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Tipo: Tese
Título: Associação entre a presença do polimorfismo dos genes IL6 (-174 G/C) e TGFβ1 (-509 T/C), a carga parasitária e o prognóstico em indivíduos com Leishmaniose visceral
Título em inglês: Association between the presence of polymorphism for the IL-6 (-174 G/C) and TGFβ1 (-509 T/C) genes, parasite load and clinical prognosis in individuals with visceral leishmaniasis.
Autor(es): Campelo, Cássio Marinho
Orientador: Câmara, Lilia Maria Carneiro
Palavras-chave em português: Leishmaniose Visceral;Carga Parasitária;Polimorfismo Genético
Palavras-chave em inglês: Leishmaniasis, Visceral;Parasite Load;Genetic Polymorphism
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA::MICROBIOLOGIA MEDICA
Data do documento: 2022
Citação: CAMPELO, Cássio Marinho. Associação entre a presença do polimorfismo dos genes IL6 (-174 G/C) e TGFβ1 (-509 T/C), a carga parasitária e o prognóstico em indivíduos com Leishmaniose visceral. 2022. Tese (Doutorado em Microbiologia Médica) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/75586. Acesso em: 04 jan. 2022.
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose parasitária negligenciada de sérios impactos na saúde pública mundial. As interações parasito-hospedeiro têm papel fundamental na resposta imune do hospedeiro e desfecho da doença. O polimorfismo genético de produção de citocinas está implicado na resistência ou susceptibilidade na leishmaniose. O presente estudo teve por objetivo demonstrar a relação entre a carga parasitária com o polimorfismo genético dos genes promotores das citocinas IL-6 e TGF- β ao prognóstico clínico dos indivíduos com LV. Foram analisadas indivíduos com diagnóstico para LV atendidos no Hospital São José de doenças infecciosas, a partir de 18 anos, de ambos sexos, provenientes do Estado do Ceará. Amostras de sangue e medula foram analisadas a partir de técnicas de PCR RFLP e PCR-real time. Os resultados demonstraram que 74 indivíduos, na sua maioria de homens (86%) com mediana de idade de 41 anos, apresentando características clínicas e hematológica próprias da LV. A partir da avaliação por escores clínicos para o prognóstico da evolução da LV, foram classificados 33 indivíduos com pior prognóstico e 41 com melhor prognóstico. A coinfecção com HIV afetou 32 pacientes e destes 24 classificados com pior prognóstico, devido principalmente à baixa adesão ao tratamento, além de ocorrência de recidivas em 7 pacientes. A detecção da carga parasitária da L. infantum foi realizada pela técnica de qPCR, sendo positiva em 69 indivíduos e negativa em 5 indivíduos. A carga parasitária foi maior na medula do que sangue, com mediana de 4,70 x 104 Leishmanias/mL (P=0,0003) não apresentado diferenças estatísticas relacionadas ao melhor ou pior prognóstico da LV, à coinfecção com HIV e à presença de recidivas. Para o gene IL-6 (-174 G/C) foi observado a frequência dominante do alelo G (66%) e genótipo GG (51%), não diferindo nos grupos de pacientes com LV, coinfectados ou não com HIV, ou quanto ao prognóstico da doença. Indivíduos com genótipo CC possuem maior carga parasitária na medula com mediana de 12,51 x 104 Leishmanias/mL. Para o gene TGF-β1 (-509 C/T) foi observado a frequência de 56% do alelo C e de 49% do genótipo CT. Na distribuição dos genótipos conforme prognóstico da doença, foi observado a frequência de 56,4% do genótipo CT em indivíduos com melhor prognóstico e de 45,8% do genótipo CC em indivíduos com pior prognóstico. Contudo, não foi observado diferença estatística entre a carga parasitária e a distribuição dos genótipos nos grupos de pacientes, com e sem coinfecção com HIV, e o prognóstico da LV. A associação do genótipo CT ao genótipo TT, demonstrou diminuição do risco (OR 0,17) no desenvolvimento de formas graves da LV, sugerindo que a maior frequência do alelo T nos indivíduos com melhor prognóstico e não coinfectados com HIV seja fator protetivo na doença. O tropismo parasitário na medula desencadeia uma série de fenômenos imunológicos de origem multifatorial que podem ter repercussão no efeito da associação de genes, necessitando de melhor compreensão. Os resultados demonstraram que a presença do polimorfismo dos genes IL-6 (-174G/C) e TGF- β (-509 C/T), podem contribuir na carga parasitária e no prognóstico da LV.
Abstract: Visceral leishmaniasis is a neglected parasitic anthropozoonosis with serious impacts on public health worldwide. Parasite-host interactions can a vital role in the host's immune response and disease outcome. The polymorphism gene for cytokine production is implicated in resistance or susceptibility in leishmaniasis. The present study aims to demonstrate the relationship between parasite load and genetic polymorphism of cytokine promoter genes IL-6 and TGF- β to the clinical prognosis of individuals with VL. Individuals diagnosed for VL seen at the São José Hospital for infectious diseases, aged 18 years and older, of both sexes, from the State of Ceará, were analyzed. Blood and marrow samples were analyzed using PCR RFLP and PCR- real time techniques. The results showed that 74 individuals, mostly men (86%), with a median age of 41 years, presented clinical and hematological characteristics typical of VL. The evaluation by clinical scores demonstrates for the prognosis of VL evolution, 33 patients were classified with worse prognosis and 41 with better prognosis. Coinfection with HIV affected 32 patients and of these 24 were classified as having a worse prognosis, mainly due to the low adherence to treatment, in addition to the occurrence of relapses in 7 patients. The detection of the parasite load of L. infantum was performed by the qPCR technique, being positive in 69 individuals and negative in 5 individuals. The parasite load was higher in the marrow than in the blood, with a mean of 4.70 x 104 Leishmanias/mL. no statistical differences related to the better or worse prognosis of VL, coinfection with HIV, and the presence of relapses were not presented. For the IL-6 gene (-174 G/C), the dominant frequency of the G allele (66%) and GG genotype (51%) was observed, not differing in the groups of patients with VL, coinfected or not with HIV, or how much to the prognosis of the disease. Individuals with the CC genotype have a higher parasite load in the bone marrow, with a median of 12.51 x 104 Leishmanias/mL. For the TGF-β1 gene (-509 C/T) a frequency of 56% of the C allele and 49% of the CT genotype was observed. In the distribution of genotypes according to disease prognosis, a frequency of 56.4% of the CT genotype was observed in individuals with a better prognosis and 45.8% of the CC genotype in individuals with a worse prognosis. However, no statistical difference was observed between the parasite load and the distribution of genotypes in the groups of patients, with and without HIV co-infection, and the prognosis of VL. The association of the CT genotype with the TT genotype showed a reduced risk (OR 0.17) in the development of severe forms of VL, suggesting that the higher frequency of the T allele in individuals with better prognosis and not coinfected with HIV is a protective factor in the disease . Parasitic tropism in the bone marrow triggers a series of immunological phenomena of multifactorial origin that may have repercussions on the effect of gene association, requiring a better understanding. The results showed that the presence of the polymorphism of the IL-6 (-174G/C) and TGF-β (-509 C/T) genes can contribute to the parasite load and the prognosis of VL.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/75586
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0002-5342-7329
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/3131502214414111
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0001-6383-3024
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/7811839860470978
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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