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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/72091
Tipo: | TCC |
Título: | Fatores maternos e fetais associados à indução do parto com misoprostol: um estudo transversal |
Autor(es): | Moreira, Carolyne Neves |
Orientador: | Damasceno, Ana Kelve de Castro |
Palavras-chave: | Trabalho de Parto Induzido;Misoprostol;Obstetrícia |
Data do documento: | 2022 |
Citação: | MOREIRA, Carolyne Neves. Fatores maternos e fetais associados à indução do parto com misoprostol: um estudo transversal. 2022. 68 f. Monografia (Graduação em Enfermagem) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72091. Acesso em: 08 maio. 2023. |
Resumo: | No Brasil, o elevado número de cesáreas faz parte do cenário obstétrico, sendo o segundo país com a maior taxa do mundo ultrapassando 55% dos partos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma taxa de 10-15% de cesarianas, pois estudos evidenciam maior morbimortalidade materna e perinatal associada a execução desse procedimento sem uma real indicação. Nesse sentido, ressalta-se a importância da indução do parto por meio de métodos eficazes e seguros visando o estímulo ao parto vaginal e, consequentemente, a redução da morbimortalidade materna e perinatal. O presente estudo teve como objetivo avaliar os fatores maternos e fetais associados à indução com misoprostol em gestações a termo, comparando os desfechos com a via de parto. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, transversal e com abordagem quantitativa realizado por meio de análises de prontuários de pacientes submetidas à indução do parto na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), em Fortaleza - CE, no período de 2020 e 2021. A coleta de dados foi realizada durante os meses de setembro e outubro de 2022, utilizando um instrumento contendo informações sobre o perfil sociodemográfico e gineco-obstétrico, informações sobre a gestação atual, desfechos maternos e desfechos neonatais. Os dados passaram por procedimento de tabulação no Microsoft Excel® 2019 e processamento por meio do software R for Windows versão 3.5.1, onde foram aplicadas medidas de síntese (estatística descritiva e distribuição de frequência) e aplicação dos testes analíticos de Qui-quadrado de independência, Teste Exato de Fisher e teste de soma dos postos de Wilcoxon, com o objetivo de estabelecer associação entre variáveis preditoras e o desfecho da via de parto. O total da amostra foi de 291 mulheres, sendo a taxa de cesarianas de 88 (30,0%) e a de partos vaginais de 203 (70,0%). Foi considerado insucesso da indução a resolução da gestação por parto cirúrgico e nossos resultados mostraram que as maiores taxas de cesárea após indução ocorreram mulheres primíparas, com trabalho não remunerado, com maiores índices de escolaridade, com síndromes hipertensivas, que não fizeram uso de ocitocina e tempo de indução prolongado. Ao analisar as indicações de cesarianas, as mais prevalentes foram desistência materna do processo de indução (36,0%), sofrimento fetal agudo (30,0%) e parada de progressão (12,0%). Analisando os desfechos neonatais, a falha da indução mostrou algumas repercussões negativas para o binômio mãe-bebê, como menores taxas de contato pele a pele e de estímulo à amamentação na primeira hora de vida. Por outro lado, observou-se que a indução pode ser segura para o feto, visto que nenhum foi admitido na UTI neonatal. A partir dos resultados deste estudo, sugere-se que a indução do parto com misoprostol pode contribuir para a redução dos índices de cesárea, visto que a maioria resultou em parto vaginal, proporcionando uma rápida recuperação, reduzindo a dor pós-parto, promovendo o vínculo entre mãe e bebê e favorecendo o aleitamento materno. Além disso, ressalta-se a importância de se investigar e compreender os fatores associados ao processo e ao desfecho dos partos induzidos, tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, a fim de contribuir para uma assistência segura, respeitosa e de qualidade. |
Abstract: | In Brazil, the high number of cesarean sections is a part of the obstetric scenario, being the second country with the highest rate in the world, exceeding 55% of deliveries. The World Health Organization (WHO) recommends a rate of 10-15% of cesareans, as studies show greater maternal and perinatal morbidity and mortality associated with the execution of this procedure without a real indication. In this sense, the importance of inducing labor through effective and safe methods is highlighted, aiming at encouraging vaginal delivery and, consequently, reducing maternal and perinatal morbidity and mortality. The present study aimed to evaluate maternal and fetal factors associated with misoprostol induction in term pregnancies, comparing the outcomes with the mode of delivery. This is a descriptive, retrospective, cross-sectional study with a quantitative approach carried out through analysis of medical records of patients who underwent labor induction at the Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), in Fortaleza - CE, from 2020 and 2021. Data collection was carried out during the months of September and October 2022, using an instrument containing information on the sociodemographic and gynecological-obstetric profile, information on the current pregnancy, maternal and neonatal outcomes. The data underwent a tabulation procedure in Microsoft Excel® 2019 and processing using the R for Windows software version 3.5.1, where synthesis measures were applied (descriptive statistics and frequency distribution) and the application of analytical tests of independence Chi-square, Fisher's Exact Test and Wilcoxon rank sum test in order to establish an association between predictive variables and the outcome of the mode of delivery. The total sample consisted of 291 women, with a cesarean section rate of 88 (30,0%) and a vaginal delivery rate of 203 (70,0%). The resolution of pregnancy by surgical delivery was considered induction failure and our results showed that cesarean sections after induction occurred in primiparous women, with unpaid work, with higher levels of education, with hypertensive syndromes, who did not use oxytocin and induction time prolonged. When observing the indications for cesarean sections, the most prevalent were maternal withdrawal from the induction process (36,0%); acute fetal distress (30,0%) and progression arrest (12,0%). Analyzing the neonatal outcomes, induction failure showed some negative repercussions for the mother-baby binomial, such as lower rates of skin-to-skin contact and breastfeeding stimulation in the first hour of life. On the other hand, On the other hand, it was observed that induction can be safe for the fetus, since none was admitted to the neonatal ICU. From the results of this study, it is suggested that the induction of labor with misoprostol can contribute to the reduction of cesarean rates, since the majority resulted in vaginal delivery, providing a quick recovery, reducing postpartum pain, promoting the bond between mother and baby and favoring breastfeeding. In addition, it is important to investigate and understand the factors associated with the process and outcome of induced deliveries, both for the mother and the newborn, in order to contribute to safe, respectful and quality care. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72091 |
Aparece nas coleções: | ENFERMAGEM - Monografias |
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