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Tipo: Dissertação
Título: A Revolta Sequestrada: 1968, juventude e corpo no Brasil (1968-1970)
Autor(es): Pinheiro, Francisco Alysson Silva
Orientador: Silva, Jailson Pereira
Palavras-chave: 1968;Poder Jovem;Juventude;Corpo
Data do documento: 2023
Citação: PINHEIRO, Francisco Alysson Silva. A Revolta Sequestrada: 1968, juventude e corpo no Brasil (1968-1970). Orientador: Jailson Pereira da Silva. 2023. 181 f. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: A presente pesquisa investiga os modos pelos quais os imaginários e representações de 1968 no Brasil foram mobilizados pela grande imprensa, tendo como fonte as revistas de grande circulação Veja, Manchete e Realidade. Para tal, analisamos o modo como 1968 mais que um ano é também um conceito portador de estética e imaginário próprios, constituído e amplamente mobilizado pelas revistas simultâneo aos acontecimentos. No escopo desse conceito, encontram-se temas pertinentes às mobilizações sociais do período, todos expostos a partir dos interesses da moda: o líder de massa, o protesto, as figuras revolucionárias, intelectuais e o “Poder Jovem”. A partir dessa compreensão conceitual, discutimos a implicação da emergência da juventude tanto como sujeito determinante desse período quanto imbuído também de uma compreensão do tempo. Ou seja: buscamos entender como termos como “juventude” e “velhice”, na esteira da ascensão do “Poder Jovem”, articularam-se a uma narrativa organizadora do tempo, pondo em conflito diferentes temporalidades e experiências. Essa reflexão acerca das experiências temporais será abordada a partir das “revoluções do corpo” que marcam o final dos anos 1960 no mundo. Tomamos, nesse debate, três órgãos como significativos de cada uma dessas “revoluções”: o coração será ponto de partida para pensarmos a revolução científica, as transformações que possibilitaram ampliar a perspectiva de vida dos sujeitos; o cérebro será nosso pretexto para discutir o uso dos termos psicanalíticos naquela sociedade de bem-estar com pretensões humanizadoras; traremos o útero, por fim, para discutir a revolução sexual enquanto uma revolução da cultura de massa. A partir desse caminho, acreditamos ser possível perceber o uso de termos críticos pelos interesses do consumo.
Résumé: Cette recherche étudie les manières dont les imaginaires et les représentations de 1968 au Brésil ont été mobilisés par la presse grand public, en utilisant comme sources les magazines largement diffusés Veja, Manchete et Realidade. Pour cela, nous analysons comment 1968, plus d'une année, est aussi un concept porteur d'une esthétique et d'une imagerie propres, constituées et largement mobilisées par les magazines en même temps que les événements. Dans le cadre de ce concept, il y a des thèmes pertinents pour les mobilisations sociales de l'époque, tous exposés à partir des intérêts de la mode : le leader de masse, la contestation, les figures révolutionnaires, les intellectuels et le “Pouvoir Jeune”. À partir de cette compréhension conceptuelle, nous discutons de l'implication de l'émergence de la jeunesse à la fois comme sujet déterminant de cette période et aussi imprégné d'une compréhension du temps. C'est-à-dire: nous cherchons à comprendre comment des termes tels que “jeunesse” et “vieillesse”, dans le sillage de la montée du “Pouvoir Jeune”, se sont articulés à un récit organisateur du temps, mettant en conflit différentes temporalités et expériences. Cette réflexion sur les expériences temporelles sera abordée du point de vue des « révolutions du corps » qui ont marqué la fin des années 1960 dans le monde. Dans ce débat, nous prenons trois organes comme significatifs pour chacune de ces “révolutions”: le cœur sera le point de départ pour penser la révolution scientifique, les transformations qui ont permis d'élargir la perspective de vie des sujets; le cerveau sera notre prétexte pour discuter de l'usage des termes psychanalytiques dans cette société du bien-être aux prétentions humanisantes; enfin, nous amènerons l'utérus pour discuter de la révolution sexuelle comme révolution culturelle de masse. A partir de ce cheminement, nous pensons qu'il est possible de percevoir l'utilisation de termes critiques par les intérêts des consommateurs.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70885
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