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Tipo: Dissertação
Título: Infecção latente por mycobacterium tuberculosis em portadores de infecção por HIV/AIDS : análise através do uso de teste tuberculínico e teste de liberação de interferon-gama
Título em inglês: Latent infection by mycobacterium tuberculosis in patients with HIV / AIDS : analysis through the use of tuberculin test and interferon-gamma release
Autor(es): Herzer, Thaís Lôbo
Orientador: Pires Neto, Roberto da Justa
Palavras-chave: Tuberculose Latente;HIV;Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Data do documento: 2012
Citação: HERZER, T. L. Infecção latente por Mycobacterium tuberculosis em portadores de infecção por HIV/AIDS : análise do uso de teste tuberculínico e teste de liberação de interferon-gama. 2012. 132 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
Resumo: As pessoas vivendo com HIV têm probabilidade aumentada de desenvolver, apresentar formar graves, ter cepas multirresistentes e morrer por tuberculose. A profilaxia para infecção latente por Mycobacteium tuberculosis (ILTB) diminui a chance de ativação de tuberculose (TB) numa média de 62% nessa população. Entretanto, o diagnóstico da TB na sua forma latente é controverso. O teste tuberculínico (TT) é o único exame aprovado no Brasil para avaliação dessa infecção, embora existam problemas tanto na sua realização quanto na sua interpretação. Exames de liberação de interferon-gama foram criados recentemente com o objetivo de aumentar a especificidade e a praticidade da investigação da ILTB. Esse estudo se propôs a avaliar como vem sendo feita a investigação da ILTB e o desempenho do TT e do QuantiFERON-TB® Gold In-Tube (QTF-GIT) em portadores de HIV. Foram selecionados ao todo 351 pacientes portadores de HIV e sem evidência de TB ativa, admitidos em dois centros de referência de Fortaleza-CE, no período de 2007-2010. Na admissão, 41,8% dos pacientes realizaram TT, 36,3% foram avaliados quanto a contato com TB e 28,4% tiveram radiografia de tórax. A profilaxia foi realizada para 73,3% dos pacientes com TT positivo. Houve diagnóstico de ILTB em 25,3% dos pacientes de acordo com o TT e em 6,7% pelo QTF-GIT (p<0,001). A correlação entre os resultados dos dois testes foi considerada fraca (k= -0,037). Resultado positivo do TT esteve associado com drogadição (OR 7 CI: 1,53-32,11; p=0,01), contato com TB bacilífera (OR 13 CI: 2,7-62,83; p=0,001), profilaxia para ILTB prévia (OR 17,5 CI: 3,4-90,4; p<0,001), procedência do interior do estado (OR 2,74 CI:1,04-7,22; p= 0,04). Não houve associação entre QTF-GIT positivo e fatores de risco para TB. A média de contagem de linfócitos T CD4+ nos indivíduos com TT positivo foi superior à média dos com TT negativo (535,8 vs. 373,4 cél/mm3; p=0,006), enquanto o inverso ocorreu em relação ao QTF-GIT (277 vs. 438,3 cél/mm3; p= 0,055). A média do logaritmo da carga viral foi superior naqueles com QTF-GIT positivo (4,81 vs. 2,11 log10 cóp/ml; p= 0,005). Mais da metade dos pacientes não realizou TT, apesar da alta prevalência de ILTB. O TT contou com maior número de testes positivos. O QTF-GIT mostrou-se superior para pacientes com elevada viremia e imunossupressão. Sugere-se o uso de ambos os testes de forma complementar para aumentar a chance de diagnóstico de ILTB e diminuir os riscos de progressão da doença.
Abstract: People living with HIV have an enhanced chance to develop and to die of tuberculosis (TB). Many studies demonstrate that chemoprophylaxis for latent tuberculosis infection (LTBI) reduces the progression to active TB. Indeed, the diagnosis of LTBI is controversial. In Brazil, the only test approved for use is the tuberculin skin test (TST), however, this test is complicated by several problems due to application and interpretation of the exam. Recently developed interferon-gamma release assays (IGRA) using Mycobacterium tuberculosis-specific antigens have the advantage of decreased cross-reactivity and, therefore, increased specificity. The purpose of this study is to evaluate the adherence of LTBI diagnosis and to compare the results of the QuantiFERON-TB® Gold In-Tube test (QTF-GIT) and TST in a population of HIV-positive individuals from a country with high prevalence of TB. A cross-sectional study was carried out with 351 HIV patients without active tuberculosis, attending outpatient in two reference centers, from November 2007- 2010. At admission, 41.8% had realized TST, 36.3% had been interrogated about TB exposure and 28.4% had performed a chest X-ray. Chemoprophylaxis was offered to 73.3% of TST positive patients. The TST and QTF-GIT results were positive in 25.3% and 6.7% (p<0.001) of the individuals, respectively. The agreement between the two tests was poor (k= -0.037). Drug use (OR 7, 95% CI 1.5-32.1; p=0.01), TB exposure (OR 13, 95% CI 2.7-62.83; p=0.001), previous LTBI prophylaxis (OR 17.5, 95% CI 3.4-90.4; p<0.001), and living outside the state capítal (OR 2.7, 95% CI 1-7.2; p= 0.04) were associated with a positive TST result. There is no association between QTF-GIT positive result and risk factors for TB. TST positive individuals had a higher mean CD4+ cell count than those with TST negative result (535.8 cell/mm3 vs. 373.4 cell/mm3; p=0.006), in contrast to QTF-GIT positive result (277 cell/mm3 vs. 438.3 cell/mm3; p= 0.055). Higher viral load was associated with QTF-GIT positive result (4.8 log10 cop/ml vs. 2.1 log10 cop/ml; p= 0.005). Despite of Brazil being a country with a high burden of TB, more than half the patients have not realized TST, which appears to be more sensitive than QTF-GIT for diagnosis of LTBI. Otherwise, QTF-GIT shows better results in patients with advanced immunosuppression and high viral load. We suggest the use of both tests to increase LTBI diagnosis and decrease the risk of disease progression.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7083
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