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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação clínica, funcional e morfológica dos pacientes submetidos à esfincterotomia lateral interna por fissura anal crônica
Título em inglês: Clinical, functional and morphological evaluation of womens who underwent lateral internal sphincterotomy for chronic anal fissure
Autor(es): Fernandes, Graziela Olívia da Silva
Orientador: Regadas , Sthela Maria Murad
Palavras-chave: Fissura Anal;Manometria;Ultrassonografia
Data do documento: 2012
Citação: FERNANDES, Graziela Olívia da Silva. Avaliação clínica, funcional e morfológica dos pacientes submetidos à esfincterotomia lateral interna por fissura anal crônica. 2012. 68 f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012.
Resumo: A fissura anal é uma das principais afecções encontradas nos consultórios dos coloproctologistas. O tratamento ideal para fissura anal crônica permanece incerto, mas, a esfincterotomia lateral interna continua sendo o tratamento mais efetivo disponível. O objetivo deste trabalho foi avaliar a anatomia e a função anorretal dos pacientes submetidos à esfincterotomia lateral interna devido à fissura anal crônica. Além disso, determinar a correlação dos sintomas de incontinência fecal com os achados anatômicos utilizando ultrasonografia anorretal tridimensional e estabelecer o percentual do esfíncter anal interno (EAI) que pode ser seccionado durante a realização de uma esfincterotomia. Foram avaliadas, prospectivamente, 31 mulheres com média de idade de 40 anos com fissura anal crônica tratadas com esfincterotomia lateral interna. Foi utilizado o escore de incontinência de Wexner, a manometria anorretal e a ultassonografia anorretal tridimensional (US3D). Foram incluídas ainda, 26 mulheres saudáveis como grupo controle com média de idade de 38 anos. Quatro meses após a cirurgia, foram medidas as pressões anais, os comprimentos dos músculos do canal anal, sendo os grupos comparados. O comprimento longitudinal e a porcentagem do esfíncter anal interno seccionado em relação ao total do esfíncter interno contra lateral foram correlacionados com o escore de incontinência. Na análise estatística, aplicou-se o teste t Student, one-way ANOVA, o teste qui quadrado, o teste de correlação de Spearman e o coeficiente de correlação intraclasse(ICC). O p<0.05 foi o valor utilizado para significância estatística. No grupo da esfincterotomia, 11 eram nulíparas, 11 possuíam pelo menos um parto vaginal e 9 foram submetidas a cesariana. A distribuição da paridade e tipo de parto entre os grupos foram similares. O escore de incontinência foi semelhante quando comparado as pacientes quanto a paridade e ao tipo de parto. Não houve correlação entre a idade e o escore de incontinência fecal. As pressões anais de repouso reduziram significativamente no pós-operatório. Não houve diferença entre as pressões voluntárias máximas no pré- e pós-operatório. Não houve diferença estatisticamente significante no comprimento dos esfíncteres íntegros e do GAP quando comparadas as pacientes submetidas a esfincterotomia com pacientes voluntárias. Houve uma correlação positiva significante entre o comprimento de músculo seccionado e o escore de incontinência fecal. Dezoito pacientes incluídas no estudo tiveram menos de 25% do esfíncter anal interno seccionado, sendo a média do comprimento da lesão 0,54cm. Treze pacientes tiveram 25% ou mais do esfíncter anal interno seccionado e a média do tamanho do esfíncter seccionado de 1,00cm. O escore de incontinência foi significantemente menor nos pacientes que apresentaram menos de 25% do esfíncter anal interno seccionado. Não houve correlação entre o ângulo de lesão e o escore de incontinência. O coeficiente de correlação intra classe variou de 0,714-0,989 para as medidas ultrassonográficas realizadas por dois examinadores. Conclui-se que houve uma correlação entre o tamanho do esfíncter anal interno seccionado e o escore de incontinência anal e que a secção do EAI deve ser limitada a menos de 25% do comprimento total do músculo.
Abstract: The anal fissure is one of the main diseases found in the offices of colorectal surgeons. The ideal treatment for chronic anal fissure remains uncertain, but, until now, the lateral internal sphincterotomy is still the most effective treatment available. The aim of this study was to evaluate the anatomy and anorectal function of patients undergoing lateral internal sphincterotomy for chronic anal fissure. Also, determine the correlation between fecal incontinence symptoms and the anatomic findings using three-dimensional anorectal ultrasonography to establish the percentage of the internal anal sphincter that could be safely divided during lateral sphincterotomy. In a prospective study, 31 females, mean age 40years, with chronic anal fissure treated with lateral internal sphincterotomy were evaluated using Wexner’s incontinence score, anal manometry and 3D anorectal ultrasonography. It was also included 26 healthy females control, mean age 38years. Anal canal pressures and the muscles length were measured 4 months after surgery and compared between both groups. The longitudinal length and percentage of internal anal sphincter divided in relation to total contralateral sphincter length were assessed and correlated with incontinence score. Student t test, one-way ANOVA, chi square test, Spearman correlation and the intraclass correlation coefficient (ICC) were used. The p <0.05 was the value used for statistical significance. The sphincterotomy group included 11 nulliparous, 11 vaginal delivery and 9 cesarian cessation. The figures for control group were similar. The incontinence score was similar when compared the parity and mode of delivery of the patients. There was no correlation between age and scores of fecal incontinence. The anal resting pressure decreased significantly after surgery. There was no difference between the maximal voluntary pressure in pre-and postoperatively. There was no statistically significant difference in the length of the anterior external anal sphincter, external anal sphincter- puborectalis complex and GAP when compared the patients undergoing sphincterotomy with voluntary patients. There was a statistically significant positive correlation between the length of muscle divided and the score of fecal incontinence. Eighteen patients had less than 25% of the internal anal sphincter divided and the average size of 0,54cm divided sphincter.Thirteen patients had 25% or more of the internal anal sphincter divided and the average size of 1.00 cm divided sphincter. The incontinence score was significantly lower in patients with less than 25% of the internal anal sphincter divided. There was no correlation between the angle of injury and incontinence score. The intra-class correlation coefficient ranged from 0.714 to 0.989 for the ultrasound measurements performed by two examiners. It is concluded that there was a correlation between the size of the internal anal sphincter divided and anal incontinence score and the division of the IAS must be limited to less than 25% of the total length of the muscle.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7328
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