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Tipo: Dissertação
Título: Diversidade e padrões de susceptilidade a antimicrobianos em bactérias isoladas de ostras (Crassostrea rhizophorae) e do ambiente aquático
Autor(es): Peixoto, Jackson Rafael Oliveira
Coorientador: Sousa, Oscarina Viana de
Palavras-chave: Biogeografia - América do Sul;Diversidade biológica - América do Sul;Bactérias heterotrófica
Data do documento: 2012
Citação: PEIXOTO, Jackson Rafael Oliveira. Diversidade e padrões de susceptilidade a antimicrobianos em bactérias isoladas de ostras (Crassostrea rhizophorae) e do ambiente aquático. 2012. 163 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Instituto de Ciências do Mar, Fortaleza, 2012.
Resumo: Objetivou-se comparar a microbiota bacteriana presente no tecido mole (TM) e líquido intervalvar (LI) de ostras (Crassostrea rhizophorae) e das águas do entorno de uma estrutura de cultivo e de um banco natural estabelecendo os perfis de resistência a antimicrobianos entre os isolados bacterianos. O material foi coletado no estuário do rio Jaguaribe, Fortim-CE, de outubro de 2010 a março de 2011. A temperatura, salinidade e pH das amostras de água variaram de 27 a 34 ºC, 38 a 42, 8,13 a 8,42, respectivamente. Os tamanhos das conchas, peso do TM, volume do LI, pH do TM e LI variaram de 36,15 a 60,66 mm, 1,24 a 3,30 g, 0,65 a 3,26 mL, 6,11 a 6,64 e de 6,83 a 7,16, respetivamente. Nas contagens das BHC (bactérias heterotróficas cultiváveis) na água, LI e TM das ostras cultivadas (OC) e das ostras selvagens (OS), foram obtidos valores médios em unidades formadoras de colônias (UFC) de 32 x 103 UFC/mL, 57 x 103 UFC/mL, 31,5 x 104 UFC/g, 17 x 103 UFC/mL, 31 x 103 UFC/mL e 58,7 x 103 UFC/g, respectivamente. Nas contagens de Vibrio spp. na água, LI e TM das OC e das OS, os valores médios foram de 33,7 UFC/mL, 113 UFC/mL, 40,5 x 103 UFC/g, 32,7 UFC/mL, 28,3 UFC/mL e 236 UFC/g, respectivamente. Dentre os parâmetros ambientais, apenas a salinidade apresentou influência (r > 0,9 e P = 0,02) sobre as contagens das BHC presentes nos LI das OC coletadas durante a estação chuvosa. Para a população cultivável de víbrios, nenhuma correlação foi estabelecida com os parâmetros ambientais. Das 118 culturas de BHC isoladas, 101 cepas foram identificadas e se distribuíram em 14 gêneros, sendo Aeromonas, Vibrio e Bacillus, os mais frequentes. Das 68 cepas de víbrios identificadas, a maior incidência foi de V. ruber (25,0%) e V. coralliilyticus (16,2%). Ampicilina (AMP), cefepima, cefotaxima, foram os antimicrobianos aos quais os isolados apresentaram os maiores percentuais de resistência (acima de 60%). Cloranfenicol (CLO) foi a única droga que teve 100% de resistência relacionada a plasmidio entre as cepas de BHC, e para os víbrios foram: cloranfenicol, florfenicol e gentamicina. A concentração inibitória mínima variou de 32 a >128 mcg/mL para a Penicilina G nas BHC Gram-positivas, 16 a >128 mcg/mL de ampicilina nas BHC Gram-negativas, e de 16 a 128 mcg/mL de ampicilina para Vibrio spp. Os resultados indicaram a presença de cepas multirresistentes a antimicrobianos e uma significativa participação de elementos móveis nesses perfis. Além dos conhecidos riscos microbiológicos relacionados a ingestão de moluscos in natura, as ostras também podem desempenhar um importante papel como sítio de disseminação de resistência a vários antimicrobianos tanto de uso na clínica médica humana como veterinária.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73686
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