Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/68245
Tipo: Tese
Título: Validação clínica do diagnóstico de enfermagem padrão ineficaz de alimentação do lactente
Autor(es): Diniz, Camila Maciel
Orientador: Lopes, Marcos Venícios de Oliveira
Palavras-chave: Nutrição da Criança;Diagnóstico de Enfermagem;Estudo de Validação
Data do documento: 13-Jun-2022
Citação: DINIZ, C. M. Validação clínica do diagnóstico de enfermagem padrão ineficaz de alimentação do lactente. 2022. 133 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/68245. Acesso em: 15/09/2022.
Resumo: A comunicação entre enfermeiros é facilitada por meio de taxonomias de enfermagem. O uso de diagnósticos de enfermagem permite aos profissionais uma linguagem padronizada e objetiva. Contudo, algumas dificuldades são encontradas durante a utilização desses sistemas de classificações, o que coloca em risco o processo de inferência diagnóstica correto. No contexto de alimentação infantil, etiquetas diagnósticas apresentam limitações estruturais e conceituais, por exemplo o diagnóstico Padrão ineficaz de alimentação do lactente. Com isso, o desenvolvimento de estudos de validação clínica se faz importante para reduzir as lacunas e inconsistências observadas em diagnósticos de enfermagem. Assim, o objetivo do estudo é validar clinicamente o diagnóstico de enfermagem Padrão ineficaz de alimentação do lactente. Para isso, selecionaram-se lactentes entre um mês e 24 meses de vida, acompanhadas em uma instituição não-governamental especializada em atendimento à primeira infância em situação de vulnerabilidade social e alimentar. Realizou-se anamnese para obtenção de dados sociodemográficos, clínicos e subjetivos. O exame físico avaliou o quadro de saúde da criança, como peso para a idade, comprimento para a idade, IMC para a idade, marcos do desenvolvimento infantil, integridade de pele e mucosas, condições orais de alimentação (sucção, mastigação e deglutição). Os dados foram organizados em planilhas no software Excel e analisados com auxílio do programa estatístico R e SPSS. A análise descritiva foi realizada para obter as frequências absolutas, percentuais, medidas de tendência central e dispersão. Para a verificação da aderência à normalidade utilizou-se o teste Shapiro-Wilk. A acurácia dos indicadores clínicos foi obtida por meio da análise de classe latente. Ajustes nos modelos obtidos foram realizados a fim de encontrar aquele que melhor representasse o diagnóstico em estudo, considerando razão de verossimilhança superior a 0,5 para sensibilidade e/ou especificidade. O estudo das probabilidades posteriores foi realizado a fim de identificar a manifestação ou ausência do diagnóstico de acordo com o modelo de classe latente de melhor ajuste, considerando presente os valores acima de 50%. A análise dos fatores etiológicos se deu por meio de regressão logística (Teste de Wald). O estudo seguiu a normativa para realização de pesquisas com seres humanos e teve seu início após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará e da instituição elencada para a realização do estudo. A prevalência do diagnóstico foi de 23%. O indicador “Irritabilidade” apresentou maior valor de sensibilidade (90,3%). Os indicadores “Diarreia”, “Engasgo” e “Integridade de pele e mucosas inadequada” demonstraram maiores valores de especificidade (98,9%, 98,1% e 95,9%, respectivamente). Os fatores etiológicos relacionados à Padrão alimentar ineficaz do lactente foram “Deformidade orofaríngea”, “Hipersensibilidade oral”, “Refluxo gastresofágico” e “Idade materna”. Portanto, os elementos identificados como relevantes configuram uma nova organização para o diagnóstico de enfermagem Padrão ineficaz de alimentação do lactente, tornando-o mais bem relacionado ao contexto de padrão alimentar. Ademais, tais elementos são cabíveis de intervenções por parte do enfermeiro, exceto a idade materna.
Abstract: Communication between nurses is facilitated using nursing taxonomies. The use of nursing diagnoses allows professionals a standardized and objective language. However, some difficulties are encountered when using these classification systems, which jeopardizes the process of correct diagnostic inference. In the context of infant feeding, diagnostic labels have structural and conceptual limitations, for example the diagnosis Ineffective Infant Feeding Pattern. Thus, the development of clinical validation studies is important to reduce the gaps and inconsistencies observed in nursing diagnoses. Therefore, the objective of the study is to clinically validate the nursing diagnosis Ineffective infant feeding pattern. For this, infants between one month and 24 months of age were selected, followed up in a non-governmental institution specialized in early childhood care in situations of social and food vulnerability. Anamnesis was performed to obtain sociodemographic, clinical, and subjective data. The physical examination evaluated the child's health status, such as weight for age, length for age, BMI for age, child developmental milestones, skin and mucosal integrity, oral feeding conditions (sucking, chewing and swallowing). The data were organized in spreadsheets in Excel software and analyzed with the aid of the statistical program R and SPSS. Descriptive analysis was performed to obtain absolute frequencies, percentages, measures of central tendency and dispersion. To verify adherence to normality, the Shapiro-Wilk test was used. The accuracy of the diagnostic elements was obtained through latent class analysis. Adjustments to the models obtained were performed to find the one that best presents itself for the diagnosis under study, considering a likelihood ratio greater than 0.5 for sensitivity and/or specificity. The study of posterior probabilities was carried out to identify the manifestation or absence of the diagnosis according to the best-fit latent class model, considering values above 50% present. The analysis of etiological factors was carried out using logistic regression (Wald's test). The study followed the regulations for conducting research with human beings and began after approval by the Research Ethics Committee of the Federal University of Ceará and the institution listed for the study. The prevalence of diagnosis was 23%. The “Irritability” indicator showed the highest sensitivity value (90.3%). The indicators “Diarrhea”, “Choking” and “Inadequate skin and mucosal integrity” showed higher specificity values (98.9%, 98.1% and 95.9%, respectively). The etiological factors related to the infant's ineffective dietary pattern were "Oropharyngeal deformity", "Oral hypersensitivity", "Gastroesophageal reflux" and "Maternal age". Therefore, the elements identified as relevant configure a new organization for the nursing diagnosis Ineffective infant feeding pattern, making it better related to the dietary pattern context. Furthermore, such elements are suitable for interventions by nurses, except for maternal age.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/68245
Aparece nas coleções:DENF - Teses defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2022_tese_cmdiniz.pdf3,27 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.