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Tipo: TCC
Título: Relação entre as habilidades de inteligência emocional e a resposta a comportamentos destrutivos por profissionais de saúde de hospital público
Autor(es): Aragão, Amanda Guilhermino
Orientador: Oliveira, Roberta Meneses
Palavras-chave: Inteligência Emocional;Atitude do Pessoal de Saúde;Incivilidade;Condições de Trabalho;Enfermagem
Data do documento: 2023
Citação: ARAGÃO, Amanda Guilhermino.Relação entre as habilidades de inteligência emocional e a resposta a comportamentos destrutivos por profissionais de saúde de hospital público. 2023. 61 f. Monografia (Graduação em Enfermagem) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/74015. Acesso em: 21 ago. 2023.
Resumo: Entende-se por comportamento destrutivo ou antiprofissional um conjunto de condutas desrespeitosas, intimidantes e hostis adotadas por trabalhadores de saúde no ambiente de sua prática, repercutindo em aumento dos níveis de estresse, frustração, perda de foco, pobreza na comunicação e danos diretos à segurança do paciente. Tais condutas são comumente observadas em serviços de saúde e merecem ser investigadas sob o prisma das habilidades intrapessoais, incluindo a Inteligência Emocional. Objetivou-se verificar a relação entre as habilidades de inteligência emocional e a resposta a comportamentos destrutivos por profissionais de saúde de um hospital público. Trata-se de estudo transversal realizado em hospital de ensino, referência em cardiologia e pneumologia no Ceará, entre fevereiro e maio de 2023, com profissionais da equipe multiprofissional das unidades de internação adulta e pediátrica, terapia intensiva e emergência. Aplicou-se instrumento sociodemográfico/ ocupacional, o teste de autorrelato de inteligência emocional Self Report Emotional Intelligence Test (SSEIT) – Versão brasileira e o questionário Disruptive Clinician Behavior Survey (JH-DCBS) – Versão Brasileira. Os dados foram analisados no programa SPSS 23.0., submetidos à estatística descritiva e inferencial. Na análise bivariada, utilizaram-se os testes não paramétricos U de Mann Whitney e Kruskal Wallis. Para a análise de correlação entre os domínios do SSEIT e as subescalas do JHDCBS, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (parecer no 5.466.795, CAAE: 59296022.2.0000.5039). Participaram do estudo 101 profissionais de saúde, sendo 71,3% da equipe de enfermagem, a maioria feminina, com média de idade de 39 anos (σ =10,87), atuantes em diferentes áreas do hospital, com maior representatividade dos setores de internação clínica ou cirúrgica, carga horária de 40 horas semanais e 12 horas diárias, vínculo de trabalho cooperado e experientes na área de atuação. O escore total do SSEIT (131,54) indicou alto nível de inteligência emocional, com maiores médias nos domínios “Percepção das Emoções” (38,19) e “Manejo das Próprias Emoções” (38,19). Com relação ao JH-DCBS, os tipos de comportamento mais frequentemente observados pelos participantes foram conflitos, comportamento passivo-agressivo e linguagem autoritária/humilhação/jogo de poder; os perpetradores são profissionais de diferentes categorias, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Sobre as respostas ao comportamento antiprofissional, obtiveram-se respostas positivas, como buscar apoio do gerente/supervisor para abordar a pessoa antiprofissional, tentar esclarecer a razão de um comportamento antiprofissional e relatar o comportamento antiprofissional por meio do sistema de comunicação/notificação do hospital. Nas análises de comparação das distribuições dos níveis de inteligência emocional e dos itens relativos ao domínio das respostas ao comportamento antiprofissional, não foram encontradas diferenças com significância estatística. No entanto, observou-se que o aumento do nível de inteligência emocional influencia positivamente a resposta ao comportamento antiprofissional. Sugere-se novos estudos que favoreçam a elucidação do impacto da inteligência emocional no enfrentamento de comportamentos antiprofissionais, bem como intervenções educativas para desenvolvimento de habilidades emocionais entre trabalhadores de saúde.
Abstract: Disruptive or unprofessional behavior is understood as a set of disrespectful, intimidating and hostile behaviors adopted by health workers in their practice environment, resulting in increased levels of stress, frustration, loss of focus, poor communication and direct damage to safety of the patient. Such behaviors are commonly observed in health services and deserve to be investigated from the perspective of intrapersonal skills, including Emotional Intelligence. The objective was to verify the relationship between emotional intelligence skills and the response to destructive behavior by health professionals in a public hospital. This is a cross-sectional study carried out in a teaching hospital, a reference in cardiology and pneumology in Ceará, between February and May 2023, with professionals from the multidisciplinary team of the adult and pediatric hospitalization units, intensive care and emergency. A sociodemographic/occupational instrument, the Self Report Emotional Intelligence Test (SSEIT) – Brazilian version and the Disruptive Clinician Behavior Survey (JH-DCBS) – Brazilian version were applied. Data were analyzed using the SPSS 23.0 program, submitted to descriptive and inferential statistics. In the bivariate analysis, the nonparametric Mann Whitney and Kruskal Wallis U tests were used. For the correlation analysis between the SSEIT domains and the JHDCBS subscales, Spearman's correlation coefficient was used. The project was approved by the Research Ethics Committee of the institution (Opinion no 5.466.795, CAAE: 59296022.2.0000.5039). A total of 101 health professionals participated in the study, 71.3% of the nursing team, the majority female, with a mean age of 39 years (σ = 10.87), working in different areas of the hospital, with greater representation of the health sectors. clinical or surgical hospitalization, workload of 40 hours a week and 12 hours a day, cooperative work and experience in the area. The total SSEIT score (131.54) indicated a high level of emotional intelligence, with higher averages in the domains “Perception of Emotions” (38.19) and “Management of Own Emotions” (38.19). Regarding the JH-DCBS, the types of behavior most frequently observed by the participants were conflicts, passive-aggressive behavior and authoritarian language/humiliation/power play; the perpetrators are professionals from different categories, nurses and nursing technicians. Regarding the responses to unprofessional behavior, positive responses were obtained, such as seeking support from the manager/supervisor to approach the unprofessional person, trying to clarify the reason for an unprofessional behavior and reporting the unprofessional behavior through the hospital's communication/notification system. In the comparison analyzes of the distributions of emotional intelligence levels and of items related to the domain of responses to unprofessional behavior, no statistically significant differences were found. However, it was observed that the increase in the level of emotional intelligence positively influences the response to unprofessional behavior. New studies are suggested that favor the elucidation of the impact of emotional intelligence in coping with unprofessional behaviors, as well as educational interventions for the development of emotional skills among health workers.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/74015
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