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Tipo: Tese
Título: Evidências empíricas da obesidade para o Brasil
Autor(es): França, Natália Cecília de
Orientador: França, João Mário Santos de
Coorientador: Campelo, Guaracyane Lima
Palavras-chave: Obesidade;IMC;Desigualdade Social;Decomposição Interquantílica;Decomposição Oaxaca Blinder ampliada
Data do documento: 2019
Citação: FRANÇA, Natália Cecília de. Evidências empíricas da obesidade para o Brasil. 2019. 108f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade - FEAAC, Programa de Pós-Graduação em Economia - CAEN, Universidade Federal do Ceará - UFC, Fortaleza (CE), 2019.
Resumo: A presente tese compreende três capítulos que analisam a obesidade e o Índice de Massa Corporal (IMC) da população adulta brasileira sob diferentes perspectivas. Para tanto, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O primeiro capítulo foca na desigualdade social em obesidade, mensurada por meio da adaptação dos Índices Absolutos de Pobreza propostos por Foster et al. (1984). A desigualdade social foi medida pelos índice de concentração (IC) e índice de desigualdade horizontal (HI). Por fim, procedeu-se a decomposição do IC de Wagstaff et al. (2001). Os resultados evidenciam uma maior prevalência de obesidade entre as mulheres, sendo o fenômeno mais intenso e severo nesse grupo populacional. Além disso, as medidas de obesidade se concentram entre os homens mais ricos e as mulheres mais pobres. O segundo capítulo analisa o diferencial do IMC entre as áreas urbana e rural. Inicialmente, implementou-se o método da distribuição relativa proposto por Handcock e Morris (1998). Ademais, é utilizada a decomposição quantílica baseado em regressões de Função Influência Recentrada (RIF) apresentado por Firpo et al. (2007), que possibilita uma análise em diferentes pontos da distribuição de probabilidade do IMC. Os resultados mostram que as áreas urbanas sofrem mais com problemas de obesidade. De um modo geral, a decomposição revela que, entre os homens, as diferenças em termos do nível de escolaridade, das condições domiciliares e do tipo de trabalho foram fundamentais para explicar o diferencial no IMC. Já para as mulheres, destacam-se as discrepâncias sobre o tipo de trabalho, atividade física e alimentação saudável. Finalmente, no capítulo 3 é feita uma avaliação do diferencial no IMC entre homens e mulheres. Implementou-se, nas estimações, o método do Lasso proposto por Tibshirani (1996). Além disso, é empregada a decomposição Oaxaca Blinder ampliada, que, como em Ñopo (2008), incorpora um efeito não pareado decorrente daquelas covariadas inerentes a cada grupo. Educação afeta homens e mulheres de maneira diferente, sendo fator de risco entre os primeiros e fator de proteção entre as últimas. Os resultados da decomposição mostram que o efeito estrutura tem grande peso no hiato do IMC entre os dois grupos. Pobreza multidimensional, idade e prática de atividade física são as variáveis com maior influência positiva nesse efeito. Além disso, diferenças nas variáveis peculiares a cada sexo contribuem para a redução desse diferencial.
Abstract: The present thesis comprises three chapters that analyze obesity and BMI of Brazilian adult population from different perspectives. For this, data from PNS 2013, made by IBGE, were used. The first chapter focuses on social inequality in obesity, measured by adapting the Absolute Poverty Indexes proposed by Foster et al. (1984). Social inequality was measured by concentration index (CI) and horizontal inequality index (HI). Finally, the IC was decomposed using Wagstaff et al. (2001) method. The results show a higher prevalence of obesity among women, being the most intense and severe phenomenon in this population group. Furthermore, obesity measures are concentrated among the richest men and the poorest women. The second chapter analyzes the BMI differential between urban and rural areas. Initially, the method of relative distribution proposed by Handcock e Morris (1998) was implemented. In addition, we use the decomposition based on regressions of RIF as presented by Firpo et al. (2007), which enables an analysis at different points in the distribution of probability of BMI. The results show that urban areas suffer more from obesity problems. In general, the decomposition reveals that, among men, the differences in terms of the level of schooling, and the type of work were fundamental to explain the differential in BMI. For women, there are discrepancies in the type of work, physical activity, and healthy eating. Finally, in Chapter 3, a differential assessment of BMI between men and women is made. The Lasso method proposed by Tibshirani (1996) was implemented in the estimations. In addition, the extended Oaxaca Blinder decomposition is employed, which incorporates a non-paired effect resulting from those covariates inherent in each group. Education affects men and women differently, being a risk factor among the former and a factor of protection between the latter. The decomposition results show that the structure effect has great weight in the BMI gap between the two groups. Multidimensional poverty, age and practice of physical activity are the variables with the greatest positive influence on this effect. In addition, differences in the gender-specific variables contribute to the reduction of this differential.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/66946
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