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Tipo: Dissertação
Título: Estudo comportamental e neuroquímico do β cariofileno no modelo de epilepitogenese induzida por pilocarpina em camundongos
Título em inglês: Behavioral and neurochemical study of β karyophylene in the pilocarpine-induced epilepitogeneses model in mice
Autor(es): Rosa, Lucas Diogo
Orientador: Melo, Carla Thiciane Vasconcelos de
Palavras-chave: Epilepsia.;Pilocarpina;Beta-cariofileno;Neuroproteção.
Data do documento: 10-Fev-2020
Citação: ROSA, L. D. Estudo comportamental e neuroquímico do β-cariofileno no modelo de epilepitogênese induzida por pilocarpina em camundongos. 2020. 63f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia), Programa de Mestrado em Biotecnologia - Campus de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2021.
Resumo: A epilepsia é uma desordem neurológica de ampla distribuição no mundo que afeta diversos grupos etários e prejudica a qualidade de vida dos indivíduos. As terapias disponíveis, em alguns casos, não apresentam resposta terapêutica satisfatória ou apresentam muitos efeitos colaterais. Desta forma, o desenvolvimento de novos agentes antiepilépticos capazes de modificar a patogênese da epilepsia ainda são urgentemente necessários. Atualmente, pesquisas apontam como alternativas medicamentosas, drogas de origem vegetal por possuírem baixos efeitos colaterais e eficácia comprovada. Neste contexto, o composto beta-cariofileno vem a ser uma alternativa plausível para estudos, podendo este composto ser uma futura alternativa para tratamento de crises epiléticas, já que muitas propriedades biológicas já foram descritas usando este composto em diversos modelos experimentais. Sendo assim, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito do beta-cariofileno (BCF) em modelo de epileptogênese induzida por pilocarpina em camundongos. Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Ceará, Campus Sobral e aprovado sob número de protocolo 08/2018. Camundongos Swiss machos, jovens, com peso entre (20-25g), foram divididos em dois grupos, a saber: epiléticos (GE) e não epiléticos (GNE). O GE foi submetido ao protocolo de indução da epileptogênese por pilocarpina. Para este grupo, os animais foram previamente tratados com metilescopolamina (1mg/kg, i.p), e, em seguida, receberam pilocarpina em doses fracionadas de 100 mg/kg, i.p, não ultrapassando quatro administrações (400mg/kg) com intervalos de 20 minutos, para a indução do status epilepticus (SE). Após 2 horas da última administração de pilocarpina o SE foi abortado pela administração de diazepam (10mg/kg, i.p). O GNE seguiu o mesmo protocolo, porém a pilocarpina foi substituída por solução salina (NaCl 0,9%), configurando ausência do SE. Após 24 horas, os dois grupos iniciaram tratamento com BCF nas concentrações de (50 mg/kg ou 100mg/kg, v.o) ou salina 0,9% durante 14 dias. Nos 12º, 13º e 14º dias de tratamento foram realizados os testes comportamentais (campo aberto, reconhecimento de objetos e rotarod). Ao final dos testes, no décimo quarto dia de tratamento e após 60 minutos da última administração de BCF, os animais foram eutanasiados e as áreas cerebrais hipocampo (HC), córtex pré-frontal (CPF) e corpo estriado (CPE) foram dissecadas para os ensaios neuroquímicos a fim de investigar a peroxidação lipídica (TBARS), níveis de glutationa reduzida (GSH) e nitrito/nitrato. Os resultados foram analisados por análise de variância (ANOVA), seguido por teste de comparações múltiplas de Tukey. O nível de significância de 95% (p<0,05) foi aplicado para todos os testes estatísticos. No teste de rotarod, as concentrações BCF 50 mg/kg e 100 mg/kg do GNE aumentaram o tempo de latência de queda (850% e 1073%, respectivamente) comparado com os grupos salina. Em relação ao numero de quedas, 100 mg/kg de βCF em GNE diminuiu 73,36% comparado a salina. Em GE, 50 e 100 mg/kg de βCF reduziram o numero de queda em 64,78% e 56,45%, respectivamente Em relação ao tempo total de permanência, os animais do GE tratados com BCF 50 e 100 mg/kg apresentaram maior tempo na haste (26,24% e 28,99%, respectivamente) comparado com grupo salina. Quanto às análises neuroquímicas, GSH aumentou significativamente em GE na dose 100mg/kg em HC (11,9%) em relação ao grupo salina. Em GNE, houve aumento na dose de 50 mg/kg no HC (83,72%) ao comparar com salina. As análises dos níveis de nitrito e nitrato, somente a dose de 50 mg/kg em corpo estriado do grupo experimental GE apresentou diferença estatística, aumentando 162% em relação ao grupo salina GE. Em relação à peroxidação lipídica somente houve diferença significativa em relação ao grupo experimental GNE, onde nas duas doses testadas (50 mg/kg e 100 mg/kg) apresentaram diminuição significativa no HC (36,2% e 29,73%, respectivamente) e CPF (30,42% e 21,26%, respectivamente). Desta forma, é possível observar que o BCF melhora a condição motora e diminui o estresse oxidativo dos animais que foram submetidos ao SE nas concentrações testadas, sendo capaz de reduzir o número de quedas, aumentado à latência de queda e tempo de permanência no rotarod além de aumentar os níveis de GSH e diminuir os níveis de TBARS, mostrando possível atividade neuroprotetora.
