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Tipo: Tese
Título: Alterações bioquímicas e fisiológicas durante a maturação e o armazenamento de graviola sob refrigeração associada a 1-metilciclopropeno e cera
Autor(es): Lima, Maria Auxiliadora Coêlho de
Orientador: Távora, Francisco José Alves Fernandes
Palavras-chave: Graviola;Frutas - Cultivo
Data do documento: 2002
Citação: LIMA, Maria Auxiliadora Coêlho de. Alterações bioquímicas e fisiológicas durante a maturação e o armazenamento de graviola sob refrigeração associada a 1-metilciclopropeno e cera. 2002. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2002.
Resumo: Realizou-se quatro experimentos com graviola, objetivando avaliar: 1. alterações que afetam a qualidade durante a maturação, em temperatura ambiente; 2. alterações fisicas, fisico-químicas e químicas durante a maturação, sob temperatura ambiente, relacionando-as às taxas respiratória (RS) e de produção de etileno (ET); 3. efeito de doses de 1-MCP na maturação, sob temperatura ambiente; e 4. efeito de tratamentos pós-colheita com cera e 1-MCP na conservação, durante o armazenamento refrigerado. Em 1, os frutos foram avaliados (26,3 ± 0,6°C e 87,6 ± 12,2% UR) a 1, 2, 3, 4 e 5 dias após a colheita. A acidez total titulável (ATT) aumentou oito vezes em relação ao primeiro dia, enquanto o teor de sólidos solúveis totais (SST) duplicou. A atividade da polifenoloxidase aumentou até o quarto dia enquanto a da peroxidase já decrescia após o segundo. A pectinametilesterase aumentou continuamente e a poligalacturonase (PG) atingiu o máximo aos três dias, seguido por decréscimo que coincidiu com a queda no teor de pectina total. O aumento da 0-galactosidase de parede celular, em associação à PG, é coerente com a evolução do amaciamento. Ainda, o decréscimo no teor de amido coincidiu com o aumento na atividade amilásica. Em 2, os frutos foram avaliados (23,4 ± 1,1°C e 81,8 ± 10,6% UR) a 0, 1, 2, 3, 4 e 6 dias. A firmeza da polpa (FP) diminuiu de 60 para 0,9 N, tendo esta queda sido iniciada antes mesmo que a ET fosse detectada. Nos frutos maduros, o teor de SST foi 14,4°Brix e a ATT, de 0,92% de ácido málico. Em 3, submeteu-se os frutos a 0, 200, 400 e 600 ppb de 1-MCP e a armazenamento (24,0 ± 1,0°C e 90,8 ± 7,3%UR) por 0, 2, 4, 6 e 8 dias. O 1-MCP atrasou o tempo de ocorrência e reduziu a intensidade dos picos de RS, assim como da ET. A perda de matéria fresca (PMF) foi 13 a 24% menor nos frutos tratados. O 1-MCP também atrasou a redução na FP, sendo 200 ppb a dose mais eficiente. Em 4, testou-se tratamentos póscolheita (controle, 1-MCP 200 ppb, cera e cera+l-MCP 200 ppb) e o tempo de armazenamento (15,4 ± 1,1°C e 86,0 ± 7,3% UR) de 0, 4, 8, 11, 13 e 15 dias. Os tratamentos pós-colheita resultaram em atraso no tempo ou na intensidade da RS e da ET e em retenção da FP. O tratamento com cera foi o mais eficiente pois reduziu a PMF e proporcionou frutos de melhor aparência até 13 dias.
Abstract: Four experiments with soursop were conducted aiming to evaluate: 1. changes that affect fruit quality during ripening, under ambient temperature; 2. physical, physico-chemical and chemical changes during ripening under ambient temperature, and their relationship with respiratory rate (RR) and ethylene production (EP); 3. effects of dosages of 1-methylcyclopropene (1-MCP) on the fruit ripening, under ambient temperature, and 4. effect of postharvest treatments with wax coating and 1-MCP for fruit conservation under refrigerated storage. For experiment 1, fruits were evaluated at 1, 2, 3, 4 and 5 days after harvest, under 26.3 ± 0.6°C and 87.6 ± 12.2% RH. Total titratable acidity (TTA) increased 8 times in relation to the et day, while the total soluble solids (TSS) doubled. Polyphenol oxidase activity increased until the 4th day, while peroxidase activity decreased from the 2nd day. Pectin methylesterase increased steadily and the polygalacturonase (PG) reached its peak in the 3rd day, decreasing coincidentally with the decrease of total pectin content. The increase of cell wall J3- galactosidase associated with the PG was expected with the fruit softening progress. Besides, the decrease of starch content coincided with the increase of amylase activity. For experiment 2, fruits were evaluated at 0, 1, 2, 3, 4 and 6 days after harvest under 23.4 ± 1.1°C and 81.8 ± 10.6% RH. Pulp firmness (FP) decreased from 60 N to 0.9 N. Such decrease was perceivable even before the EP had been detected. In ripe fruits the TSS content was 14.4°Brix and the TTA was equivalent to 0.92% of malic acid. For experiment 3, fruits were kept at 0, 200, 400 and 600 ppb of 1-MCP and stored for 0, 2, 4, 6 and 8 days under 24.0 ± 1.0°C and 90.8 ± 7.3 RH. The 1-MCP delayed the time of occurrence and reduced the peak intensity of RR as well as of EP. The weight loss (WL) was 13 to 24% lower in treated fruits. The 1-MCP also delayed the reduction of PF, with 200 ppb as the most efficient dosage. For experiment 4, the following postharvest treatments were evaluated: control, 1-MCP 200 ppb, wax coating and wax coating + 1- MCP 200 ppb, together with storage periods of 0, 4, 8, 11,13 and 15 days, under 15.4 ± 1.1°C and 86.0 ± 7.3% RH. Postharvest treatments delayed the period and the intensity of RR and EP, besides being retentive of PF. The wax coating was the most efficient treatment in reducing the WL and allowing fruits with best appearance until 13 days.
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URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71709
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