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Tipo: Tese
Título: Estabilidade, avaliação clínica e microbiológica de dentifrício de própolis vermelha brasileira
Autor(es): Lotif, Mara Assef Leitão
Orientador: Fonteles, Marta Maria de França
Palavras-chave: Própole;Dentifrícios;Fluoretos;Saliva
Data do documento: 20-Mai-2022
Citação: LOTIF, M. A. L. Estabilidade, avaliação clínica e microbiológica de dentifrício de própolis vermelha brasileira. 2022. 71 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67727. Acesso em: 16/08/2022.
Resumo: Introdução: Moléculas bioativas de produtos naturais têm sido incorporadas em formulações odontológicas no intuito de prevenir ou tratar doenças orais. Um produto natural de grande interesse das indústrias farmacêutica e odontológica, é a própolis vermelha brasileira (PVB), tendo suas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas fortemente documentadas na literatura. Em dentifrícios, a incorporação da própolis permite a liberação do ativo no meio bucal diariamente. Objetivos: Avaliar a estabilidade in vitro e a eficácia clínica de um dentifrício desenvolvido com 1% de extrato de PVB em indivíduos sob tratamento ortodôntico. Material e Métodos: Essa pesquisa se dividiu em duas etapas. A primeira etapa buscou avaliar a estabilidade de diferentes formas de fluoreto no dentifrício PVB (número da patente BR1020170110974) formulado com 1450 μg/g F-. Assim, avaliou-se o fluoreto total (FT), o fluoreto solúvel total (FST) e o fluoreto iônico (FI). Para isso utilizou-se a técnica por potenciômetro, com eletrodo íon-específico, onde um total de 5 amostras foram analisadas, cada uma em duplicata e o equipamento calibrado com soluções padrão. As mesmas foram avaliadas em três diferentes tempos: amostras frescas, após 12 meses e 24 meses. A segunda etapa se tratou de um estudo clínico randomizado e duplo cego. Um total de 42 participantes, de idade entre 12 e 18 anos, com aparelho ortodôntico fixo, livres de cárie (ICDAS II= 0) e com bom estado sistêmico de saúde, foram randomizados em 2 grupos, G1 (dentifrício fluoretado PVB) e G2 (dentifrício fluoretado comum). Os indivíduos utilizaram o dentifrício por quatro semanas, a saliva foi coletada e o índice de placa visível (IPV) foi registrado durante dois períodos, baseline (D0) e 4 semanas após (D28). Para a análise microbiológica estabeleceu-se duas diluições, e as unidades formadoras de colônias (UFC) de Lactobacillus spp. foram identificadas e os valores expressos como log (UFC/mL). Resultados: Após 12 meses as amostras apresentaram concentração de FT variando de 1198.9 ± 26.9 a 1443.6 ± 33.4 ppm F, FST variando de 869.6 ± 105.5 a 965.8 ± 149.8 ppm F e FI variando de 223.5 ± 14.8 a 269.7 ± 10.1 ppm F. Após 24 meses de envelhecimento as amostras apresentaram concentração de FT variando de 763.5 ± 73.2 a 1083.1 ± 32.4 ppm F, FST variando de 552.3 ± 39.9 a 758.4 ± 141.1 ppm F e FI variando de 102.2 ± 4.0 a 174.7 ± 4.9 ppm F. No estudo clínico as contagens de UFC encontradas no G1 para a primeira diluição foi de 1,15 ± 0,41 no D0 e 0,68 ± 0,15 no D28 (p < 0,05) e para G2 foi 1,33 ± 0,52 no D0 e 1,84 ± 0,39 no D28 (p < 0,05). Para a segunda diluição encontrou-se para G1 0,87 ± 0,34 no D0 e 0,64 ± 0,37 no D28 (p < 0,05) e para G2 1,54 ± 0,47 no D0 e 1,62 ± 0,37 no D28 (p < 0,05). Os valores correspondentes do IPV para G1 e G2 foram 38,10 ± 17,95 no D0 e 20,60 ± 16,44 no D28 (p < 0,05), e 38,38 ± 19,65 no D0 e 27,40 ± 14,63 no D28 (p < 0,05), respectivamente. Conclusão: Os valores de fluoreto encontrados nas amostras frescas eram os esperados, porém a concentração foi diminuindo com o tempo de armazenamento. Os valores de FST permaneceram relativamente estáveis somente até um ano de envelhecimento. O dentifrício PVB apresentou atividade antimicrobiana contra Lactobacillus spp. e diminuição do IPV em até 4 semanas de uso. Resultados encorajadores foram encontrados, mas são necessários mais ensaios clínicos, randomizados e controlados para avaliar o uso a longo prazo do dentifrício PVB e seu papel na prevenção da cárie dentária e doenças periodontais.