Abstract: Epilepsy is a worldwide neurological disorder that affects different age groups and impairs the quality of life of individuals. Available therapies, in some cases, do not have a satisfactory therapeutic response or have many side effects. Thus, the development of new antiepileptic agents capable of modifying the pathogenesis of epilepsy is still urgently needed. Currently, researches indicate as medicinal alternatives, drugs of plant origin because they have low side effects and proven efficacy. In this context, the beta-caryophyllene compound is a plausible alternative for studies, and this compound may be a future alternative for the treatment of epileptic seizures, since many biological properties have already been described using this compound in several experimental models. Therefore, the aim of the study was to evaluate the effect of beta-caryophyllene (BCF) in a model of pilocarpine-induced epileptogenesis in mice. This study was submitted to the Ethics Committee on the Use of Animals of the Federal University of Ceará, Campus Sobral and approved under protocol number 08/2018. Young male Swiss mice weighing between (20-25g) were divided into two groups, namely: epileptic (EG) and non-epileptic (GNE). The EG was submitted to the epileptogenesis induction protocol by pilocarpine. For this group, the animals were previously treated with methylscopolamine (1mg/kg, ip), and then received pilocarpine in divided doses of 100 mg/kg, ip, not exceeding four administrations (400mg/kg) with intervals of 20 minutes, for the induction of status epilepticus (SE). After 2 hours of the last administration of pilocarpine the SE was aborted by the administration of diazepam (10mg/kg, i.p). The GNE followed the same protocol, but pilocarpine was replaced by saline solution (NaCl 0.9%), indicating the absence of SE. After 24 hours, both groups started treatment with BCF at concentrations of (50 mg/kg or 100mg/kg, v.o) or 0.9% saline for 14 days. On the 12th, 13th and 14th days of treatment, behavioral tests were performed (open field, object recognition and rotarod). At the end of the tests, on the fourteenth day of treatment and 60 minutes after the last administration of BCF, the animals were euthanized and the brain areas hippocampus (HC), prefrontal cortex (CPF) and striatum (CPE) were dissected for neurochemical assays to investigate lipid peroxidation (TBARS), reduced glutathione (GSH) and nitrite/nitrate levels. The results were analyzed by analysis of variance (ANOVA), followed by Tukey's multiple comparisons test. A significance level of 95% (p<0.05) was applied to all statistical tests. In the rotarod test, the BCF 50 mg/kg and 100 mg/kg GNE concentrations increased the fall latency time (850% and 1073%, respectively) compared to the saline groups. Regarding the number of falls, 100 mg/kg of βCF in GNE decreased 73.36% compared to saline. In EG, 50 and 100 mg/kg of βCF reduced the number of falls by 64.78% and 56.45%, respectively. longer in the stem (26.24% and 28.99%, respectively) compared to the saline group. As for neurochemical analyses, GSH significantly increased in GE at the dose 100mg/kg in HC (11.9%) compared to the saline group. In GNE, there was an increase in the dose of 50 mg/kg in HC (83.72%) when compared to saline. The analysis of the levels of nitrite and nitrate, only the dose of 50 mg/kg in the striatum of the experimental group GE showed a statistical difference, increasing 162% compared to the saline group GE. Regarding lipid peroxidation, there was only a significant difference in relation to the GNE experimental group, where the two doses tested (50 mg/kg and 100 mg/kg) showed a significant decrease in HC (36.2% and 29.73%, respectively) and CPF (30.42% and 21.26%, respectively). Thus, it is possible to observe that the BCF improves the motor condition and decreases the oxidative stress of animals that were submitted to SE at the concentrations tested, being able to reduce the number of falls, increasing the fall latency and time spent on the rotarod beyond of increasing GSH levels and decreasing TBARS levels, showing possible neuroprotective activity.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58894
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