Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/74558
Tipo: Tese
Título: Análise espaço-temporal do rastreio e lesões precursoras do câncer do colo do útero no Brasil
Autor(es): Gomes, Maria Luziene de Sousa
Orientador: Oriá, Mônica Oliveira Batista
Palavras-chave em português: Programas de Rastreamento;Neoplasias do Colo do Útero;Análise Espaço-Temporal;Epidemiologia;Promoção da Saúde
Palavras-chave em inglês: Mass Screening;Uterine Cervical Neoplasms;Spatio-Temporal Analysis;Epidemiology;Health Promotion
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Data do documento: 2023
Citação: GOMES, Maria Luziene de Sousa. Análise espaço-temporal do rastreio e lesões precursoras do câncer do colo do útero no Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/74558. Acesso em: 03 out. 2023.
Resumo: Introdução: O câncer do colo do útero (CCU) continua sendo um grave problema de saúde pública, sendo classificado como uma das principais causas de mortalidade em mulheres no mundo. Objetivo: Analisar a distribuição espaço-temporal do rastreio e lesões precursoras do CCU no Brasil e sua relação com indicadores sociais (analfabetismo, índice de Gini, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM, Índice de Vulnerabilidade Social - IVS) e de saúde (cobertura Estratégia de Saúde da Família - ESF). Método: Trata-se de um estudo ecológico. A população foi composta por mulheres de 25 a 64 anos registradas no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) no período de 2013 a 2022. Os desfechos foram rastreio e lesões. Para análise espacial foi criado o mapa temático de ambos os desfechos nos municípios brasileiros. A existência de autocorrelação espacial foi verificada pelos índices de Moran Global e Local. Estatísticas espaciais de varredura também foram usadas. Para analisar a relação entre os desfechos e os indicadores sociais e de saúde realizou-se regressão linear múltipla (OLS). Após, recorreu-se regressão geograficamente ponderada (GWR), optando pelo modelo que apresentasse melhor ajuste por meio do coeficiente de R² ajustado e do critério de informação de Akaike (AIC). Para a análise do padrão temporal utilizou-se o método de regressão Joinpoint. Os softwares utilizados foram: GeoDa 1.14, SaTScan 9.7, GWR 4 e QGIS 3.16. Em todos os testes estatísticos foi fixado nível de significância em 5% (p<0,05). Resultados: Foram identificados 41.898.977 exames e 1.139.745 lesões com predominância de faixa etária 35-39 anos e lesão de baixo grau. A autocorrelação espacial identificou menores proporções de rastreio nos estados Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Piauí, Rio de Janeiro, Distrito Federal (clusters baixo-baixo); já o aumento do rastreio estava em parte de Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (clusters alto-alto). Em alguns estados o aumento da cobertura da ESF e o IDHM mostrou relação positiva com o aumento do rastreio. Quanto as lesões, a autocorrelação espacial para taxa alta de lesão foi identificada nos estados Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (clusters alto-alto). O índice Gini e o aumento do IDHM mostraram relação positiva com o aumento da lesão. No padrão temporal, houve aumento gradual da proporção de rastreio ao longo dos anos, em 2014 cerca de 5,4% das mulheres eram investigadas e em 2022 observou-se cerca de 10,5% de exames nessa população. A análise Joinpoint confirmou o crescimento dessa tendência, porém de forma não significante (APC=5,2; IC95%: -2,8 – 13,8; p=0,179). Já em relação ao percentual de lesões, identificou-se padrão estacionário deste evento, em 2013 a proporção de lesões foi de 2,8% assim como em 2022 (APC=0,9; IC95%: - 7,1 – 9,6; p=0,812). Conclusão: a compreensão do padrão espaço-temporal do rastreio e lesões, assim como sua relação com indicadores sociais e de saúde permite a orientação de políticas públicas, além de melhorar o direcionamento de intervenções e recursos.
Abstract: Introduction: Cervical cancer (CC) continues to be a serious public health problem, being classified as one of the main causes of mortality in women worldwide. Objective: To analyze the spatio-temporal distribution of screening and precursor lesions of CC in Brazil and its relationship with social indicators (illiteracy, Gini index, Municipal Human Development Index - MHDI, Social Vulnerability Index - SVI) and health (coverage Family Health Strategy - FHS). Method: This is an ecological study. The population was made up of women aged 25 to 64 registered in the Cancer Information System (SISCAN) from 2013 to 2022. The outcomes were screening and lesions. For spatial analysis, a thematic map of both outcomes was created in Brazilian municipalities. The existence of spatial autocorrelation was verified by the Global and Local Moran indices. Spatial scan statistics were also used. To analyze the relationship between outcomes and social and health indicators, multiple linear regression (OLS) was performed. Afterwards, geographically weighted regression (GWR) was used, opting for the model that presented the best fit using the adjusted R² coefficient and the Akaike information criterion (AIC). To analyze the temporal pattern, the Joinpoint regression method was used. The software used was: GeoDa 1.14, SaTScan 9.7, GWR 4 and QGIS 3.16. In all statistical tests, the significance level was set at 5% (p<0.05). Results: 41.898.977 exams and 1.139.745 lesion were identified, with a predominance of the 35-39 age group and low-grade lesion. Spatial autocorrelation identified lower proportions of screening in the states of Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Piauí, Rio de Janeiro, Distrito Federal (low-low clusters); the increase in screening was in part of Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina and Rio Grande do Sul (high-high clusters). In some states, increased FHS coverage and MHDI showed a positive relationship with increased screening. Regarding lesion, spatial autocorrelation for a high lesion rate was identified in the states of Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso and Mato Grosso do Sul (high-high clusters). The Gini index and the increase in the MHDI showed a positive relationship with the increase in lesion. In the temporal pattern, there was a gradual increase in the proportion of screening over the years, in 2014 around 5.4% of women were investigated and in 2022 around 10.5% of tests were observed in this population. The Joinpoint analysis confirmed the growth of this trend, although not significantly (APC=5.2; 95% CI: -2.8 – 13.8; p=0.179). Regarding the percentage of lesions, a stationary pattern of this event was identified, in 2013 the proportion of lesions was 2.8% as well as in 2022 (APC=0.9; 95% CI: -7.1 – 9.6; p=0.812). Conclusion: understanding the spatio-temporal pattern of screening and lesions, as well as its relationship with social and health indicators allows the guidance of public policies, in addition to improving the targeting of interventions and resources.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/74558
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0001-8583-0959
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/7600713173912829
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0002-1483-6656
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/5593804766584817
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
Aparece nas coleções:DENF - Teses defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2023_tese_mlsgomes.pdf
🔒  Disponível em  2025-10-03
3,28 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.