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Tipo: TCC
Título: Efeito dos fatores ambientais sobre a atividade cambial em Commiphora leptophloeos – Burseraceae
Autor(es): Souza, Gino Coelho de
Orientador: Soares, Arlete Aparecida
Palavras-chave: Atividade cambial;Fenologia;Fatores abióticos;Semiárido
Data do documento: 2022
Citação: SOUZA, Gino Coelho de. Efeito dos fatores ambientais sobre a atividade cambial em Commiphora leptophloeos – Burseraceae. 24 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.
Resumo: As plantas exibem adaptações para sobreviverem as alterações que ocorrem onde crescem. Mudanças ambientais não afetam somente a fenologia, mas também o crescimento, que em espécies lenhosas é promovido pela ação de meristemas secundários. Os meristemas envolvidos no crescimento secundário são o câmbio vascular, que produz xilema e floema secundário, e o felogênio, que produz feloderme e súber. Em regiões tropicais sazonalmente secas ainda é preciso elucidar quais fatores afetam a atividade cambial para muitas espécies, que tende a não ser continua devido a variações hídricas. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade cambial e a fenologia em relação aos fatores abióticos em uma espécie decídua com baixa densidade de madeira. Mensalmente foi coletado amostras do caule de 10 indivíduos de Commiphora leptophloeos, durante fevereiro de 2019 a janeiro de 2020 na Fazenda Experimental do Vale do Curu, da UFC. As observações fenológicas aconteceram no mesmo período das coletas. As amostras foram desidratadas, incluídas em historesina, seccionadas em micrótomo rotatorio e coradas. Toda a análise estatística e gráficos foram feitos no RStudio. O maior número de células cambiais esteve presente no período chuvoso, assim como as folhas maduras. O pico de maior atividade cambial ocorreu no mês de maio, estação chuvosa, e também corresponde ao de menor valor do fotoperíodo. Nos meses secos, houve grande queda foliar e a atividade cambial diminuiu. A estação de seca foi marcada pela diminuição gradativa no número de células, ausência de folhas, temperatura e fotoperíodo elevados. A brotação foliar e floração ocorreram em novembro e dezembro, acompanhados pelo aumento da quatidade de células cambiais. As variáveis com efeito no número de células cambiais foi a precipitação, com efeito negativo (Estimates = -0,65), e folhas maduras (Estimates = 0,97). A disponibilidade de água é importante para as folhas maduras e o mês onde começa a rebrota foliar tem elevada luminosidade, que pode estar atuando como fator iniciador. O armazenamento de água caulinar provalvemente é responsável pela diminuição lenta no número de células cambiais durante os meses de estiagem. Concluímos que o aumento da atividade cambial possui relação com a presença de folhas maduras e a água armazenada auxiliar na manutenção do número de células cambiais.
Abstract: Plants exhibit adaptations to survive the changes that occur where they grow. Environmental changes not only affect phenology, but also growth, which in woody species is promoted by the action of secondary meristems. The meristems involved in secondary growth are the vascular cambium, which produces secondary xylem and phloem, and the phellogen, which produces phelloderm and suber. In seasonally dry tropical regions, it is still necessary to elucidate which factors affect cambial activity for many species, which tends not to be continuous due to hydric variations. The objective of this work was to evaluate cambial activity and phenology in relation to abiotic factors in a deciduous species with low wood density. Monthly stem samples were collected from 10 individuals of Commiphora leptophloeos, during February 2019 to January 2020 at the Fazenda Experimental do Vale do Curu (UFC). The phenological observations took place during the same collection period. The samples were dehydrated, embedded in historesin, sectioned with a rotary microtome and stained. All statistical analysis and graphics were done in RStudio. The highest number of cambial cells was present in the rainy season, as well as the mature leaves. The peak of greatest exchange rate activity occurred in the month of May, the rainy season, and also corresponds to the lowest value of the photoperiod. In the dry months, there was a large leaf fall and exchange rate activity decreased. The dry season was marked by a gradual decrease in the number of cells, absence of leaves, high temperature and photoperiod. Leaf sprouting and flowering occurred in November and December, accompanied by an increase in the number of cambial cells. The variables with an effect on the number of cambial cells were precipitation, with a negative effect (Estimates = -0.65), and mature leaves (Estimates = 0.97). Water availability is important for mature leaves and the month in which leaf regrowth begins has high luminosity, which may be acting as an initiating factor. The storage of stem water is probably responsible for the slow decrease in the number of cambial cells during the dry months. We conclude that the increase in cambial activity is related to the presence of mature leaves and the stored water helps to maintain the number of cambial cells.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69797
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