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Tipo: TCC
Título: Plasticidade fenotípica de Calotropis procera (Aiton) W.T.Aiton (Gentianales: Apocynaceae) como resposta a estresse e competição
Título em inglês: Phenotypic plasticity of Calotropis procera (Aiton) W.T.Aiton (Gentianales: Apocynaceae) as a response to stress and competition
Autor(es): Silva, Mateus de Oliveira
Orientador: Costa, Rafael Carvalho da
Palavras-chave: Espécies invasoras;Plasticidade fenotípica;Calotropis procera;Estresse nutricional;Estresse do vento;Competição
Data do documento: 2023
Citação: SILVA, Mateus de Oliveira. Plasticidade fenotípica de Calotropis procera (Aiton) W.T.Aiton (Gentianales: Apocynaceae) como resposta a estresse e competição. 2023. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: A plasticidade fenotípica de espécies invasoras é apontada como fator que contribui para o sucesso de invasão em diferentes habitats sob condições favoráveis ou não. A plasticidade da arquitetura e de traços foliares em resposta à condições de estresse, sobretudo da altura, número de folhas, tamanho foliar e massa seca; é característica tida como importante para explicar, em parte, o porquê dessas espécies obterem sucesso, pois são características que podem lhes conferir vantagens competitivas sobre as espécies nativas. Dessa forma, o estudo buscou compreender como uma espécie exótica presente no estado do Ceará responde aos estresses nutricionais, de vento e à competição em duas feições de relevo com condições edáficas, anemônicas e competitivas distintas. Partimos da hipótese de que plantas sob estresse do vento e nutricional teriam menor altura, folhas menores, mais resistentes e menos numerosas, e teriam menor proporção de caules vivos em comparação com as que estivessem sob menos estresse, porém, sob maior competição. Foram realizadas coletas de dados alométricos (altura, diâmetro e número de folhas) e de folhas em populações ou núcleos de invasões distintos para posterior análise laboratorial de traços foliares (área foliar, área foliar específica e conteúdo de matéria seca foliar) e estatística. Os resultados corroboraram o esperado para parte dos traços foliares, mas demonstraram pouco investimento bruto das plantas sob estresse nutricional e do vento, o que sugere uma limitação nutricional para investir em folhas mais robustas. Os dados de altura em função do diâmetro também foram de acordo com o esperado, mas a proporção de número de caules vivos foi inversa à hipótese, o que pode ser explicado por maior investimento em crescimento rápido para lidar com a competição em detrimento de robustez dos ramos. Por fim, o número de folhas foi menor em áreas mais competitivas, mas isso pode ser explicado, em parte, pela redução de carga nos ramos mais longos e frágeis e pelas folhas maiores que compensariam a redução fotossintética. Portanto, os fatores de estresse e competição causaram respostas plásticas em parâmetros alométricos e em traços foliares, e isso pode estar relacionado ao seu sucesso em invadir diferentes habitats. Contudo, estudos complementares avaliando o fitness associado à plasticidade observada são necessários para ter mais segurança nesta afirmação.
Abstract: The phenotypic plasticity of invasive species is considered as a contributing factor to their successful invasion in different habitats, whether under favorable or unfavorable conditions. The plasticity of architecture and leaf traits in response to stress conditions, especially regarding height, number of leaves, leaf size, and dry mass, is an important characteristic that can partly explain why these species achieve success, as these traits can confer competitive advantages over native species. Thus, this study aimed to understand how an exotic species present in the state of Ceará responds to nutritional and wind stress, as well as competition, in two different relief features with presumed distinct soil, wind, and competitive conditions. We hypothesized that plants under wind and nutritional stress would have shorter height, smaller and more resistant leaves, a smaller number of leaves, and a lower proportion of live stems compared to those under less stress but more competition. Allometric (height, diamter and number of leaves) and leaves were collected from populations or invasion cores for subsequent laboratory analysis of leaf traits (leaf area, specific leaf area and leaf dry matter content) and statistical analysis. The results confirmed the expected patterns for some leaf traits but showed little overall investment by plants under nutritional and wind stress, suggesting a nutritional limitation for investing in more robust leaves. The relationship between height and diameter was consistent with expectations, but the proportion of live stem numbers was contrary to the hypothesis, which can be explained by a greater investment in rapid growth to cope with competition at the expense of branch robustness. Finally, the number of leaves was lower in more competitive areas, but this can be partly explained by the reduced load on longer and fragile branches and larger leaves compensating for reduced photosynthesis. Therefore, the stress and competition factors caused plastic responses in allometric parameters and leaf traits, which may be related to their success in invading different habitats. However, additional studies evaluating fitness associated with observed plasticity are necessary to provide more certainty to this assertion.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73607
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