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Tipo: Artigo de Periódico
Título: A indignação política e a indignação epistêmica: convergências e diferenças
Título em inglês: The ressignification of human rights: decolonizing art, potentiating imaginaries
Autor(es): Freitas, Raquel Coelho de
Palavras-chave: Indignação epistêmica;Protestos sociais;Conhecimento;Emoção;Direito
Data do documento: Jan-2020
Instituição/Editor/Publicador: NOMOS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC
Citação: FREITAS, R.C. A indignação política e a indignação epistêmica: convergências e diferenças. NOMOS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, Fortaleza, v.40, n.1, jan./jun.2020, p.203-222.
Resumo: Este artigo busca compreender a indignação dos protestos políticos ocorridos em várias partes do mundo entre 2011-2013, em sua base analítica e política, com suas características, objetivos, e sua relação com a teoria crítica e com o direito, e como ela se aproxima ou se distancia da indignação encontrada nos pesquisadores da academia que investigam temas jurídicos afins. Em um propósito mais amplo, busca refletir sobre a influência ou papel que a indignação exerce no processo de construção do conhecimento sobre os direitos dos grupos minoritários e/ou pessoas com cidadanias fragilizadas. Para isso, utiliza-se o referencial teórico sociojurídico de Boaventura de Sousa Santos sobre a indignação, bem como o das epistemologias do Sul, e suas aproximações e diferenças teóricas e metodológicas à indignação epistêmica. Seriam as diferenças substanciais? Os ambientes em que se manifestam as indignações políticas e epistêmicas trazem alguma influência sobre os manifestantes políticos e os pesquisadores? E como canalizam suas indignações para as instituições e para o direito? A diferença está em conceitos diferenciados que cada grupo possa ter sobre a indignação, ou no modo como ela é expressada nas manifestações políticas e na academia? Para o modelo de ciência atual, a indignação epistêmica estaria presente em toda a construção do conhecimento sobre o direito das minorias, ou seria identificada apenas como um pré-conhecimento reconhecido pelas Epistemologias do Sul? Sem pretensão de esgotar as respostas nessas reflexões preliminares, o trabalho divide-se em três partes: na primeira, procura-se identificar as características da indignação política nos protestos e sua repercussão na indignação epistêmica; na segunda, há uma breve reflexão sobre a relação das revoltas de indignação e da indignação epistêmica com a teoria crítica e o direito; e, na terceira, busca-se uma aproximação da indignação epistêmica a uma convergência de sentidos com as Epistemologias do Sul. Dentre as conclusões alcançadas, compreende-se que quando a indignação chega à academia, parece estar relacionada tanto aos processos e práticas políticas e jurídico-institucionais que envolvem os grupos minoritários, quanto à aparente incapacidade do pesquisador em traduzir esses processos em conhecimentos válidos, e com potencial transformador da realidade dos sujeitos investigados.
Abstract: This article seeks to understand the emotion of indignation of political protests in various parts of the world between 2011-2013, in its analytical and political basis, with its characteristics, objectives, and its relation to critical theory and law, and how it approaches or distances itself from the indignation found in academy researchers who investigate related issues. In a broader purpose, it seeks to reflect on the influence or role that indignation exerts in the process of building knowledge about the rights of minority groups and / or people with weakened citizenship. For this, the socio-legal theoretical framework of Boaventura de Sousa Santos on the indignation is used, as well as the epistemologies of the South, in order to understand the theoretical and methodological differences to the epistemic indignation. Are the differences substantial? Do environments in which political and epistemic indignation manifest influence on political demonstrators and researchers? And how do they channel their indignation to institutions and to law? Is the difference in differentiated concepts that each group may have of indignation, or in the way it is expressed in political manifestations and academy? For the current science model, would epistemic indignation be present in the whole construction of knowledge, or would it be present only as a pre-knowledge recognized by Southern Epistemologies? Without pretension to exhaust the answers in these preliminary reflections, the work is divided in three parts: in the first one, where one tries to identify the characteristics of the political indignation in the protests and its repercussion in the epistemic indignation; in the second, there is a brief reflection on the relation of the revolts of indignation and of the epistemic indignation with the critical theory and the right. And, in the third part, one seeks an approach of epistemic indignation to a convergence of meanings with the Epistemologies of the South.Among the conclusions, it is understood that when the indignation reaches the academy, it seems to be related to both the political and legal-institutional processes and practices involving minority groups, and to the apparent inability of the researcher to translate these processes into valid knowledge, and with transformative potential of the reality of the investigated subjects.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62202
ISBN: 1807-3840
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