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Tipo: Dissertação
Título: Validação do diagnóstico de enfermagem fadiga em pacientes com doença renal crônica
Autor(es): Menezes, Angélica Paixão de
Orientador: Guedes, Nirla Gomes
Palavras-chave: Diagnóstico de Enfermagem;Fadiga;Doença Renal Crônica
Data do documento: 28-Ago-2019
Citação: MENEZES, A. P. Validação do diagnóstico de enfermagem fadiga em pacientes com doença renal crônica. 2019. 160 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69405. Acesso em: 28 nov. 2022.
Resumo: O objetivo deste trabalho é verificar a validade do diagnóstico de enfermagem Fadiga nos pacientes com Doença Renal Crônica a partir de duas etapas: análise de conteúdo e validação clínica. Na primeira etapa participaram 31 enfermeiros especialistas em diagnóstico de enfermagem e/ou nefrologia, de janeiro a março de 2018, por meio de questionário. Os fatores etiológicos considerados pertinente ao diagnóstico de enfermagem Fadiga (IVC ≥ 0,80): Aumento do nível de ureia; Anemia; Desnutrição proteico-calórica; Distúrbios do sono; Distúrbios neuromusculares; Aumento de Citocinas Pró-inflamatórias; Baixo teor de sódio no dialisato; Humor deprimido; Ansiedade; Idade. Obtiveram IVC ≥ 0,80 os indicadores clínicos: Letargia; Sonolência; Desinteresse quanto ao ambiente que o cerca; Diminuição da atenção; Diminuição da paciência; Alteração da concentração; Aumento da necessidade de descanso e Mal- estar. Relacionado à clareza e precisão das definições dos fatores etiológicos, apresentaram IVCs ≤ 0,80: Anemia (clareza da operacional); Desnutrição proteico- calórica (clareza e precisão da operacional). Todos os indicadores clínicos foram considerados claros e precisos. A validação clínica aconteceu de setembro 2018 a janeiro de 2019, com 120 pacientes com Doença Renal Crônica em hemodiálise, acompanhados em dois serviços de referência. A coleta envolveu avaliação física e consulta ao prontuário. Para a análise, utilizou-se método de Classe Latente, o Teste de Qui-quadrado, Teste de probabilidade exata de Fisher, Odds Ratio, Testes de Kolmogorov-Smirnov, Teste de Levene, Teste t ou de Mann-Whitney e um modelo de regressão logística. Todas as recomendações da resolução no 466/2012 foram cumpridas. A prevalência estimada do diagnóstico de enfermagem Fadiga foi de 80,54%. Os indicadores clínicos mais frequentes: Aumento da necessidade de descanso (74,2%); Sonolência (71,7%); Alteração na Libido (59,2%); Introspecção (55,0%); e Cansaço (54,2%). Os indicadores com altos valores de especificidade: Aumento da necessidade de descanso (0,9964); Diminuição da paciência (0,9988); Letargia (0,9999); e Capacidade prejudicada para manter o nível habitual de atividade física (0,9999). Os fatores etiológicos mais 9 frequentes: Aumento do nível de ureia (95,8%); Anemia (71,7%); Aumento no esforço físico (54,2%); e Barreiras ambientais (53,3%). A presença dos fatores Ansiedade, Estilo de vida não estimulante, Humor deprimido e estressores aumentou a chance de desenvolver Fadiga em 2,6 vezes (p=0,033), 3,2 vezes (p=0,017), 2,3 vezes (0,045) e 2,5 vezes (0,035), respectivamente. A hemoglobina foi significativamente menor na presença do DE Fadiga (p= 0,040). Por outro lado, os escores nas escalas do Distúrbio do sono (p= 0,030) e da Ansiedade (p=0,007) foram estatisticamente maiores na presença do DE Fadiga. Os pacientes com os fatores Aumento do nível de ureia; Anemia; Distúrbios do sono; Ganho de peso interdialítico; Baixo teor de sódio na solução de diálise; Humor deprimido; Ansiedade; Estilo de vida não estimulante; Falta de condicionamento físico; Aumento no esforço físico; Estressores; Barreiras ambientais; Evento de vida negativo; e Exigências do trabalho, tiveram um aumento da chance para o desenvolvimento de Fadiga de 1,008; 1,092; 1,114; 2,294; 7,333; 1,101; 1,109; 6,667; 3,273; 4,417; 5,222; 3,923; 3,666 e 2,833 vezes, respectivamente. A validação do diagnóstico de enfermagem Fadiga possibilitou avaliação dos seus elementos no contexto da Doença Renal Crônica, das respectivas definições, bem como reflexões sobre a taxonomia NANDA-I no contexto estudado.
