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dc.contributor.advisorFontenele, Laéria Bezerra-
dc.contributor.authorNunes, Henrique Riedel-
dc.date.accessioned2022-08-17T12:41:18Z-
dc.date.available2022-08-17T12:41:18Z-
dc.date.issued2022-
dc.identifier.citationNUNES, Henrique Riedel. A estrutura psicótica e o laço social: o lugar do real na estruturação subjetiva e suas ressonâncias no coletivo. Orientadora: Laéria Bezerra Fontenele. 2022. 215 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67746-
dc.description.abstractThe present thesis investigates how the psychotic condition – considered in lacanian terms as out-of-discourse – can evidence the real’s topology in the psychic constitution and its resonances in collective life. This purpose was the corollary of a previous research trajectory in which aspects of psychosis linked to the superego, the Other and the foreclosure of the Name-of-the-Father were worked on. We came across, then, with the following questions: Would there be an floreclusive statute to the structure itself? Could we conceive in culture, in the social bond and consequently in the discourses something related to an out-of-discourse matrix such as the one attributed to who is structured as psychotic? We seek to identify, through what such structure can show, what is not assimilated from the real in the very process of psychic constitution and, consequently, persists returning from outside in the individual and collective fields. We undertook, then: the rescue of the conclusions and questions worked in our previous researches; a resumption of the works of Freud and Lacan and their clinical dimensions, in order to, with that, seek to collect what precipitates from the psychotic structure as a fact of structure; the reading of contributions from contemporary psychoanalysts, especially Alain Didier-Weill, regarding the problem of foreclosure in its connection with the voice and the superego, as well as in terms of the notion of unforgettable signifier and that of the deaf point, proposed by Jean-Michel Vives. Starting from the discussion about the anteriority of the symbolic as a precedent to subject’s advent, we explore different readings about the primordial operations of subjective constitution – such as: Bejahung, Ausstossung, Vewerfung – showing to what extent the speaking subject is constituted orbiting an extimity. We were able, from such reflections, to attribute to the superego the privileged condition of the return of the foreclosed, so that, through the voice – object of which the sender and receiver are confused – there is the exposure of the subject to a pure synchrony – characteristic of hallucination and fascination. We brought this discussion to the Other’s notion in the field of psychoses and its possible oppositions to collective life, starting from Lacan's 4 discourses as expressions of the social bond, as well as the fifth discourse - that of the capitalist. Finally, we make use of the idea of the discourse of stupidity, constituted from vociferations - a notion proposed by Mauro Mendes Dias – as a manifestation of a bond in collective life that points to the inhuman, that is, what is real irreducible to the subject constituted from language. There is, therefore, in some configurations of the mass, a freezing in front of a signifier, as evidenced by psychosis.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectPsicanálisept_BR
dc.subjectPsicosept_BR
dc.subjectDiscursopt_BR
dc.subjectLaço socialpt_BR
dc.subjectEstruturapt_BR
dc.subjectPsychoanalysispt_BR
dc.subjectPsychosispt_BR
dc.subjectSocial bondpt_BR
dc.titleA estrutura psicótica e o laço social: o lugar do real na estruturação subjetiva e suas ressonâncias no coletivopt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.description.abstract-ptbrA presente tese investiga como pode a condição psicótica – considerada em termos lacanianos como fora-do-discurso – evidenciar a topologia do real na constituição psíquica e suas ressonâncias na vida coletiva. Tal propósito foi o corolário de uma trajetória de pesquisa pregressa em que foram trabalhados aspectos da psicose ligados ao supereu, ao Outro e à foraclusão do Nome-do-Pai. Deparamo-nos, então, com os seguintes questionamentos: Haveria um estatuto foraclusivo à própria estrutura? Poderíamos conceber na cultura, no laço social e consequentemente nos discursos algo relacionado a uma matriz fora-do-discurso tal como aquela que é atribuída a todo aquele que é estruturado ao modo psicótico? Procuramos identificar, pelo que tal estrutura pode evidenciar, aquilo que do real não se assimila no próprio processo de constituição psíquica e, consequentemente, persiste retornando desde fora no campo do individual e do coletivo. Empreendemos, então: o resgate das conclusões e questões trabalhadas em nossas pesquisas anteriores; uma retomada das obras de Freud e de Lacan e de suas dimensões clínicas, para, com isso, buscar recolher aquilo que se precipita da estrutura psicótica enquanto um fato de estrutura; a leitura de contribuições de psicanalistas contemporâneos, com destaque para Alain Didier-Weill, no que concerne à problemática da foraclusão em sua conexão com a questão da voz e do supereu, bem como em função da noção de significante inesquecível e daquela de ponto surdo, proposta por Jean-Michel Vivès. Partindo da discussão sobre a anterioridade do simbólico enquanto precedente ao advento do sujeito, exploramos diferentes leituras acerca das operações primordiais de constituição subjetiva – tais como: Bejahung, Ausstossung, Vewerfung – evidenciando em que medida o sujeito falante se constitui orbitando uma extimidade. Pudemos, a partir de tais reflexões, atribuir ao supereu a condição privilegiada do retorno do foracluído, de modo que, por via da voz – objeto do qual emissor e receptor se confundem – há a exposição do sujeito a uma pura sincronia – característica da alucinação e da fascinação. Trouxemos essa discussão à questão do Outro no campo das psicoses e de suas contraposições possíveis à vida coletiva, partindo dos 4 discursos de Lacan enquanto expressões do laço social, bem como do quinto discurso – o do capitalista. Utilizamo-nos, por fim, da ideia do discurso da estupidez, constituído a partir das vociferações – noção proposta por Mauro Mendes Dias, como uma manifestação de um laço na vida coletiva que aponta para o inumano, isto é, aquilo que é o real irredutível ao sujeito constituído a partir da linguagem. Há, portanto, em algumas configurações da massa, um congelamento frente a um significante, tal como a psicose evidencia.pt_BR
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