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Tipo: Dissertação
Título: Evolução dos custos da cesta básica na cidade de Fortaleza
Autor(es): Souza, Jane Mary Gondim de
Orientador: Reis, José Newton Pires
Palavras-chave: Cesta básica - Custos;Cesta básica - Comercialização
Data do documento: 1998
Citação: SOUZA, Jane Mary Gondim de. Evolução dos custos da cesta básica na cidade de Fortaleza. 1998. 142 f. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1998. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/66048. Acesso em: 24 jun. 2022.
Resumo: Este trabalho teve como objetivo estudar o comportamento do custo da cesta básica na cidade de Fortaleza, no período de janeiro de 1985 a junho de 1997. A cesta básica é composta dos seguintes itens: carne bovina (4,5 kg), arroz maranhão (3,6 kg), feijão mulatinho (4,5 kg), leite tipo C ( 6 L), açúcar granulado (3,0 kg), café em pó (0,3 kg), margarina-pote (0,75 kg), farinha de mandioca (3,0 kg), óleo de algodão (0,36 |), pão (6,0 kg), banana (7,5 dz) e tomate (12 kg). Foram estimadas as curvas sazonais para a cesta básica e para todos os produtos que a compõem, com a finalidade de se conhecer como se comportaram seus preços ao longo do ano. Produtos como feijão, arroz, café, óleo e pão não apresentaram característica sazonal para os preços de varejo, sendo estes muito irregulares durante o ano. Os demais produtos da cesta (carne, leite, açúcar, margarina, farinha de mandioca, banana e tomate) mostraram padrão sazonal bem definido. A cesta básica em Fortaleza apresentou preços muito sensíveis às variações sazonais, com tendência de elevação no primeiro semestre; ponto máximo em junho decrescendo no segundo semestre, coincidindo com o período de safra da maioria dos produtos agrícolas no Ceará. O preço mais baixo para a cesta ocorreu em setembro. Analisou-se também a importância relativa dos produtos no custo da cesta básica, destacando-se, como principais produtos na composição do custo total da cesta, a carne bovina, o pão e o tomate, que representaram cerca de 64% do custo total. Os seis produtos de menor importância no custo da cesta (arroz, café, açúcar, farinha, margarina e óleo) representaram, em média, cerca de 15% do custo total. Constatou-se uma tendência de queda na participação relativa desses produtos, enquanto os seis primeiros aumentaram sua participação. As margens de comercialização foram calculadas para o período de janeiro de 1994 a junho de 1997 e oscilaram entre 46% e 66% do custo no varejo. A escolha desse intervalo para o cálculo das margens deveu-se, sobretudo, à sua importância no cenário nacional, o qual contemplou a introdução da estabilidade econômica após a implantação do Plano Real. Nos seis meses anteriores ao Plano Real, as margens de comercialização foram crescentes, devido, em parte, às expectativas com relação ao Plano, quando os varejistas aumentaram os preços do produto em cerca de 19% no período, enquanto os preços ao produtor caíram. Após a implantação do Plano Real e até maio de 1995, as margens foram decrescentes, devendo-se, em grande parte, à tentativa do governo de manter os preços estáveis, mas sem tabelamento. Para isso, o governo adotou uma política, cuja principal estratégia foi a importação de produtos agrícolas subsidiados, comprometendo, assim, a competitividade dos produtos agrícolas nacionais e submetendo-os a uma concorrência no abastecimento interno. Os varejistas foram forçados a estabilizar seus preços, diminuindo, assim, a margem. Após esse período, as margens voltaram a crescer, o que pode ser explicado pela queda dos preços da cesta no produtor ( 40%), maior do que a queda dos preços no varejo (25%). Foi analisado o poder de compra do salário minimo, onde constatou-se que o intervalo de maior poder aquisitivo com relação a cesta básica, foi de 1985 a 1989, quando a média de cestas que se podia comprar com um salário mínimo era 1,7. A cesta básica nesse período absorvia o equivalente, em média, a 60% do salário minimo. No intervalo de janeiro de 1990 a junho de 1994, o poder aquisitivo caiu, apresentando uma variação negativa de 36%, quando o salário passou a comprar 1,59 cestas. Somente a partir da estabilização da economia, observou-se uma tendência crescente do poder de compra do consumidor, mas não conseguindo, ainda, atingir o patamar do início do período. A queda nos preços dos produtos da cesta básica e o crescimento do salário mínimo decorrente dos aumentos de maio de 1995 e maio de 1996 contribuíram para o aumento do poder de compra, resultando em melhoria no consumo de alimentos básicos, supondo-se que houve também avanço qualitativo na cesta de alimentos da população de baixa renda, favorecido por um maior poder de compra.
Descrição: Este documento está disponível online com base na Portaria nº 348, de 08 de dezembro de 2022, disponível em: https://biblioteca.ufc.br/wp-content/uploads/2022/12/portaria348-2022.pdf, que autoriza a digitalização e a disponibilização no Repositório Institucional (RI) da coleção retrospectiva de TCC, dissertações e teses da UFC, sem o termo de anuência prévia dos autores. Em caso de trabalhos com pedidos de patente e/ou de embargo, cabe, exclusivamente, ao autor(a) solicitar a restrição de acesso ou retirada de seu trabalho do RI, mediante apresentação de documento comprobatório à Direção do Sistema de Bibliotecas
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/66048
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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