Abstract: Introduction: Bioactive molecules from natural products have been incorporated into dental formulations in order to prevent or treat oral diseases. A natural product of great interest to the pharmaceutical and dental industries is Brazilian red propolis (BRP), with its antiinflammatory and antimicrobial properties strongly documented in the literature. In toothpastes, the incorporation of propolis allows the release of the active in the oral environment daily. Objectives: To evaluate the in vitro stability and clinical efficacy of a dentifrice developed with 1% BRP extract in individuals undergoing orthodontic treatment. Material and Methods: This research was divided into two stages. The first stage aimed to evaluate the stability of different forms of fluoride in BRP toothpaste (patent number BR1020170110974) formulated with 1450 μg/g F-. Thus, total fluoride (TF), total soluble fluoride (TSF) and ionic fluoride (IF) were evaluated. For this, the potentiometer technique was used, with ion-specific electrode, where a total of 5 samples were analyzed, each one in duplicate and the equipment calibrated with standard solutions. They were evaluated at three different times: fresh samples, after 12 months and 24 months. The second stage was a randomized, double-blind clinical study. A total of 42 participants, aged between 12 and 18 years, with fixed orthodontic appliances, free from caries (ICDAS II= 0) and with good systemic health status, were randomized into 2 groups, G1 (BRP fluoride toothpaste) and G2 (common fluoride toothpaste). Subjects used the toothpaste for four weeks, where saliva was collected and the visible plaque index (VPI) was recorded during two periods, baseline (D0) and 4 weeks later (D28). For the microbiological analysis, two dilutions were established, and the colony forming units (CFU) of Lactobacillus spp. were identified and the values expressed as log (CFU/mL). Results: After 12 months the samples showed TF concentration ranging from 1198.9 ± 26.9 to 1443.6 ± 33.4 ppm F, TSF ranging from 869.6 ± 105.5 to 965.8 ± 149.8 ppm F and IF ranging from 223.5 ± 14.8 to 269.7 ± 10.1 ppm F. After After 24 months of aging, the samples showed TF concentration ranging from 763.5 ± 73.2 to 1083.1 ± 32.4 ppm F, TSF ranging from 552.3 ± 39.9 to 758.4 ± 141.1 ppm F and IF ranging from 102.2 ± 4.0 to 174.7 ± 4.9 ppm F. In the study clinically, the CFU counts found in G1 for the first dilution were 1.15 ± 0.41 at D0 and 0.68 ± 0.15 at D28 (p < 0.05) and for G2 it was 1.33 ± 0, 52 at D0 and 1.84 ± 0.39 at D28 (p < 0.05). For the second dilution, it was found for G1 0.87 ± 0.34 at D0 and 0.64 ± 0.37 at D28 (p < 0.05) and for G2 1.54 ± 0.47 at D0 and 1.62 ± 0.37 at D28 (p < 0.05). The corresponding VPI values for G1 and G2 were 38.10 ± 17.95 at D0 and 20.60 ± 16.44 at D28 (p < 0.05), and 38.38 ± 19.65 at D0 and 27, 40 ± 14.63 at D28 (p < 0.05), respectively. Conclusion: The fluoride values found in the fresh samples were as expected, but the concentration decreased with storage time. TSF values remained relatively stable only up to one year of aging. The BRP toothpaste showed antimicrobial activity against Lactobacillus spp. and decrease the VPI in up to 4 weeks of use. Encouraging results were found, but more clinical, randomized, controlled trials are needed to assess the long-term use of BRP toothpaste and its role in preventing dental caries and periodontal disease.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67727
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