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Tipo: Dissertação
Título: O papel da ecocardiografia transtorácica na avaliação do acidente vascular cerebral isquêmico e do ataque isquêmico transitório
Autor(es): Cidrão, Alan Alves de Lima
Orientador: Rocha, Eduardo Arrais
Palavras-chave: AVC Isquêmico;Ataque Isquêmico Transitório;Ecocardiografia
Data do documento: 2022
Citação: CIDRÃO, A. A. de L. O papel da ecocardiografia transtorácica na avaliação do acidente vascular cerebral isquêmico e do ataque isquêmico transitório. 2022. 36 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Cardiovasculares) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64376. Acesso em: 11 mar. 2022.
Resumo: A definição do mecanismo do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou ataque isquêmico transitório (AIT) e a instituição da profilaxia secundária adequada são essenciais para evitar a recorrência do evento. Apesar de comumente utilizado, o uso rotineiro do ecocardiograma neste cenário tem sido questionado. Estudo do tipo coorte, prospectivo, conduzido entre abril/2020 e abril/2021, em um hospital público terciário, que objetivou avaliar o ecocardiograma transtorácico (ECOTT) como modificador de conduta clínica, com ênfase na determinação da profilaxia medicamentosa secundária - indicação de anticoagulação em detrimento da antiagregação em pacientes com AVC isquêmico e AIT. Os objetivos secundários foram determinar a frequência de condições clínicas e alterações ecocardiográficas e suas associações com os mecanismos relacionados ao AVC isquêmico. As variáveis foram comparadas pelos testes do qui-quadrado e exato de Fisher, além do teste de Kruskal-Wallis e da curva ROC. O valor significativo de p foi < 5%. Foram analisados 330 casos (93%) de AVC isquêmico e 25 (7%) de AIT, sendo 75 (21,1%) cardioembólicos. Em 12 pacientes (3,4%) houve indicação de anticoagulação por critérios ecocardiográficos. Em outros 44 pacientes (12,4%), o ECOTT identificou alterações que resultaram em otimização ou redirecionamento de terapêutica. Das variáveis categóricas, apenas a história de cardiopatia, 51 (14,4%), associou-se a mecanismo específico - cardioembolismo (p<0,01). Em relação às variáveis quantitativas, o grupo cardioembolismo teve maior idade, maiores índices de massa, diâmetros sistólico e diastólico do ventrículo esquerdo, volumes e diâmetros do átrio esquerdo e menores frações de ejeção (p<0,01). Comparado aos grupos cardioembolismo e aterosclerose de grandes artérias, a escala de AVC (NIHSS) foi menor no grupo oclusão de pequenas artérias (p<0,01). As demais comparações não resultaram em diferenças significativas. Ao testarmos as variáveis ecocardiográficas e o desfecho de Fibrilação atial/Flutter atrial através da Curva ROC, o volume (AUC: 0.807) e o diâmetro do átrio esquerdo (AUC: 0.805) tiveram os melhores desempenhos. O ECOTT identificou alterações significativas em 15,8% dos pacientes e foi fundamental na definição da anticoagulação numa proporção de 3,4 % dos casos. As variáveis clínico-demográficas não se relacionaram com mecanismos específicos, à exceção da história de cardiopatia que, assim como as variáveis ecocardiográficas estudadas, mostrou relacionarse ao cardioembolismo. Das variáveis ecocardiográficas, apenas o volume e o diâmetro do átrio esquerdo tiveram boa capacidade de predizer Fibrilação atrial/Flutter atrial.
Abstract: Defining the mechanism of ischemic stroke or transient ischemic attack (TIA) and instituting adequate secondary prophylaxis are essential to prevent recurrence of the event. Despite being commonly used, the routine use of echocardiography in this scenario has been questioned. Prospective cohort study, conducted between April/2020 and April/2021, in a tertiary public hospital, which aimed to evaluate the transthoracic echocardiogram (TTE) as a modifier of clinical conduct, with emphasis on the determination of secondary drug prophylaxis - indication of anticoagulation in detriment of antiaggregation in patients with ischemic stroke and TIA. The secondary objectives were to determine the frequency of clinical conditions and echocardiographic alterations and their associations with the mechanisms related to stroke. The variables were compared using the chi-squared and Fisher's exact tests, in addition to the Kruskal-Wallis test and the ROC curve. The significant p value was < 5%. Were analyzed 330 cases (93%) of ischemic stroke and 25 (7%) of TIA, 75 (21,1%) of which were cardioembolic. In 12 patients (3,4%) anticoagulation was indicated by echocardiographic criteria. In another 44 patients (12,4%), the TTE identified alterations that resulted in therapy optimization or redirection. Of the categorical variables, only the history of heart disease, 51 (14,4%), was associated with a specific mechanism - cardioembolism (p<0.01). Regarding quantitative variables, the cardioembolism group had older age, higher mass index, left ventricular systolic and diastolic diameters, left atrial volumes and diameters, and lower ejection fractions (p<0.01). Compared to the cardioembolism and large artery atherosclerosis groups, the stroke scale (NIHSS) was lower in the small artery occlusion group (p<0.01). The other comparisons did not result in significant differences. When testing echocardiographic variables and Atrial Fibrilation/Atrial Flutter outcome using the ROC curve, left atrial volume (AUC: 0.807) and diameter (AUC: 0.805) performed the best. The TTE identified significant alterations in 15,8% of the patients and was fundamental in the definition of anticoagulation in a proportion of 3,4% of the cases. The clinical-demographic variables were not related to specific mechanisms, with the exc-eption of the history of heart disease, which, like the echocardiographic variables studied, was shown to be related to cardioembolism. Of the echocardiographic variables, only the volume and the diameter of the left atrium had a good ability to predict Atrial Fibrillation/Atrial Flutter.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64376
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