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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/67497
Tipo: | Dissertação |
Título: | Dor lombar incapacitante em crianças e adolescentes |
Autor(es): | Silva, Tuyra Francisca Castro e |
Orientador: | Moraleida, Fabianna Resende de Jesus |
Coorientador: | Nunes, Ana Carla Lima |
Palavras-chave: | Adolescente;Dor Lombar;Modelos Biopsicossociais;Pais |
Data do documento: | 15-Jul-2022 |
Citação: | SILVA, Tuyra Francisca Castro e. Dor lombar incapacitante em crianças e adolescentes. 2022. 128 f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia e Funcionalidade) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67497. Acesso em: 02/08/2022. |
Resumo: | A dor lombar (DL) está entre as dez principais causas de incapacidade em crianças e adolescentes; entretanto, desfechos relacionados à DL incapacitante ainda são pouco explorados nessa população. Este estudo teve como objetivo investigar a DL incapacitante em crianças e adolescentes. Foram desenvolvidos dois produtos. O produto 1, uma revisão sistemática, objetivou identificar medidas de desfecho relatados pelo paciente (PROM) que avaliam incapacidade em crianças e adolescentes com DL, analisar a adesão à Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), caracterizar as propriedades de medida desses PROMs. As bases Pubmed, Embase e CINAHL foram consultadas. Oito PROMs foram identificados nos 23 estudos incluídos. Os conceitos estavam concentrados no domínio atividades, seguido pelos domínios estrutura e função do corpo e fatores ambientais, não houveram conceitos vinculados ao domínio fatores pessoais. Dos PROMs incluídos, apenas dois eram testados nessa população. A maioria dos PROMs incluídos (75%) que avaliam incapacidade em crianças e adolescentes com DL possuem conceitos vinculados aos domínios da CIF, com exceção de fatores pessoais, entretanto há limitação quanto à validação desses PROMs para a população infanto-juvenil. O produto 2, com delineamento transversal, incluiu 777 crianças e adolescentes de escolas públicas de Fortaleza-Ceará. Os responsáveis autorizaram a participação dos estudantes e responderam a questionários. A variável dependente foi DL incapacitante e as variáveis independentes: intensidade da dor; quantidade de locais dolorosos; sintomas psicossomáticos; percepção do peso da mochila; concordância sobre os relatos de dor; frequência de atividade esportiva; tempo de uso de dispositivos eletrônicos e distúrbios do sono. Foram realizadas análise descritiva, comparativa e regressões logísticas para analisar a associação entre DL incapacitante e as variáveis anteriormente citadas. Ao comparar os participantes com e sem DL incapacitante, aqueles com dor tiveram piores medidas para intensidade de dor (p<0.001), quantidade de locais dolorosos (p<0.001), sintomas psicossomáticos (p<0.001), distúrbios do sono (0.003), mochila foi percebida muito pesada com mais frequência (p=0.004) e seus responsáveis concordavam menos sobre o relato de dor (p<0.001). As variáveis biofísicas maior intensidade de dor (OR = 1.32[IC95% 1.14-1.53], p<0.001), maior quantidade de locais dolorosos (OR = 2.50[IC95% 1.58-3.95], p<0.001) aumentaram a chance de ocorrência da DL incapacitante e a variável social concordância sobre os relatos de dor (OR = 0.11[IC 95% 0.05-0.24], p<0.001) reduziu a chance de ocorrência da DL incapacitante, não houve associação das demais variáveis. Clínicos e pesquisadores ao escolherem um instrumento conforme os objetivos propostos na avaliação da incapacidade relacionada à DL devem estar cientes quanto aos domínios cobertos e não cobertos pelo instrumento segundo a CIF e quanto à validade para a população pediátrica para uma avaliação centrada na criança e no adolescente. Da mesma maneira, estes profissionais, pais, educadores deste público devem compreender a DL incapacitante em crianças e adolescentes para, em conjunto, gerenciar esta queixa na tentativa de reduzir seu impacto. |
Abstract: | Low back pain (LBP) is among the top ten causes of disability in children and adolescents, however, outcomes related to disabling LBP are still poorly explored in this population. The study aimed to investigate disabling LBP in children and adolescents in northeastern Brazil. Two products were developed. Product 1 consisted of a systematic review that aimed to identify Patient‐Reported Outcome Measures (PROMs) that assess disability in children and adolescents with LBP, analyze adherence to the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF), and characterize the measurement properties of these PROMs. We identified eight PROMs in the 23 included studies. There was concentration of concepts in the domain activities, followed by the domains of body structure and function and environmental factors, however there were no concepts linked to the domain of personal factors. Only two PROMs were tested in this population among those included. Most of the PROMs included (75%) that propose to assess disability in children and adolescents with LBP have concepts linked to the ICF domains, with the exception of the personal factors domain, however there is a limitation regarding the validation of the PROMs for the pediatric population. Product 2, a cross-sectional study, included 777 children and adolescents from public schools in Fortaleza-Ceará. Guardians authorized the participation of children and adolescents and answered questionnaires. The dependent variable was disabling LBP and independent variables: pain intensity; number of painful sites; psychosomatic symptoms; backpack weight perception; agreement on pain reports; frequency of the sports activities; time of use of electronic devices and sleep disorders. Descriptive and comparative analysis and logistic regressions were performed to analyze the association between disabling LBP and the previously variables. When comparing participants with and without disabling LBP, we noticed worse measures for pain intensity (<0.001), number of painful sites (<0.001), psychosomatic symptoms (<0.001), sleep disorders (0.003), backpack perceived as too heavy more often (0.004) and their guardians agreed less about pain reporting (<0.001) in those with disabling LBP. The biophysical variables greater pain intensity (OR = 1.32[95%CI 1.14-1.53], p<0.001), greater number of painful sites (OR = 2.50[95%CI 1.58-3.95], p<0.001) increased the chance of occurrence of disabling LBP and the social variable agreement on pain reports (OR = 0.11[CI 95% 0.05-0.24], p<0.001) reduced the chance of occurrence of disabling LBP, there was no association of the other variables. Clinicians and researchers when choosing a PROM that meets the proposed objectives in the assessment of disability related to LBP should be aware of the domains covered and not covered by the PROM according to the ICF and as well as the validity of the PROM for the population for a child- and adolescent-centered assessment. In the same way, these professionals, parents, educators of this public must understand the disabling LBP in children and adolescents to help them manage this complaint. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67497 |
Aparece nas coleções: | PPGFISIO - Dissertações defendidas na UFC |
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