Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/58487
Tipo: Artigo de Periódico
Título: Narrativa angolana e moçambicana: desfazendo fronteiras hegemônicas
Título em inglês: Angolan and mozambican narrative: undoing hegemonic boundaries
Autor(es): Matsimbe, Marta Pedro
Sacramento, Sandra Maria Pereira do
Palavras-chave: Cânone literário;Narrativas africanas;Identidade;Ruptura;Resistência;Literary canon;African narratives;Identity;Break;Resistance
Data do documento: 2021
Instituição/Editor/Publicador: Revista Entrelaces
Citação: MATSIMBE, Marta Pedro; SACRAMENTO, Sandra Maria Pereira do. Narrativa angolana e moçambicana: desfazendo fronteiras hegemônicas. Revista Entrelaces, Fortaleza, v. 11, n. 23, p. 148-162, jan./mar. 2021
Resumo: Analisam-se as narrativas moçambicana e angolana, como projetos de resistência e manifestações contra a globalização neoliberal incitados pelo sistema canônico universal. Desenvolvendo uma análise comparativa entre o pensamento hegemônico e as narrativas africanas em língua portuguesa como sinônimo de resistência, objetiva-se investigar elementos reveladores de ruptura com o cânone literário colonial ocidental alicerçado em conceitos como o bloomoldiano (2001) que exclui/representa a história e cultura africanas. Enfoca-se o discurso literário, como um espaço representativo na ilustração dos embates hegemônicos, exclusão dos processos de formação identitárias e possibilidades de resistência, partindo do sujeito local. Com base em Schmidt (2017), Coutinho (2003), Eneida Souza (2007), Hall (2008), que rasuram pensamentos permeados de autoridade e violência, faz-se uma leitura a contra-apelo em resposta à exploração e à opressão sofridas sob jugo colonial. O corpus é formado pelos contos Mestre Tamoda do livro Mestre Tamoda e outros contos” (1984) de Uanhenga Xitu, angolano, e Nós Matamos o Cão Tinhoso da obra com o mesmo título ([1964] 2014) de Luís Bernardo Honwana, moçambicano. Nessa âmbito, reafirmam-se as possibilidade de múltiplas identidades em constante deslocamento e o estudo do cânone ocidental, como possibilidade de discutir e questionar seus critérios e estratégias de exclusão das minorias.
Abstract: Mozambican and Angolan narratives are analyzed, as resistance projects and demonstrations against neoliberal globalization spurred by the universal canonical system. Developing a comparative analysis between hegemonic thinking and African narratives in Portuguese as a synonym for resistance, the objective is to investigate elements that reveal a rupture with the western colonial literary canon based on concepts such as Bloomoldian (2001) that excludes / represents history and African culture. It focuses on literary discourse, as a representative space in the illustration of hegemonic clashes, exclusion from the processes of identity formation and possibilities of resistance, starting from the local subject. Based on Schmidt (2017), Coutinho (2003), Eneida Souza (2007), Hall (2008), which erase thoughts permeated by authority and violence, a counter-appeal reading in response to the exploitation and oppression suffered under colonial rule. The corpus is formed by the short stories Mestre Tamoda From The Book Mestre Tamoda And Other Short Stories (1984) by Uanhenga Xitu, Angolan, and Nós Matamos o Cão Tinhoso of the work with the same title ([1964] 2014) by Luís Bernardo Honwana, Mozambican. In this context, the possibility of multiple identities in constant displacement and the study of the western canon are reaffirmed, as a possibility to discuss and question their criteria and strategies for the exclusion of minorities.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58487
ISSN: 2596-2817
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGLE - Artigos publicados em revistas científicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2021_art_mpmatsimbe_smpdsacramento.pdf653,68 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.