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Tipo: Dissertação
Título: Resposta olfativa do polinizador apis mellifera a genótipos de meloeiro (cucumis melo) não atrativos à mosca-minadora (liriomyza sativae)
Título em inglês: Olfactory response of the pollinator apis mellifera to melon (cucumis melo) genotypes not attractive to the leaf miner fly (liriomyza sativae)
Autor(es): Farias, Lucas de Lima
Orientador: Freitas, Breno Magalhães
Coorientador: Pini, Nivia da Silva Dias
Palavras-chave em português: Apis mellifera;Compostos voláteis;Cucumis melo;Liriomyza sativae;Polinização;Respostas olfativas
Palavras-chave em inglês: Apis mellifera;Volatile compounds;Cucumis melo;Liriomyza sativae;Pollination;Olfactory responses
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA
Data do documento: 2023
Citação: FARIAS, Lucas de Lima. Resposta olfativa do polinizador apis mellifera a genótipos de meloeiro (cucumis melo) não atrativos à mosca-minadora (liriomyza sativae). 2023. 48 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: A abelha africanizada (Apis mellifera) é o principal polinizador do meloeiro (Cucumis melo L.) no Brasil, uma cultura agrícola de grande importância para o país. No entanto, a atratividade dessas abelhas para as flores do meloeiro difere em função de compostos orgânicos voláteis (COV’s) emitidos pelas plantas. A seleção de genótipos que emitem COV’s repelentes que atribuem resistência a pragas têm sido apontada como uma alternativa ao uso de agrotóxicos, mas pode afetar também a polinização da cultura ao repelir as abelhas polinizadoras. Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar e selecionar genótipos de meloeiro apontados como resistentes a praga da mosca-minadora (Liriomyza sativae spp.) por meio da emissão de COV’s repelentes, mas que não o sejam para as abelhas polinizadoras. O estudo foi feito por meio da identificação dos compostos orgânicos voláteis presentes nas flores masculinas e hermafroditas dos genótipos de melão CNPH 06-1047-343, CNPH 11–1071-43 e CNPH 06-1047-341, com características de resistência à praga, tomando como base os híbridos comerciais não repelentes Goldex e Imperial 45. Além disso, avaliou-se a resposta olfativa de A. mellifera aos voláteis constituintes dos melões estudados com a utilização de olfatômetro em “Y”. Oito compostos voláteis foram identificados nas flores dos melões, sendo quatro desses em comum com ambos os gêneros de flor. Em ambos os gêneros das flores, α-Pineno e Limoneno foram os compostos mais frequentes, porém apenas houve diferença significativa (p<0,05) entre os genótipos em relação a intensidade desses compostos dominantes nas flores masculinas, em que o genótipo CNPH 06-1047-341 se destacou por se diferenciar de todos os outros melões apresentando a maior intensidade de Limoneno, além de ter apresentado uma das maiores intensidades de α-Pineno, nesse caso não diferindo de Goldex nem de CNPH 06-1047-343. Não houve diferença significativa (p>0,05) na frequência de entrada de A. mellifera nos braços do olfatômetro entre os híbridos e genótipos de melão e o controle, ou entre os híbridos e genótipos de melão. No tempo de permanência, as abelhas foram mais atraídas pelo controle do que pelos voláteis dos melões, e entre os melões, os genótipos não diferiram do híbrido Goldex nem do híbrido Imperial 45, com exceção de CNPH 06-1047-341, que foi menos atrativo que o Imperial 45. Os resultados sugerem que, devido à intensa presença de α-Pineno e Limoneno em uma possível alta concentração, bem como à ausência de uma maior variedade de compostos atrativos em sua composição volátil, o genótipo CNPH 06-1047-341, além de repelir L. sativae spp., não se mostra atrativo para o polinizador. Não obstante, os genótipos CNPH 06-1047-343 e CNPH 11–1071-43, por não diferirem dos híbridos comerciais em relação a atratividade de A. mellifera são materiais que podem ser utilizados pois, apesar de repelirem a praga, aparentemente ainda são atrativos para o polinizador. Esses resultados devem ser considerados em programas de melhoramento genético e produção de variedades comerciais.
Abstract: The Africanized honeybee (Apis mellifera) is the main pollinator of melon (Cucumis melo L.) in Brazil, an agricultural crop of great importance for the country. However, the attractiveness of these bees to melon flowers differs depending on the volatile organic compounds (VOCs) emitted by the plants. The selection of genotypes that emit repellent VOCs that attribute resistance to pests has been suggested as an alternative to the use of pesticides but can also affect crop pollination by repelling pollinating bees. Therefore, this work aimed to investigate and select melon genotypes identified as resistant to the leaf miner fly (Liriomyza sativae spp.), but not to their pollinator. The study was carried out by identifying the volatile organic compounds present in the male and hermaphrodite flowers of the melon genotypes CNPH 06-1047-343, CNPH 11–1071-43 and CNPH 06-1047-341, with characteristics of resistance to the pest, based on the non-repellent commercial hybrids Goldex and Imperial 45. In addition, the olfactory response of A. mellifera to the volatile constituents of the studied melons was evaluated using a “Y” olfactometer. Eight volatile compounds were identified in melon flowers, four of which are common to both flower genera. In both flower genera, α-Pinene and Limonene were the most frequent compounds, but there was only a significant difference (p<0.05) between the genotypes in relation to the intensity of these dominant compounds in male flowers. The genotype CNPH 06-1047-341 stood out for being different from all other melons, presenting the highest intensity of Limonene, in addition to having one of the highest intensities of α-Pinene, in this case not differing from Goldex or CNPH 06-1047-343. There was no significant difference (p>0.05) in the frequency of entry of A. mellifera into the olfactometer arms between hybrids and melon genotypes and the control, or between hybrids and melon genotypes. In the permanence time experiments, the bees were more attracted by the control than by the volatiles of the melons, and among the melons, the genotypes did not differ from the hybrid Goldex or the hybrid Imperial 45, except for CNPH 06-1047-341, which was less attractive than Imperial 45. The results suggest that due to the intense presence of α-Pinene and Limonene in a possible high concentration, as well as the absence of a greater variety of attractive compounds in its volatile composition, the genotype CNPH 06-1047-341, in addition to repelling L. sativae spp., is not attractive to the pollinator. Nevertheless, the CNPH 06-1047-343 and CNPH 11–1071-43 genotypes, as they do not differ from commercial hybrids in terms of attractiveness to A. mellifera, are materials that can be used because despite repelling the pest, they are apparently still attractive to the pollinator. These results should be considered in genetic improvement programs and production of commercial varieties.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/74916
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/0660144934024667
ORCID do Orientador: 0000-0002-9932-2207
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/0198518668202406
Currículo Lattes do Coorientador: http://lattes.cnpq.br/4175455631497728
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGZO - Dissertações defendidas na UFC

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