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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Agosto, de Rubem Fonseca: entre o romance histórico e a metaficção historiográfica
Título(s) alternativo(s): Agosto, de Rubem Fonseca: entre la novela histórica y la metaficción historiográfica
Autor(es): Fraccari, Sabrina Ferraz
Santos, Pedro Brum
Palavras-chave: Literatura Brasileira;História;Era Vargas
Data do documento: 2021
Instituição/Editor/Publicador: Revista Entrelaces
Citação: FRACCARI, Sabrina Ferraz; SANTOS, Pedro Brum. Agosto, de Rubem Fonseca: entre o romance histórico e a metaficção historiográfica. Revista Entrelaces, Fortaleza, v. 13, n. 25, p. 275-294, jul./set. 2021.
Resumo: O romance Agosto, de Rubem Fonseca, reconstitui os eventos ocorridos no fim da era Vargas, no mês de agosto de 1954, retratados pela História oficial. Porém, ao apontar a construção dos diferentes discursos que entram em disputa no momento histórico em questão, ressalta a fragilidade dos conceitos de verdade e da própria noção objetiva de História. Por isso, tendo por base as considerações de Lukács (1966) sobre o romance histórico, e de Hutcheon (1991) acerca da chamada metaficção historiográfica, o principal objetivo deste estudo consiste em situar Agosto entre ambas as definições, ora incorporando elementos definidos por um teórico, ora refletindo elementos elencados pelo outro. A construção das personagens, especialmente do comissário Mattos e de Getúlio Vargas, bem como, o realismo praticado por Fonseca, constituem os principais pontos que impedem Agosto de ser considerado uma metaficção historiográfica. Em contrapartida, ao revelar as inconsistências de uma pretensa noção objetiva de História, o romance de Fonseca também não reflete por completo as características do romance histórico definidas por Lukács (1966). Assim sendo, a composição do romance, entremeando elementos do modelo clássico de romance histórico com processos de questionamento, sobretudo da História, atesta, deste modo, a maleabilidade e capacidade de renovação do gênero.
Resumen: La novela Agosto, de Rubem Fonseca, recompone los acontecimientos ocurridos en el fin de la era Vargas, en el mes de agosto de 1954, retratados por la Historia oficial. Sin embargo, al apuntar la construcción de los distintos discursos que se ponen en contienda en el momento histórico en cuestión, resalta la fragilidad de los conceptos de verdad y de la noción objetiva de Historia. Por eso, a partir de las consideraciones de Lukács (1966) sobre la novela histórica, y de Hutcheon (1991) acerca de la llamada metaficción historiográfica, el principal objetivo de este estudio es situar Agosto entre las dos definiciones, a veces incorporando elementos definidos por un teórico, a veces reflejando elementos listados por el otro. La construcción de los personajes, especialmente del comisario Mattos y de Getúlio Vargas, junto al realismo practicado por Fonseca, constituyen los principales puntos que imposibilitan que Agosto sea considerado una metaficción historiográfica. Por otro lado, al revelar las inconsistencias de la supuesta noción objetiva de Historia, la novela de Fonseca también no refleja de todo las características de la novela histórica definidas por Lukács (1966). De este modo, la composición de la novela, intercalando elementos del modelo clásico de la novela histórica con procesos de cuestionamiento, sobre todo de la Historia, atesta, de este modo, la maleabilidad y capacidad de renovación del género.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61197
ISSN: 2596-2817 (online)
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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