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Tipo: Dissertação
Título: “Eu sei o que sou e o que não sou”: Música pop, cultura e identidade a partir de Madame X de Madonna
Título em inglês: "I know what I am and what I am not": pop music, culture and identity from Madame X by Madonna
Autor(es): Monteiro, Gabriel Holanda
Orientador: Acselrad, Márcio
Coorientador: Reinaldo, Gabriela Frota
Palavras-chave: Música popular massiva;Cultura;Identidade;Imagem;Madonna
Data do documento: 2023
Citação: MONTEIRO, Gabriel Holanda. “Eu sei o que sou e o que não sou”: Música pop, cultura e identidade a partir de Madame X de Madonna. 2023. 204 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Instituto de Cultura e Arte, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: A seguinte pesquisa se propõe a pensar, problematizar e materializar as representações que a música pop constrói sobre as culturas (envolvendo suas relações de poder assimétricas) e os grupos identitários legitimadores e de resistência, tomando como base os marcadores de gênero, raça, sexualidade e (de)colonialidade. Adota-se como objeto três videoclipes de Madonna (God Control, Dark Ballet e Batuka), obras pertencentes a Madame X, álbum lançado pela artista em 2019. Para observar as dinâmicas culturais expressas nas relações entre as imagens, a proposta metodológica escolhida consiste na articulação da fundamentação teórico-metodológica da Escola Semiótica de Tártu-Moscou (ESTM) com experimentações imagéticas inspiradas nas pranchas do Atlas Mnemosyne, projeto inacabado de Aby Warburg. Parte-se dos videoclipes em questão para observá-los como textos culturais que ganham novos sentidos ao serem justapostos a imagens de distintos contextos culturais, midiáticos, locais e temporais. O referencial teórico é composto principalmente por obras que discorrem sobre música popular massiva, música pop, cultura, semiosfera, núcleo, periferia, fronteira, identidade, gênero, raça, sexualidade e pós-colonialismo. A investigação deu origem a quatro principais resultados: 1) a identificação de três distintos modos de representação adotados pela indústria cultural da música nos videoclipes: o protagonismo do (a) artista representador (a), o protagonismo mediado do sujeito/grupo representado e o compartilhamento mediado do protagonismo entre artista representador (a) e sujeito/grupo representado; 2) a constatação de que a ESTM e o Atlas Mnemosyne mostraram-se uma combinação potente para uma proposta metodológica consonante com o problema e os objetivos da pesquisa; 3) a observação de que a apropriação (enquanto o ato de pegar signos de determinada cultura ou grupo identitário e articulá-los em uma produção própria) é o principal mecanismo de representação e de construção de sentido das culturas, o que dá origem a conflitos, embates, sofrimentos, encontros, diálogos, silenciamentos, violências, colonizações, opressões, contra-ataques, resistências, legitimações, e estranhamentos culturais; 4) a montagem de nove pranchas temáticas de imagens que permitiram a examinação de tais dinâmicas no âmbito da cultura a partir dos três videoclipes analisados. Salientam-se os agradecimentos à CAPES pelo financiamento que facilitou o acesso a leituras, materiais e demais atividades imprescindíveis para a execução da pesquisa.
Abstract: The following research proposes to think, problematize and materialize the representations that pop music constructs about cultures (involving their asymmetrical power relations) and the legitimizing and resistance identity groups, based on gender, race, sexuality and (de)coloniality markers. Three Madonna music videos (God Control, Dark Ballet and Batuka), works that belong to Madame X, album released by the artist in 2019, are adopted as objects. In order to observe the cultural dynamics expressed in the relations between the images, the chosen methodological proposal consists of the articulation of the theoretical-methodological foundation of the Tartu-Moscow Semiotic School (TMSS) with imagery experimentations inspired by the plates of the Atlas Mnemosyne, Aby Warburg’s unfinished project. The analysis starts from the music videos in question to observe them as cultural texts that gain new meanings when juxtaposed to images from distinct cultural, mediatic, local and temporal contexts. The theoretical framework is mainly composed of works that discuss massive popular music, pop music, culture, semiosphere, nucleus, periphery, border, identity, gender, race, sexuality and post-colonialism. The investigation gave rise to four main results: 1) the identification of three different modes of representation adopted by music’s cultural industry in music videos: the protagonism of the representing artist, the mediated protagonism of the represented subject/group and the mediated sharing of protagonism between the representing artist and the represented subject/group; 2) the finding that the TMSS and the Atlas Mnemosyne proved to be a powerful combination for a methodological proposal in line with the research’s problem and goals; 3) the observation that appropriation (as the act of picking up signs of a given culture or identity group and articulating them in one's own production) is the cultures’ main mechanism of representation and construction of meaning, which gives rise to cultural conflicts, clashes, suffering, encounters, dialogues, silencing, violence, colonizations, oppressions, counter-attacks, resistance, legitimations and estrangement; 4) the mounting of nine thematic image plates that allowed the examination of such dynamics within the scope of culture from the three analyzed video clips. Special thanks to CAPES for the funding that facilitated access to readings, materials and other essential activities for carrying out the research.Keywords: Massive popular music. Culture. Identity. Image. Madonna.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70387
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