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Tipo: Tese
Título: Comunidade Visível: narradores de imagens e memórias do Poço da Draga
Autor(es): Kardozo, Felipe Camilo Mesquita
Orientador: Diógenes, Glória Maria dos Santos
Palavras-chave: Antropologia visual - Poço da Draga (Fortaleza, CE);Poço da Draga (Fortaleza, CE) - Biografia;Imagens - Poço da Draga (Fortaleza, CE);Fotografia de famílias;Álbuns de fotografias - Poço da Draga (Fortaleza, CE);Negros - Identidade racial - Poço da Draga (Fortaleza, CE)
Data do documento: 2021
Citação: KARDOZO, Felipe Camilo Mesquita. Comunidade Visível: narradores de imagens e memórias do Poço da Draga. Orientadora: Glória Maria dos Santos Diógenes. 2021. 325 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Programa de Pós-graduação em Sociologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: Estes escritos buscam compreender como a partilha de acervos pessoais de imagens potencializam a produção de constelações de memórias, promovem narrativas de si e sentimentos de pertença. Partindo da vizinhança do Poço da Draga em Fortaleza, caso exemplar de resistência a tentativas recorrentes de remoção, essa tese mapeia algumas de suas contumazes práticas de imagens efetuadas por seus moradores através de velhos álbuns de família, documentários, visitas guiadas e partilhas de conteúdos por dispositivos móveis. Chamamos comunidade visível, por um lado, apenas aquilo que seus narradores e suas maneiras de praticar fotografias nos deixam ver, mas é também, por outro, toda essa multiplicidade que faz ver e se dá a ver. Tomando o fazer antropológico como filosofia com gente dentro (INGOLD, 1992), desenvolvemos oficinas de fotografia e vídeo no Poço, de maneira a pensar coletivamente as práticas desses que chamamos “memorialistas de esquina”. Diante das incessantes ameaças de remoção da comunidade e de esgarçamento dos fios que tecem suas histórias, identificamos através de um compartilhado exercício etnográfico, o empenho desses narradores em seus “trabalhos da memória” (BOSI, 1994), sobretudo dos ex- jogadores do Brasileirinho, time de futebol local. A tese também mostra as práticas de imagem desses narradores em oposição à necropolítica (MBEMBE, 2018) operada contra as populações negras no Brasil e os considerados indesejáveis.
Abstract: This text seeks to understand how the sharing of personal collections of images enhances the production of constellations of memories, promotes self-narratives and feelings of belonging. Departing from Poço da Draga neighborhood in Fortaleza, an exemplary case of resistance to recurrent attempts at removal, this thesis maps some of its persistent “image practices” carried out by its residents through old family albums, documentaries, guided tours and content sharing via mobile devices. We call “visible community”, on the one hand, only what its narrators and their ways of practicing photographs let us see, but it is also, on the other hand, all this multiplicity that makes us see and makes itself seen. Taking anthropological work as a philosophy with people inside (Ingold, 1992), we developed photography and video workshops in Poço with its residents and “corner memorialists”. We identified, through a shared ethnographic exercise, the commitment of these narrators in their “memory works” (Bosi, 1994), as a confrontation with the incessant threats of removal from their community and the fraying of the threads that weave their stories. The thesis also shows these narrators’ “image practices” in opposition to the necropolitics (Mbembe, 2018) operated against Black diasporic populations in Brazil and those considered undesirable.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58602
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