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Tipo: Tese
Título: Myracrodruon urundeuva allemão (Aroeira-do-Sertão): constituintes químicos ativos da planta em desenvolvimento e adulta
Autor(es): Bandeira, Mary Anne Medeiros
Orientador: Matos, Francisco José de Abreu
Coorientador: Braz Filho, Raimundo
Palavras-chave: Plantas medicinais - Brasil;Aroira-do-sertão;Química de produtos naturais;Plantas medicinais
Data do documento: 2002
Citação: BANDEIRA, Mary Anne Medeiros. Myracrodruon urundeuva allemão (Aroeira-do-Sertão): constituintes químicos ativos da planta em desenvolvimento e adulta. 2002. 352 f. Tese (Doutorado em Química) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2002.
Resumo: Aroeira-do-Sertâo (Myracrodruon urundeuva Allemão), Anacardiaceae, tem sido coletada para fins de uso de sua madeira, e para emprego medicinal da sua entrecasca, um dos remédios vegetais mais frequente e mais antigo em medicina popular do Nordeste do Brasil. A espécie está ameaçada de extinção, sendo classificada pelo IBAMA na categoria vulnerável. Sua exploração tornou-a escassa em todas as áreas de ocorrência. Com base no uso secular da entrecasca de Aroeira-doSertão foram feitos estudos que permitiram comprovar através de ensaios pré-clínicos, as ações antiinflamatória, analgésica, cicatrizante e antiúlcera. Logo após esses estudos, foi realizado o estudo clínico das preparações farmacêuticas Elixir de Aroeira (antiúlcera), Creme Vaginal de Aroeira (cervicite e ectopia), Enema de Aroeira (colite ulcerativa), as quais passaram a ser largamente utilizadas no Projeto Farmácias Vivas, base científica para os Programas de Fitoterapia em Saúde Pública. Com vista a preservação desta espécie, esse estudo teve como objetivo comprovar a possibilidade de substituição da entrecasca da árvore adulta pelos seus brotos e renovos, como matéria-prima para uso medicinal, visando diminuir a pressão antrópica consequente a sua coleta predatória, tendo em vista a premissa de que os brotos e renovos desta planta devem produzir as mesmas substâncias ativas .elaboradas na entrecasca em função do acelerado metabolismo de ambas as partes. Com base na monitoração farmacológica e de estudos farmacológicos comprobatórios de que os brotos obtidos de sementes apresentaram atividade equivalente a entrecasca, o estudo químico foi iniciado aplicando-se em cada componente do broto (folha, caule e órgãos subterrâneos (xilopódios)), a técnica de obtenção da fração antiinflamatória da entrecasca, codificada como F (8-13) determinada previamente. Após obtenção dessas frações, foi realizada a purificação e isolamento dos seus componentes através de técnica cromatográfica inédita, inovadora e econômica utilizando o amido de milho como fase fixa. A purificação e isolamento das frações equivalentes a F (8-13) resultaram na identificação das chalconas diméricas, no seu estado natural, urundeuvina A (entrecasca e cerne da planta adulta; caule e órgãos subterrâneos dos brotos); urundeuvina B (entrecasca e cerne da planta adulta; caule e órgãos subterrâneos dos brotos); urundeuvina C (entrecasca da planta adulta); matosina (órgãos subterrâneos dos brotos). Nas folhas foram identificados outros flavonóides, quercetina, aromadendrinol e o biflavonóide agasthiflavona. Foram identificados na fração do cerne, além, (3-sitosterol e o glicosídeo do f3-sitosterol. As chalconas diméricas urundeuvina A, urundeuvina B, urundeuvina C e matosina são inéditas na natureza, e demonstram que a aroeira-do-sertão além de um patrimônio ecológico é um recurso farmacoquímico. Esses resultados comprovaram que é verdadeira a premissa de que os brotos em intensa atividade metabólica poderiam produzir os mesmos constituintes ativos da entrecasca. Consequentemente é possível utilizar brotos e renovos em substituição da entrecasca, o que vem contribuir para a preservação desta espécie.
Abstract: The Aroeira-do-Sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão), Anacardiaceae, has been explored in a predatory way due both to its magnificent wood and to the medical use of the most frequent and ancient herbal medicines in Brazilian Norttheastern popular medicine. This plant, in its vulnerable category, is almost extinct and has become rare in all the occurence areas. Based on the centenary use of the Aroeira-do-Sertão, the anti inflammatory, cicatrizing and anti-ulcer efficacy of its innerbark has been provewd through preclinical studies. Righ after these studies, a clinic study was carried out on the pharmaceutical preparations Aroeira Elixir (Elixir de Aroeira), anti-ulcer, Aroeira Vaginal Cream (Creme Vaginal de Aroeira), cervicits and ectopia, and Aroeira Enema (Enema de Aroeira), ulcerated colitis), which have been largely used in the Farmácias Vivas Project (Green Pharmacies), the scientific base of the predatory gathering of its bark. Based on pharmacological monitoring and data, where the buds show activity equivalent to the innerbark, a chemichal study has been started to reproduce each bud component (leaf, stem and root). The technique of gathering the innerbark's antiinflammatory component was codified as F(8-13). After these components had been gathered, their purification and isolation were conducted through unpublished, innovative and economical chromatografic techniques, having Zea mays starch as the fixed phase. The component's purification and isolation F (8-13) resulted in the identification of dimeric chalcones in natural state, urundeuvina A (innerbark and adult plant's heart, stem bud's underground organs); urundeuvina B (adult plant innerbark and bud's underground organs); urundeuvina C (adult plant innerbark); matosina (bud's underground organs). The Flavonoids quercetin, aromadendrinol and agathisflavone were identified on the bud's leaves. 13 - Sitosterol and f3 - Sitosterol glicoside wer found in the heart. The dimeric chalcones urundeuvina A, urundeuvina B, urundeuvina C, and matosina have never been found in nature and they reaffirm that the Aroeira-do-Sertão, apart from its ecological heritage is a pharmacochemical resource. These results confirm the premis that the buds, undewr intense metabolic activity, could produce the same active constituents as the innerbark. Consequently, it is possible to make use of the buds and shoots up to 40 cm as a innerbark. Consequently, it is possible to make use of buds and shoots up to 40 cm as a innerbark substitute.
Descrição: Este documento está disponível online com base na Portaria nº 348, de 08 de dezembro de 2022, disponível em: https://biblioteca.ufc.br/wp-content/uploads/2022/12/portaria348-2022.pdf, que autoriza a digitalização e a disponibilização no Repositório Institucional (RI) da coleção retrospectiva de TCC, dissertações e teses da UFC, sem o termo de anuência prévia dos autores. Em caso de trabalhos com pedidos de patente e/ou de embargo, cabe, exclusivamente, ao autor(a) solicitar a restrição de acesso ou retirada de seu trabalho do RI, mediante apresentação de documento comprobatório à Direção do Sistema de Bibliotecas.
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