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Tipo: Tese
Título: Gênero e carnavalização na tetralogia obscena de Hilda Hilst: o alto e o baixo em prol da desconstrução
Autor(es): Cavalcante, Nathalie Sá
Orientador: Lima, Stélio Torquato
Palavras-chave: Tetralogia obscena;Hilda Hilst;Gênero;Carnavalização;Desconstrução;Obscene tetralogy;Gender;Carnavalization;Deconstruction
Data do documento: 2021
Citação: CAVALCANTE, Nathalie Sá. Gênero e carnavalização na tetralogia obscena de Hilda Hilst: o alto e o baixo em prol da desconstrução. Orientador: Stélio Torquato Lima. 2021. 193 f. - Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: Este trabalho se caracteriza pela análise comparativa, à luz dos estudos de gênero, da carnavalização e da desconstrução, da tetralogia obscena de Hilda Hilst, composta pelas obras O caderno rosa de Lori Lamby (1990), Contos d’escárnio (1990), Cartas de um sedutor (1991) e Bufólicas (1992). Para tanto, recorremos, como suporte teórico, a conceitos centrais da Crítica Literária Feminista e de discussões em torno da natureza da literatura contemporânea e da literatura obscena. Observou-se ainda como a vida íntima de Hilda e suas obras produzidas desde 1950 são coerentes com a produção obscena. Após esse primeiro momento, e a partir de uma análise gendrada do recorte, evidenciamos que a escritora, ao abordar questões relativas à identidade e à sexualidade, tais como o falogocentrismo, a violência simbólica e a violência sexual, reproduz discursos oriundos do sistema patriarcal com o fim de ridicularizá-los por meio da obscenidade e do riso. Nesse processo, a autora subverte os papéis de gênero e as hierarquias pertencentes a uma cultura oficial, permutando o alto e o baixo. Dessa forma, sua tetralogia termina por se evidenciar como um conjunto de obras carnavalizadas. Por conseguinte, através desse diálogo entre gênero e carnavalização, os textos constituintes do corpus desta pesquisa se aliam ao conceito de desconstrução. Assim, esta tese enfoca a tetralogia hilstiana enquanto unidade que exemplifica o riso carnavalesco, potencialmente desestabilizadora das relações de poder. Em suma, esta pesquisa soma-se aos estudos de gênero e sexualidade na literatura contemporânea de autoria feminina e reforça: falar sobre literatura pode ser também um falar político. Por fim, cabe destacar que a base teórica da pesquisa é constituída por obras de Bakhtin (2013, 2015), Bataille (1987, 2014), Beauvoir (1970), Dalcastagnè (2005, 2012, 2021), Derrida (1975, 2000, 2003, 2004, 2005, 2013, 2014), Minois (2003-a, 2003-b), Scott (1988, 1995) e Zinani (2010), entre outros autores.
Abstract: This work is characterized by the comparative analysis, in the light of gender studies, carnivalization and deconstruction, of Hilda Hilst’ obscene tetralogy, that is composed by the books O caderno rosa de Lori Lamby (1990), Contos d’escárnio (1990), Cartas de um sedutor (1991) and Bufólicas (1992). Therefore, we resorted, as theoretical support, to central concepts of Feminist Literary Criticism and discussions on the nature of contemporary literature and obscene literature. It was also observed how Hilda's intimate life and works produced by her since 1950 are coherent with the obscene production. After this first moment, and based on an analysis of the corpus, we show that the writer, when addressing issues related to identity and sexuality, such as phallogocentrism, symbolic violence and sexual violence, reproduces discourses from the patriarchal system in order to ridicule them through obscenity and laughter. In this process, the author subverts the gender roles and hierarchies belonging to an official culture, exchanging the high and the low. In this way, her tetralogy ends up showing itself as a set of carnivalized works. Consequently, through this dialogue between gender and carnivalization, the texts that make up the corpus of this research are linked to the concept of deconstruction. So, this thesis focuses on the Hilst’ tetralogy as a unity that exemplifies carnival laughter, potentially destabilizing power relations. In short, this research is added to the studies of gender in contemporary literature of female authorship and reinforces: to talk about literature can also be a political talking. Finally, it should be noted that the theoretical basis of this research is constituted by works by Bakhtin (2013, 2015), Bataille (1987, 2014), Beauvoir (1970), Dalcastagnè (2005, 2012, 2021), Derrida (1975, 2000, 2003, 2004, 2005, 2013, 2014), Minois (2003-a, 2003-b), Scott (1988, 1995) e Zinani (2010).
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/60580
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