Abstract: The aim of this study is to verify the validity of the nursing diagnosis Fatigue in patients with Chronic Kidney Disease based on two steps: content analysis and clinical validation. In the first stage, 31 specialist nurses in nursing diagnosis and/or nephrology participated, from January to March 2018, through a questionnaire. The etiological factors considered relevant to the nursing diagnosis Fatigue (CVI ≥ 0.80): Increased urea level; Anemia; Protein-calorie malnutrition; Sleep disorders; Neuromuscular disorders; Increased Pro- inflammatory Cytokines; Low sodium content in the dialysate; Depressed mood; Anxiety; Age. The following clinical indicators obtained CVI ≥ 0.80: Lethargy; Somnolence; Disinterest in the environment that surrounds him; Decreased attention span; Decreased patience; Change in concentration; Increased need for rest and malaise. Related to the clarity and precision of the definitions of the etiological factors, they presented CVIs ≤ 0.80: Anemia (clarity of the operational); Protein-caloric malnutrition (clarity and precision of the operational). All clinical indicators were considered clear and accurate. Clinical validation took place from September 2018 to January 2019, with 120 patients with Chronic Kidney Disease on hemodialysis, monitored in two reference services. The collection involved physical assessment and consultation of the medical record. For the analysis, the Latent Class method, the Chi-square test, Fisher's exact probability test, Odds Ratio, Kolmogorov-Smirnov tests, Levene's test, t test or Mann-Whitney test and a model of logistic regression. All recommendations of resolution no 466/2012 were complied with. The estimated prevalence of the nursing diagnosis Fatigue was 80.54%. The most frequent clinical indicators: Increased need for rest (74.2%); Drowsiness (71.7%); Alteration in Libido (59.2%); Introspection (55.0%); and Fatigue (54.2%). Indicators with high specificity values: Increased need for rest (0.9964); Decreased patience (0.9988); Lethargy (0.9999); and Impaired ability to maintain the usual level of physical activity (0.9999). The most frequent etiological factors: Increased urea level (95.8%); Anemia (71.7%); Increase in physical effort (54.2%); and Environmental 11 barriers (53.3%). The presence of Anxiety, Non-stimulating lifestyle, Depressed mood and stressors factors increased the chance of developing Fatigue by 2.6 times (p=0.033), 3.2 times (p=0.017), 2.3 times (0.045) and 2.5 times (0.035), respectively. Hemoglobin was significantly lower in the presence of the ND Fatigue (p= 0.040). On the other hand, the scores on the Sleep Disturbance (p= 0.030) and Anxiety (p=0.007) scales were statistically higher in the presence of the ND Fatigue. Patients with the factors Increased urea level; Anemia; Sleep disorders; Interdialytic weight gain; Low sodium content in the dialysis solution; Depressed mood; Anxiety; Non-stimulating lifestyle; Lack of physical conditioning; Increased physical exertion; Stressors; Environmental barriers; Negative life event; and Job Demands, had an increased chance of developing Fatigue of 1.008; 1.092; 1.114; 2.294; 7.333; 1.101; 1.109; 6.667; 3.273; 4.417; 5.222; 3.923; 3,666 and 2,833 times, respectively. The validation of the nursing diagnosis Fatigue allowed the evaluation of its elements in the context of Chronic Kidney Disease, of the respective definitions, as well as reflections on the NANDA-I taxonomy in the studied context.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69578
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