharmacokinetic properties. The yield obtained was 2.25% for ELKB and 1.5% for KMC. Chemical analysis by CLUE-EM confirmed the presence of patuletin-derived flavonoids in ELKB. The structure of KMC was confirmed by IR and NMR results. KMC was soluble only in distilled water, the process being facilitated by the addition of hydrochloric acid and the removal of calcium from the precipitate. The results of the nociception test showed that ELKB and KMC did not affect the zebrafish's locomotor system. In addition, there was a significant reduction in orofacial nociceptive behavior elicited by capsaicin, acid saline and glutamate. However, no antinociceptive activity was observed when cinnamaldehyde, menthol and acid saline were administered. The mechanism of action suggests that ELKB and KMC interact with TRPV1 and NMDA receptors. Molecular coupling analysis revealed a number of interactions between the tested molecules and TRPV1, ASIC and NMDA receptors. From a pharmacokinetic point of view, the KMC molecule has an advantage, although the ELKB-P73R molecule has a higher affinity for the receptors in the in silico interactions. The research results show that both ELKB and KMC have an antinociceptive effect by preventing the activation of TRPV1, ASIC and NMDA receptors. In this sense, it was concluded that the compounds studied proved to be potential candidates for the development of phytopharmaceuticals, especially KMC, contributing to the production chain of new drugs for the treatment of pain.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76477
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0002-7721-5400
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/8420610371671882
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/6291887019034026
ORCID do Coorientador: https://orcid.org/0000-0002-8061-6838
Currículo Lattes do Coorientador: http://lattes.cnpq.br/6072951820735063
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
Aparece nas coleções:PGDITM - Teses defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2024_tese_oasmayorga.pdf
🔒  Disponível em  2026-03-01
4,5 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.