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Tipo: Tese
Título: Distribuição espacial e nível de controle para a mosca branca Bemisia argentifolii Bellows & Perring (Hemiptera: Aleyrodidae) na cultura do melão Cucumis melo L.
Autor(es): Azevedo, Francisco Roberto de
Orientador: Bleicher, Ervino
Palavras-chave: Entomologia;Melão;Mosca-branca;Fitotecnia
Data do documento: 2001
Citação: AZEVEDO, Francisco Roberto de. Distribuição espacial e nível de controle para a mosca branca Bemisia argentifolii Bellows & Perring (Hemiptera: Aleyrodidae) na cultura do melão Cucumis melo L. 2001. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2001.
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivos o estudo da distribuição vertical e horizontal dos adultos da mosca-branca Bemisia argentifolii Bellows & Perring (Hemiptera : Aleyrodidae), da distribuição vertical e setorial das ninfas e definir o nível de controle do inseto para a cultura do melão, Cucumis melo L. Os estudos foram realizados no campo experimental da Embrapa Agroindústria Tropical em Pacajús - Ceará, no período de 30 de agosto de 1999 a 30 de janeiro de 2001. Estudou-se a distribuição vertical dos adultos de Bemisia argentifolii Bellows & Perring (Hemiptera : Aleyrodidae), escolhendo-se ao acaso oito folhas da rama do meloeiro a partir da extremidade. As contagens foram feitas semanalmente a olho nú, durante o período da manhã, aos 28, 35, 42, 49, 56 e 63 dias após o plantio da cultura no campo, segurando a folha pela ponta ou pecíolo e virando-a vagarosamente para não afugentar os adultos e caminhando em ziguezague dentro da área amostrai. Os adultos de B. argentifolii apresentam um comportamento de distribuição vertical nas folhas da rama do meloeiro que muda de acordo com a fase fenológica da cultura. Aos 28 dias após o plantio (DAP), a quantidade de adultos é maior entre a terceira e quarta folha. Aos 35 DAP esta superioridade observa-se da segunda a sétima folha, sendo que aos 42 dias apenas a primeira folha apresenta um menor número. Aos 49 DAP eles se concentram entre a sexta e sétima folha, sendo que aos 56 DAP se desloca para a sétima e oitava folha. Ao final do ciclo da cultura (63 DAP), todas as folhas apresentaram-se estatisticamente semelhantes quanto à distribuição de adultos. Essas mudanças observadas na distribuição do inseto nas folhas da rama do meloeiro, ao longo do desenvolvimento da planta, ocorrem devido a diferenças fisiológicas que modificam a relação entre o desenvolvimento do inseto e o crescimento da planta. Estudou-se também a distribuição horizontal dos adultos, escolhendo-se a quarta folha da rama do meloeiro e amostrando aleatoriamente quatro folhas nas plantas da fileira central de cada parcela experimental. As contagens foram feitas semanalmente a olho nú aos 21, 28, 35, 42, 49, 56 e 63 dias após o plantio. O inseto apresenta uma distribuição binomial negativa (do tipo agregada ou em focos), foimando "focos" ou "reboleiras" na área, onde se acumulam e esta agregação aumenta até o periodo da colheita. O estudo da distribuição vertical entre as folhas da rama do meloeiro foi realizado, escolhendo aleatoriamente as folhas no intervalo da quinta folha até a vigésima folha. As contagens das ninfas foram feitas semanalmente aos 49, 56 e 63 dias após o plantio, retirando com o auxílio de um vasador de cortiça, um disco foliar de 2,8 cm2. Os resultados mostraram uma maior concentração de ninfas entre a oitava e décima folha. Sendo assim, a melhor folha para ser amostrada está entre a oitava e décima folha contada a partir da extremidade da rama do meloeiro. O estudo da distribuição setorial dentro da folha do meloeiro foi feito, escolhendo aleatoriamente as folhas no campo e subdividindo-as mentalmente em quatro setores delimitados pela nervura central (Esquerdo Distal, Esquerdo Proximal, Direito Proximal e Direito Distal). As contagens foram feitas semanalmente aos 49, 56 e 63 dias após o plantio, demarcando-se em cada folha, com o auxilio de um vazador de cortiça, uma área de 2,8 cm2. As ninfas concentraram-se mais nos setores proximais da folha do meloeiro, quando comparada com os setores distais, nas três avaliações efetuadas no campo. Estes insetos preferem os setores proximais da folha por estarem mais próximos do floema, facilitando a obtenção do alimento pelo inseto. Do total de ninfas contadas nos setores das folhas do meloeiro, 13,08% foram encontradas no setor Esquerdo Distal, 35,7% no setor Esquerdo Proximal, 36,7% no setor Direito Proximal e 14,25% no setor Direito Distal. Por isto, de acordo com o comportamento de alimentação do inseto, aconselha-se fazer a amostragem das ninfas próximo da nervura central da folha do meloeiro. Realizou-se um estudo com a cultura do meloeiro para determinar um nível de controle para Bemisia argentifolii Bellows & Perring, utilizando cinco níveis de controle (4, 8,12 e 16 insetos adultos por folha e a testemunha). As contagens dos insetos adultos foram feitas semanalmente aos 21, 28, 35, 42, 49, 56 e 63 dias após o plantio da cultura no campo, a olho nú, escolhendo-se a quarta folha da rama do meloeiro e amostrando aleatoriamente quatro folhas nas plantas da fileira central da parcela experimental. As ninfas foram contadas no final do ciclo da cultura, em um disco foliar de 2,8 cm2 na oitava folha a partir da extremidade da rama do meloeiro. Aos 63 dias após o plantio, quantificou-se em cada tratamento, o peso de frutos, o número de frutos produzidos e a percentagem de fumagina nas parcelas experimentais. A densidade populacional dos adultos foi baixa até os 35 dias, aumentando, em seguida, depois deste período fenológico da cultura. O tratamento que apresentou melões mais pesados e menor percentagem de fumagina, foi aquele que manteve um nível de controle de 4 adultos por folha, apresentando no final do ciclo da cultura uma média de 3,99 adultos e 0,9 ninfas por 2,8 cm2de área foliar. Entretanto, não houve influência dos tratamentos sobre o número de frutos produzidos. As plantas do meloeiro apresentaram um percentual de 1 a 25% de fumagina, quando a população atingiu um nível de 8 insetos por folha. Portanto, com um nível entre 4 e 8 insetos adultos por folha ou 0,9 e 4 ninfas por 2,8 cm2de área foliar, a praga deve ser controlada.
Abstract: This research aimed to verify a vertical and horizontal distribution of Bemisia argentifolii adults, to observe a vertical and sectorial of its nymphs and determine a action level of this insect on melons plants. The researches were conducted at Embrapa Agroindústria Tropical experimental station at Pacajús, Ceará State (Brazil), from August 30 1999, through January 30 of 2001. The vertical distribution of adults of the Bemisia argentifolii was studied, selecting randomly the eight unfolded melon leaves starting from the extremity. Adults counts were perfotttted weekly, 28, 35, 42, 49, 56 and 63 days after planting, at morning, using the leaf turn over technique, gently to not disturb the insects, walking at zig — zag pattern in the area. The vertical distribution of the adults of B. argentifolii is influenced by plant phenology. At 28 days adults were mainly found on 3rd and 4thleaf of the terminal. At 35 days after planting adults were mainly found from 2ndleaf trough 7thleaf, and at 42 days only the first leaf was not prefered. The 6thand 7th leaf was prefered at 49 days and 7thand 8that 56 days after planting. At the end of crop cycle (63 days) all leaves showed equal number of adults. Those changes in insect distribution on melon leaves, during growing season, occur due to physiological changes of the plant and in insect development. Adult horizontal distribution was also studied, by looking randomly the 4thterminal leaf and the central row of the experimental unit. Adult's counts were done weekly at 21, 28, 35, 42, 49, 56 and 63 days after planting. Adults showed a negative binomial (clumped) type distribution. The vertical distribution among leaves were done, by selecting randomly leaves from note 5ththrough 20th . Nymphs counts were performed weekly, at 49, 56 and 63 days after planting, in a circular disc area of 2,8 cm2. Results showed a higher nymphs concentration per disc on leaves 8thtrough 10th. Being so, the best leaves to samples nymphs are from 8th trough 10thterminal leaves. The leaf sectorial distribution nymph study was performed, selecting randomly leaves and dividing it into 4 sectors bordering the central leaf rib (distal left, proximal left, distal right, and proximal right). Counts were done at 49, 56 and 63 days after planting, on a marked disc area of 2,8 cm2. The mean number nymphs found were similar in both proximal sectors, being greater than those found in distal sectors, on the three evaluations done. From the total nymphs found, 13,70% were found on distal left sector, 35,70% on proximal left sector, 36,70 on proximal right sector and 14,25% on distal right sector. Due to this, according to the feeding behavior of this insect, it is suggested to sample nymphs close to central leaf rib on a disc area of 2,8 cm2on either one of the proximal sector. A study was performed on melon plants to determine a control level for Bemisia argenti, folii, evaluating five action levels (4, 8, 12 and 16 adults per leaf and an untreated control). Adults sampling were performed at weekly basis, 21, 28, 35, 42, 49, 56 and 63 days after planting, by looking randomly at the 4thterminal leaf on the central row as the experimental unit. Nymphs were counted at end of the crop cycle on disc area 2,8 cm2on 8thleaf, from plant terminal. 63 days after planting each treatment were quantified by fruit weight, fruit number, and sooty mould on leaves. The adult population density of B. argenti. folii was low up to 35 days after planting, increasing after this period. The treatment that produced the greatest yield and lower leaf sooty mould percentage, was that in which 4 adult per leaf was used as action level, that showed 0,9 nymphs per 2,8 cm2disc area. However, there were no influences from treatments on fruit number produced. Plants showed score 1 (1 — 25%) for sooty mould at action level of 8 adults per leaf. So, an action level between 4 and 8 adults per leaf or 0,9 through 4 nymphs per a leaf disc area of 2,8 cm2, the whitefly, B. argentifolii must be controlled.
Descrição: Este documento está disponível online com base na Portaria nº 348, de 08 de dezembro de 2022, disponível em: https://biblioteca.ufc.br/wp-content/uploads/2022/12/portaria348-2022.pdf, que autoriza a digitalização e a disponibilização no Repositório Institucional (RI) da coleção retrospectiva de TCC, dissertações e teses da UFC, sem o termo de anuência prévia dos autores. Em caso de trabalhos com pedidos de patente e/ou de embargo, cabe, exclusivamente, ao autor(a) solicitar a restrição de acesso ou retirada de seu trabalho do RI, mediante apresentação de documento comprobatório à Direção do Sistema de Bibliotecas.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71229
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